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domingo, 23 de setembro de 2012

O Escravo - Capitulo 24 - Fuga

Pessoal não sei como me desculpar por ter demorado tanto em postar, mas tive um punhado de problemas que espero resolver com o passar dos dias, enfim espero que gostem de capitulo e que possa postar com mais frequência de agora em diante.
Beijos da Dalla 




Capitulo 24 - Fuga



E o que acontecia comigo enquanto todo esse drama desenrolava lá fora? Eu fui ficando bem ruinzinho, tipo febril e com dores.

Ana esteve me consultando e eu soube que ela era médica entes da família vendê-la como escrava para os aurifenses.

— Como? Eu fui vendido porque era menor e não era dono de minha vida, mas você era adulta e formada!

— A minha família sempre adorou a boa vida e também as drogas e elas são muito caras. Quando o meu dinheiro não foi o suficiente eles acharam que eu valia mais sendo vendida. Um dia me drogaram e me mandaram para um traficante onde fui vendida para a família de Tiesis – olhou o marido que estava perto do fogo e sorriu para ela.

— Mesmo que isso possa parecer estanho – Ana voltou a me olhar – Mas se isso não acontecesse eu continuaria a viver naquele mundo, em meio aos humanos interiores.

— Eu já ouvi que a nossa raça está decadente Ana, você acha isso?

— O melhor termo é em cessação. Os humanos da terra usam essa palavra para designar uma raça que está entrando em suspenso com a sua evolução e quando isso acontece ele pode tomar dois caminhos: ou volta a evoluir ou se entrega a morte biológica da raça. A nossa está morrendo e ninguém mais se importa, eles estão aceitando seu fim.

— É tão estranho – gemi tentando achar uma posição mais confortável – Até alguns meses atrás eu nem mesmo imaginava isso. Vivia de um modo sem sentido, mas é como a maioria dos jovens interiores vive e quando me dei conta eu estava aqui, escravo e sem saber o que fazer ou o que querer. Meus amigos viviam bebendo, se drogando e fazendo arruaças. Acabei na cadeia varias vezes e nem ligava para isso, eu acho que nem ligava para mais nada.

— E agora?

— Agora?! – pensei no bebê que gerava e descobri que não havia pensado muito no futuro, se é que tínhamos futuro naquele situação.

Ana deu um sorriso e tocou na minha barriga me fazendo pular. Eu nada havia revelado sobre o feto e não sabia o que dizer, como falar que eu estava “grávido”!

— Seu filho está crescendo.

— Como você descobriu?

— Não esqueça que sou médica! – ele riu – Além do mais eu sei do projeto do governo sobre a gravidez masculina.

— Como pode saber sobre isso?!

— Eu era um dos provedores de recursos – disse o calado Tiesis – Estavamos procurando um caminho para que a nossa população aumentasse e nada parecia dar certo até que os cientistas acharam que podiam usar homens como hospedeiros de fetos, mas não deu certo. O corpo rejeitava rapidamente e o índice de suicídio foi muito alto.

 — Suicídio?! – achei aquilo estranho.

— Os fetos aurifenses são ligados aos pais não apenas de corpo, mas também de alma – explicou Ana – Há um grande compartilhamento entre os pais sejam que de sexo for. É muito, mas muito raros os abortos, mas quando acontecem sempre são seguidos do suicídio de um ou ambos os pais. Pelos que foi pesquisado um determinado hormônio que o corpo usa para a felicidade era inexistente no corpo dos suicidas e isso foi acarretado pelo aborto, mas isso não explica o suicídio do pai.

— O povo acredita que a dor de ter parte de sua alma arrancada assim é o que causa a tentativa de se matar – falou Tiesis – E com isso não conseguimos progredir muito, mas os cientistas resolveram usar escravos para os experimentos e eu sempre fui contra, mas meu pai não permitiu que eu retirasse as verbas. A única coisa que me restava era não permitir que os escravos sofressem muito. Os humanos não têm a mesma ligação com os fetos que os aurifenses e por isso eles podiam ser usados repetidas vezes para os experimentos. Durante muito tempo não houve nem um resultado até que um rapaz segurou a gravidez por oito meses.

