Capitulo
13
O
céu estava ficando coberto por uma grossa camada de nuvens escuras de poeira e
o ar estava cinzento deixando tudo meio sufocante, era essa a impressão de
Fabian enquanto organizava as coisas no quarto de Regina que estavam de pernas
para o ar, já que a moça não era um modelo de organização. Gina e Samara
estavam no quarto desta ultima aos cochichos.
Com
os braços cheios de roupa para lavar desceu para a lavanderia e depois de
colocar a roupa na maquina olhou o filho que dormia e foi até varanda olhando para
fora onde Jon estava sentado no gramado com Anúbis e esfregava o pelo do
cachorro deitado aos seus pés.
Mais
nuvens de pó rodopiaram por toda parte e o céu escureceu ao norte.
— Lá
vem chuva – disse um senhor alto entrando na varanda.
Seu
cabelo era inteiramente branco e o rosto queimado de sol tinha uma rede de
rugas, mas os olhos tinham um brilho que ia alem da idade.
—
Boa tarde senhor Joaquim.
— Só
Quim menino – o velho senhor riu enrugando ainda mais o rosto.
— O
senhor acha que vai chover? Mas não há uma nuvem no céu!
—
Vai chover sim. No final da tarde – olhou o horizonte – Chuva e muito vento de
depois bastante frio. Acredito que não chova mais antes da estação quente – ele
piscou para Fabian – Depois de ter vivido tanto tempo quanto eu em uma fazenda
você acaba aprendendo há ler o tempo.
—
Bem eu acho que esse dom eu não tenho, o máximo que vou conseguir é olhar o
site Climatempo na internet.
Seu
Quim olhou Jon.
— O
menino está triste.
—
Seu Laércio proibiu Anúbis de ficar dentro de casa e os dois acabaram por
discutir.
—
Bem esse bicho tem parte com o diabo mesmo, mas é um dos poucos amigos que Jon
tem – olhou Fabian – O garoto nunca foi bom com as pessoas. Ele gosta é de fiar
quieto e no seu jardim e eu não acho que isso é uma coisa boa para um
adolescente.
— Eu
sinto uma grande tristeza nele.
— A
morte da mãe afetou a todos. O Laércio está?
— No
escritório.
—
Licença menino – disse Quim tirando o chapéu e entrando na casa.
Quim
conhecia bem a mansão e foi para o escritório do patrão que estava frente ao
computador resmungando sobre o preço do café.
—
Licença – Quim bateu no batente da porta.
— Oi
Seu Quim entre. Você viu o preço do café bebida fina? Teve uma queda de dez por
cento! Umas fofocas sobre uma boa safra na Colômbia.
—
Com coisa que cê vai ficar mais pobre por causa disso – Quim sorriu de lado
para o fazendeiro.
—
Acho que a gente se acostuma a resmungar – ele riu – O meu café está estocado
esperando que o boato acabe, já que sei que as previsões são de fortes perdas
por causa da seca passada e da baixa qualidade do produto.
— Cê
não é rico à toa menino. Mas a verdade é que estou preocupado com algo que está
acontecendo.
Laércio
olhou para o velho rosto do empregado com aquela expressão que ele tinha quando
algo muito grave acontecia.
— Por
favor, sei Quim, me fale.
—
Ouvi algumas fofocas por ai. Tem um grupo de fazendeiros querendo fazer mal aos
gays.
—
Isso não é novidade, não é mesmo? Desde que mostrei a uma sexualidade para
todos esse povo me ameaça.
—
Não é você, mas aqueles que não têm tanto dinheiro. Você é um intocável graças
ao poder que tem, mas há pessoas que eles podem fazer muito mal como Lucas,
Alberto e as crianças, fora os outros que vivem em Altinópolis.
—
Será que vamos começar com uma maldita caça às bruxas aqui? – o fazendeiro
levantou-se empurrando a cadeira para trás cheio de raiva.
—
Não sei o nome de quem está fazendo isso menino, mas queria que falasse com os
outros e pedisse para tomar cuidado. Conheço o cabeça dura do Alberto em não querer
falar para o marido as coisas ruins, mas isso não é para ser ignorado; você tem
mais autoridade nele do que eu.
— Eu
vou falar com eles seu Quim, mas fique de ouvidos atentos, sim? Eu podia trazer
um detetive, mas ia chamar muita atenção na cidade.
— Eu
estarei de orelhas em pé, não se preocupe. Outra coisa, você mandou o Márcio
falar com a nova dona da fazenda da fazenda ao lado e foi inútil. Ele brigou
com ela e nada se resolveu.
—
Brigou?! – Laércio franziu as sobrancelhas – Ela nunca fez isso?
—
Ele nunca gostou de ninguém antes, não é?
— O
Márcio está arrastando uma asa para dona Lara?
— Na
verdade um Boeing inteiro – Quim riu debochado – O que eles fazem de melhor é
rosnar um para o outro, mas isso passa com uma boa noite de sexo. Infelizmente
não podemos esperar pela transa do casal. Acho que você deveria ir falar com a
dona.
—
Isso vai ser interessante – disse Laércio sorrindo para ele.
~~***~~
Jon
deixou Anúbis correr solto e foi andar para esfriar a cabeça. Chegou para a
estrebaria indo para a baia de um belo cavalo negro, um cavalo árabe que
ganhara do pai há dois anos. Ele não era um cavaleiro tão bom quanto Regina,
mas amava os animais e sempre ia conversar com Serebi, nome que ele deu ao
cavalo quando o viu correr pelo pasto, já que serebi em árabe marroquino quer
dizer depressa.
Assim
que ele chegou perto da baia onde o cabalo estava com o focinho enfiado dentro
do comedouro cheio de aveia, Serebi parou de comer e foi até o menino.
— Oi
amigão – disse Jon alisando o focinho sujo de aveia do cavalo – Que tal uma
caminhada?
O
cavalo resfolegou balançando a larga crina como se entendesse ele.
Jon
entrou em um quarto onde as celas estavam e pegou a sua e foi selar ele mesmo o
cavalo dispensando a ajuda do rapaz que tomava conta das estrebarias.
Quando
estava pronto saiu para um picadeiro redondo onde os cavalos eram treinados e
abriu a porteira indo para os pastos mais alem da cede da fazenda.
O
céu tinha uma estranha cor de chumbo e o ar estava pesado e opressivo. No
horizonte ficava mais e mais escuro e ele percebeu que antes do dia acabar iam
ter chuva.
—
Não vamos longe Serebi – disse ele dando palmadas no pescoço do cavalo – Hoje
vai chover.
Jon
aproveitou o passeio para esquecer-se da briga que teve com o pai. Era tão
injusto ele sempre ficar do lado dos outros, mesmo de Regina que era da idade
dele, mas era sempre para ele que vinham as cobranças sobre as coisas. Às vezes
o que ele queria era ir embora, deixar de lado toda essa porcaria, mas quando
pensava em ficar longe de casa ele sentia o peito apertado.
Sua
mãe já partira e o deixara como ele podia ir embora e deixar seu pai e irmãos?
Ele já se sentia sozinho afastado de todos se perdesse eles tinha a impressão
de que não ia lhe restar mais nada.
Ele
respirou fundo gostando do vento que começara a soprar nos seus cabelos e
deixou Serebi andar rumo à mata ali perto.
O
cheiro úmido da mata logo o atingiu. Umidade, cheiro de mato e algo de mel, já
que a pequena mata era conhecida por ter uma grande coleção de orquídeas que
deixavam o ar perfumado.
Ele
foi ruma ao centro onde ficava um lago. Era pequeno, não mais que três por
cinco metros, alimentado por um córrego cristalino que nascia em meio a um
monte amoreiras, pés de pitanga e alecrim de quando fora a área fora reflorestada.
Em volta havia ipês e paineiras que quando floridas davam um espetáculo.