— O feto nasceu vivo – continuou Ana – E o imperador estava eufórico. Era uma arma para ele mostrar ao mundo que ele podia quase ser um deus. Tiesis retirou o bebê vivo do complexo de laboratórios.

— Procuraram por meses a acho que ainda procuram, mas eles nunca os acharam – seu belo rosto ficou sombrio – O meu maior erro foi não ter salvo o escravo, não tê-lo tirado dos laboratórios, mas achei que ele ia ser liberado como todos os outros. Nunca ia imaginar que o imperador ia matá-lo em um acesso de raiva.

— O escravo era nosso amante Andrew – disse Ana com um sorriso triste – Durante algum tempo fomos os três e sonhamos em ter uma vida a três até que ele foi morto daquela forma.

— Então... – olhei para os dois – Karl é filho do escravo?

— É – respondeu Tiesis – Um pedaço do nosso amor que restou.

Ana foi até o marido e o abraçou murmurando palavras de consolo a ele e eu fiquei ali pensando naquele amor que Adamas conseguiu destruir também, como se não bastasse todo o resto.

Gemi de dor na barriga e voltei a deitar. Parecia que a minha coluna ia partir ao meio. Em segundos Tiesis e Ana estavam do meu lado.

— Acho que sei o que está acontecendo – disse o aurifense com o rosto torcido de preocupação – Seu corpo está rejeitando o feto. Você tomava algo? Algum remédio?

— Na base havia uma médica que dava a mim e para Ian vários medicamentos.

— Deviam ser para que seu corpo se adaptasse ao feto – Ana olhou Tiesis – Temos que achar esses medicamentos antes que haja o aborto.

Aborto? Como diabos eu ia abortar? Pela bunda? Ta, eu não estava pensando coisa com coisa, mas me dêem um desconto! Estou grávido, em meio a uma guerra, sendo escravo de um príncipe sádico que está agindo de modo muuuuuito estranho.

Eu não queria que o bebê morresse. Na verdade eu já fiquei imaginado em como era seu rosto e como seria convivermos juntos e sabia que não queria nunca mais ficar sozinho, aquele feto era parte de mim e a possibilidade de perdê-lo doía mais que a minha coluna.

— Eu sei onde achar os medicamentos – disse Tiesis se levantando.

— Você não pode ir lá fora! – sentei bruscamente e trinquei os dentes de dor – Seu filho disse que era perigoso!

— Sim, é Andrew, mas eu não posso deixar que você enfrente a morte de seu filho se posso fazer algo.

Olhei para Ana como que pedindo para ela impedir Tiesis de sair, mas ela sorriu e deu um beijo longo no marido.

— Cuidado.

— Eu vou ter, acho que esses anos fugindo me ensinou algo.

Ele foi embora e fiquei com a impressão de que se algo acontecesse com ele seria culpa minha.

— Pare! – Ana deu um tapinha na minha cabeça – Sei o que vai ai nos seus neurônios Andrew. Tiesis não vai se por em perigo e eu confio nele, confie você também.

Confiar? Não sei se vou confiar nas pessoas alguma vez na minha vida. Possa até ser um bom fingidor nessa parte, mas depois da minha própria família ter me vendido acho que não há muitos motivos para confiar nas pessoas.

Cansado consegui dar uma cochilada, mas acordei minutos depois como se cada nervo do meu corpo estivesse sendo esticado.

Ana estava perto do fogo com seu filho menor e conversava com o menino que sempre parecia ter uma expressão triste. Mark parecia um aurifense puro se não fosse os cabelos curtos e a pele morena. Aurifenses não se queimam do sol como os humanos e o sol amarelo de Aurifen era ótimo para isso.

O menino me viu acordado e veio até mim com uma caneca e sorrindo, um sorriso que não iluminava os olhos vermelhos.

— Minha mãe fez chá – disse ele me entregando a caneca de onde vinha um cheiro muito parecido com o café, mas que provinha de folhas torradas de um arbusto do sul do planeta.

Era considerada uma bebida da classe pobre do planeta, algo que os humanos e mestiços adoravam e eu também. O chá aguado do castelo era uma afronta ao meu paladar humano que gostava de coisas fortes e encorpadas.

— Obrigado – disse sentando e procurando não gemer na minha dor.