O
pequeno lago era cercado por pedras e uma areia branca e fina e um grande pé de
jacarandá mimoso estendia seus galhos por sobre as por sobre o lago e na
primavera dava um espetáculo quando suas folhas caiam e eram substituídas por
cachos de flores azuis.
Era
um local isolado onde Jon costumava ir quando estava precisando ficar sozinho,
mas ao ver como o céu escureceu e o vento soprou, ele sabia que não tinha muito
tempo antes de voltar para casa ensopado e deu meia volta com Serebi quando um
trovão estourou perto dele, tão perto que Jon sentiu a eletricidade correr por
ele.
Assustado
o cavalo empinou jogando Jon no chão coberto de uma espessa cobertura de folhas
e galhos em decomposição e isso foi o que salvou ele de se machucar muito.
—
Serebi! – ele gritou para o cavalo, mas este já tinha saído correndo assustado
– Seu cavalo medroso!
Ele
levantou e percebeu que seu tornozelo doía horrores, mas ele ainda podia andar mancando.
—
Merda! – ele gritou e nessa hora o céu pareceu se abrir e derramou chuva sobre
ele e a mata.
Mancando
ele foi andando e se apoiando, mas a chuva aumentou da intensidade e ventos
fortes dobravam as arvores que rangiam à sua volta. Ele tirou o excesso de água
do rosto tentando olhar em volta, mas percebeu que tinha se perdido da trilha
que costumava usar na mata.
—
Maravilha! – resmungou ele olhando para o céu – Uma baita maravilha!
~~***~~
Fabian
olhou para a chuva pasmo com toda a água que caia do céu. Trovões ribombavam à
distância mostrando que a tempestade estava longe de acabar. Um raio riscou o
céu não muito longe e ele se encolheu indo para longe da janela.
—
Não fica preocupado – disse Márcio que estava sentando olhando para a mesma
pagina da revista há vinte minutos – Essas chuvas podem durar a noite toda, mas
logo ela fica mais calma.
— Eu
estava pensando no Jon – disse o rapaz esfregando os braços – Quando eu sai da
casa ele ainda não tinha chegado.
—
Ele já deve ter voltado com esse tempo ou foi parar na casa do Lucas e do
Alberto.
— E
o que você tem?
—
Eu?! Eu não tenho nada! Por quê?
Fabian
retirou a revista dele e virou ela mostrando que ele estava lendo de cabeça
para baixo.
—
Bem, ler de cabeça para baixo é uma forma de exercitar a mente.
O
irmão caçula cruzou os braços olhando feio para ele.
— Eu
tinha me esquecido o quanto você pode ser chato quando quer algo – ele jogou a
revista em cima da mesinha de centro – Eu acabei brigando com a dona da fazenda
ao lado. Seu Laércio queria que eu falasse com ela sobre as cercas cortadas,
mas foi um desastre com d maiúsculo. A mulher é uma louca insuportável!
—
Você não é disso – disse Fabian sentando perto dele – Sempre foi um cara
gentil, mesmo que fosse um pouco esquentado. Pelo que você me fala dessa moça
ela me parece à bruxa da Branca de Neve.
—
Olha ela não é feia nem nada, aliais, ela é bem ajeitada, com um corpão, uns
peitos...
Fabian
não aguentou e começou a rir.
—
Qual é a graça!
—
Você está louquinho por ela.
—
Que?! – Márcio levantou-se em um pulo – Você nunca viu ela Fabian! A mulher é
uma maluca que quase esmagou... ham... uma parte minha, e você me fala que eu
estou querendo ela?
—
Está.
Márcio
levantou o dedo para Fabian contorcendo os lábios, mas mudou de ideia e subiu
para o quarto resmungando o quanto o irmão era maluco e xingou ao ouvir a
risada dele.
~~***~~
Tremendo
de frio, Jon encostou-se a uma árvore tentando ver o caminho por entre as
árvores, mas tudo parecia igual ele nunca tinha ido aquela parte da mata. Ele
devia ter andado bastante na direção errada já que conhecia os caminhos perto
de casa.
Ele
devia ter ficado em casa e não feito aquela bobagem, ele devia aprender a
encarar as coisas como um adulto e não ficar fugindo. O que seu pai ia falar
quando soubesse que ele tinha ido a cavalo para a mata quando ameaçava um
temporal? Ele até podia ouvir a voz dele chamando de idiota.
Jon arregalou
os olhos vendo Luis perto dele, todo molhado e ofegante. Ele puxava as rédeas
de Serebi.
— O
que você tem na cabeça Jon? Vento? É o que parece! O que ti deu em ir para esse
buraco no meio de um temporal?
—
Luis... como?
—
Venha – o rapaz estendeu a mão para ele – Vamos sair dessa chuva e eu falo com
você.
Jon
segurou a mão do outro e mancou atrás dele.
—
Você está machucado? – perguntou Luis Ricardo parando e olhando para ele.
— Eu
to bem, só dei um mau jeito no pé.
—
Suba no cavalo Jon. Forçar só vai piorar.
—
Não – ele se lembrou da queda e estremeceu – Acho que é mais seguro ir andando.
— Não
vai ajudar nada ficar com medo do cavalo.
—
Luis não! – gritou Jon cheio de raiva – Eu não quero subir no bendito cavalo e
fim. Me entendeu?
—
Alto e claro Jon.
O
outro ofegou em meio à chuva que não parava. Estava cheio de raiva, mas não era
certo descontar isso na única pessoa que o ajudou.
—
Desculpa.
—
Esquece e vamos indo.
Caminharam
um bom trecho e perceberam que estavam em uma clareira com uma estrada meio
escondida no meio do mato. Ao fundo da clareira havia uma casa, uma velha casa
de madeira desbotada pelo tempo.
—
Será que tem alguém vivendo ali? – perguntou Jon tremendo.
— Eu
acho que não, mas pode ser um bom lugar para ficarmos até a chuva parar.
Andaram
até a casa. Era pequena, com telhado de telhas de barro e devia ter sido
pintada de azul em algum ponto de sua existência. Tinha uma varanda de um lado
cheia de poeira e mato, mas era bem coberta e subiram nela junto com Serebi.
Luis amarrou ele em uma das colunas da varanda.
Uma
porta de madeira estava fechada por um cadeado.
— Isso
deve ser um desses ranchos que o povo usa para pescar. Sei que havia alguns na
fazenda perto de nós e isso que dizer que andamos bastante.
Jon
não estava interessado nisso. O frio parecia que tinha penetrado até os seus
ossos e ele batia o queixo. Seu tornozelo tinha um latejar surdo e ele achava
que não se agüentaria em pé mais tempo.
Luis
Ricardo começou a passar a mão pelas reentrâncias da varanda até que deu com
uma chave.
— É
isso ai! – ele sorriu para o outro – Eles sempre deixam uma chave reserva por
ai.
Luis
abriu o cadeado e entraram em um ambiente escuro cheirando a poeira. Com a luz
que vinha da porta viram um velho lampião a óleo em cima da uma mesa de madeira
que tinha duas cadeiras. Em um canto havia um fogão à lenha, panelas alinhadas
na parede, um armário. Do outro lado uma cama com uma velha poltrona, um baú ao
pés da cama e uma porta. O chão era de madeira e estalava quando eles andavam.
O
rapaz mais velho procurou e encontrou um isqueiro que milagrosamente funcionou
e ele ascendeu o lampião e fecharam a porta. Luis foi até a outra porta vendo
que era um pequeno banheiro.
—
Bem tem água encanada, mas sem energia.
Jon
deixou-se cair em uma cadeira e não prestou atenção em mais nada até que
percebeu que Luis estava perto dele com um cobertor.
—
Jon está cheirando um pouco a poeira, mas é melhor que ficar molhado desse
jeito e pegar uma hipotermia.
— Me
deixa quieto.
—
Quer que eu mesmo tire a sua roupa?