Mark sentou perto de mim brincando com os dedos meio constrangido.

— Qual a sua idade? – perguntei tentando puxar conversa em me distrair um pouco.

— Sete – ele me olhou com seus olhos doces e tristes – Mamãe disse que você está esperando um bebê?

— Isso mesmo. Estou grávido – bem dessa vez pareceu mais fácil falar do que antigamente.

— Isso é muito estranho e muito legal! – ele sorriu para mim e começou a falar de sua vida que havia sido toda nas ruas, em casas abandonadas e os subterrâneos. Falou que queria um dia ir a escola e ter amigos para brincar, gostava do irmão, mas ele não era bom no futebol.

Era incrível como aquele povo havia se apaixonado por aquele esporte da Terra. Mesmo as colônias interiores acha um esporte bárbaro e agora ele descobria que em outros mundos gostavam dele.

Nesse momento Karl e Tiol chegaram. Karl carregava um saco e Tiol... aquilo era uma criança?! Será que eu estava delirando ou algo assim?

— Foi tudo bem garotos? – perguntou Ana olhando curiosa para o menino nos braços de Tiol que foi para junto de mim.

— Temos muito a contar mamãe – ele olhou em volta – Cadê o pai?

— Eu também tenho coisas para contar. Seu pai teve que sair Karl – ele levantou a mão antes que o rapaz brigasse – Seu pai sabe se cuidar menino, confie nele.

Eu olhava para o que Tiol tinha nos braços sem entender. Ele sai em busca de noticias e voltava com uma criança? Ele estava com os cabelos loiros sujos e emaranhados, era magro e devia ter uns cinco anos. Ele me olhou com os grandes olhos vermelhos e sorriu para mim e não pude deixar de fazer o mesmo. Malditos hormônios!

— Andrew esse é Itieu e... – o menino tirou de dentro do casaco esfarrapado um pequeno bicho azul – Pin. Ele vai ficar com a gente.

— Ficar?! – acho que Ana percebeu a tempestade e foi até Tiol tirando Itieu do colo dele.

— Ola Itieu – disse ela sorrindo – O que acha de um banho quente? Pin pode te acompanhar.

— Pin não gosta de banho senhora Ana, mas eu gosto.

Ela se afastou com ele seguido de Mark curioso.

— O que você quer dizer com ficar conosco Tiol?

— Será que esta ficando burro com relação a língua aurifense agora?

— Burro é você! A gente nem da conta de sobreviver e você me arranja uma criança para cuidar?

— Sabe, eu queria entender você Andrew. Se sou duro sou um carrasco, se tento melhorar eu sou burro. Deveria tentar se decidir.

— Você entendeu o que eu quis dizer porra! Não dá pra gente arrastar uma criança em meio a uma guerra. A gente nem sabe o que vai fazer depois daqui!

— Mas nós estamos arrastando uma criança há muito tempo Andrew. Afinal o nosso filho está na sua barriga ou o fato de Itieu não ser do seu sangue mudam as coisas? Quem me acusava de preconceituoso?

— Nós não arrastamos o nosso filho! – respondi indignado – Então esse menino é mais importante que o seu verdadeiro filho?

— Não – ele me olhou serio de um modo como nunca havia feito desde que nos conhecemos – Do momento que aceitei trazer Itieu para cá assumi a minha responsabilidade sobre ele do mesmo modo que assumi sobre o filho que você carrega. Sei que fui um irresponsável por muito tempo, que fiz e aceitei coisas terríveis, mas eu não quero mais isso Andrew. Eu quero mudar, mas parece que você se contaminou comigo! Seu coração nunca foi duro mesmo depois de ter feito tudo que fiz você me salvou quando caímos aqui e agora está com raiva porque quero que ajudemos uma criança que está só?

Belo discurso. Meu medo era que suas palavras fossem vazias, que assim que a novidade passasse ele me deixasse com duas crianças e como havia dito eu não estava pronto para confiar em ninguém. Mas o menino não tinha culpa de nada. Se podia criar um, podia fazer isso com dois sem problemas.

— Está bem Tiol – esfreguei a minha testa cansado – Acho que Itieu não tem culpa de nada e mesmo que você se arrependa eu cuido dele.