Apesar
do frio Jon ficou roxo de vergonha. Lançando um olhar mortal para o outro foi
para o banheiro e retirou a roupa molhada e com lama e embrulhou o corpo no
cobertor. Voltou para a cozinha/sala e encontrou Luis só de calça tentando
ascender o fogão.
Jon tentou,
sem sucesso, desviar seu olhar do peitoral definido do outro. Luis tinha belos
músculos, a pele cor de chocolate dava vontade de lamber para saber o gosto.
Quando
o outro virou-se para ele Jon olhou em volta procurando esconder o embaraço.
— Se
conseguir ascender o fogo podemos tentar secar as roupas e esquentar um pouco,
confesso que não sou fã de frio.
Pouco
depois o outro conseguiu que os gravetos pegassem fogo e ele colocou alguns
galhos secos que estavam perto do fogão.
—
Graças a Deus – gemeu Jon chegando perto do fogo para se aquecer.
Luis
olhou para ele com os olhos castanhos indecifráveis e pegou uma cadeira
colocando perto do fogo.
—
Senta ai Jon. Eu vou olhar o seu pé.
— Eu
to bem.
—
Você fez curso de teimosia hoje?
—
Será que da para me deixar em paz! – o outro explodiu cheio de raiva – Primeiro
o meu pai, depois a porcaria do cavalo e agora você me atormentando! Eu to de
saco cheio!
—
Que tipo de droga você andou fumando? Você não é assim Jon!
—
Esse é o problema Luis! Eu sou um bobo idiota que fica pelos cantos sentindo
pena de mim, aceitando tudo o que os outros falam e tentando ser o melhor
possível. Para que? Para meu pai brigar comigo por causa do meu cachorro? A única
coisa que é minha de verdade? A única coisa pela qual briguei na minha vida? –
Jon apontou o dedo para ele – Eu estou cansado de ser o Jonathan idiota, o
bonzinho, o bobão!
— E
quem disse que você é isso Jon? – Luis não acreditava que o menino tinha essa
visão de si mesmo.
—
Sabe o que é pior? A única pessoa que me acusa de ser assim sou eu mesmo e não
tem como escapar de você mesmo Luis!
—
Parece que você tem uma visão muito ruim de si mesmo Jon. Eu nunca ti vi assim
e tenho certeza que as pessoas que ti conhecem também não. Brigar com os pais
faz parte. Acha que eu nunca brigo com meus pais?
—
Isso é para me fazer sentir melhor? – havia sarcasmo na voz do rapaz – Não ajudou
muito.
— Eu
não estou a fim de continuar a brigar com você Jon – Luis se virou para o fogão
– Bater a cabeça na parede só vai doer em você.
Jon sabia
que estava sendo um imbecil ao descontar em Luis sua raiva, mas estava cansado
de se desculpar com todo mundo, até parecia que a sua existência era uma grande
desculpa.
—
Como me achou? – perguntou mudando de assunto.
— Eu
vi você sair – ele o olhou de esguelha – Esperei e o tempo mudou e resolvi
andar até a mata foi quando ouvi o trovão e logo depois vi o cavalo correndo. Consegui
segurar suas rédeas e o acalmar e fiquei preocupado que você tivesse caído do
cavalo e se machucado.
—
Obrigado por se preocupar comigo.
— De
nada. Agora vai deixar eu olhar o seu pé?
Jon deu
um longo suspiro, mas sentou na cadeira puxando a coberta para longe do pé que
estava ficando bem inchado.
—
Pelo visto você só torceu, mas eu não sou médico nem nada. Assim que sairmos
daqui é melhor ir ao hospital.
—
Não está doendo tanto assim.
—
Meus pais vão me matar – Luis passou a mão pelos cabelos negros e encaracolados
– Eu nem mesmo avisei onde estava indo.
—
Não sei se o meu vai notar que sumi.
—
Ele é seu pai Jon – Luis o olhou com uma mirada séria – Ele vai notar.
O rapaz
virou o rosto olhando para o fogo e pensando no problema que havia se metido.
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