— Quem disse que vou me arrepender?! – ele parecia indignado, mas eu levantei uma sobrancelha para ele em descrença.

— Desculpe se não confio em um escravocrata sádico que teve prazer em me torturar publicamente – respondi com sarcasmo deixando ele vermelho.

— Preciso lhe contar o que vi na cidade – disse ele não me respondendo à altura como faria uns dias trás.

Fiquei sabendo de como Adamas estava aterrorizando todo mundo e o que aconteceu com Abrahan. “Isso” quase fez meu coração parar. Esperava que estivesse tudo bem com ele, mesmo não sabendo que o resgatara.

Ana voltou com Itieu atrás dela, limpo e vestido com algumas roupas um tanto grandes para ele.

— Tô limpinho – disse ele indo para perto de Tiol e sorrindo para mim e mostrou o um guan molhado até os ossos com cara de poucos amigos – E o Tin também!

Pestinha! Não havia como não gostar dele, do seu sorriso inocente.

— Já que está limpinho pode sentar aqui comigo – disse me afastando um pouco para que ele sentasse mantendo o guan ao peito.

— Preciso falar algo – disse Karl chegando perto de nós – Vamos ter que sair daqui.

— Por quê? – Ana virou-se para o filho mais velho.

— O governo esta revistando toda a cidade e pelo que ouvi está por um fio o acordo com os traficantes. Vão avançar sobre os bairros pobres. A ordem é matar todos que se opuserem com a desculpa que eram desordeiros, afinal o governo não pode dizer que há traficantes no planeta – disse as ultimas palavras com sarcasmo – Enfim temos que dar o fora da cidade antes que sejamos encontrados.

— Precisamos chegar até o litoral – Tiol virou-se para mim – Se conseguirmos chegar até Voldala e pegarmos um barco sei para onde devemos ir.

— Somos procurados – disse revirando os olhos – Vai bem fácil achar um barco.

— Se tiver dinheiro pode conseguir quase tudo em Voldala – disse Karl – Mas um barco não chegaria ao continente principal.

— Preciso ir até a ilha Maltri, a leste daqui.

— Uma ilha particular? – Ana virou para Tiol sem entender.

— É um presente que nosso avô materno deu a Yaci. Nem mesmo meu pai sabe já que Yaci achava que era bom termos um segredo, algo só nosso. Apenas Abrahan sabe e nos disse que se um dia nos separássemos deveríamos nos achar, na antiga casa dos nossos avós, a ilha Maltri. 


~~***~~

A rede de cavernas que Uliam havia dito era um grande complexo escavado na rocha. O lugar era muito antigo e fora uma grande mina de pedras preciosas até não ter mais serventia e servir de lar para revoltosos. 

O lugar onde eles estavam era bastante fundo e com muita segurança.

Carregando Ian, Yaci entrou em um galpão que ficava em uma enorme caverna. Iluminada por geradores estava cheia de pessoas apressadas e de pequenos caças. Caixas e contêiners entulhavam do chão ao teto encostando nas estalactites de onde pendiam as luzes.

— Aqui fica a enfermaria – disse Uliam apontando para uma parte mais afastada onde haviam algumas divisórias dando alguma privacidade.

Yaci deixou Ian em cima de uma mesa de exames observando preocupado, os médicos trabalharem nele. Deu algumas informações como o fato dele estar grávido e extenuado da jornada que fizeram. 

— Ele vai ficar bem agora Yaci – disse Uliam com a mão em seu ombro – Infelizmente precisamos de sua ajuda. Seu pai está travando uma guerra que tenta esconder da classe média do nosso mundo.

Yaci passou as mãos nos cabelos. Estava começando a ficar cansado de tudo aquilo. Sua família desaparecida e seu namorado e filho doentes. Tinha que tomar uma atitude logo.

— Uliam preciso reunir minha família – disse para o outro – Se eles estiverem livres estarão indo para um ponto de encontro que só meus irmãos e meu pai Abrahan sabe. Mas vou lhes dar tempo para isso. Agora preciso que todas as células dos revolucionários estejam integradas. Vamos lançar ataques de pequena monta para minar as forças de meu pai, alem disso quero que esses ataques sejam feitos nas cidades para que todos vejam.

— Mas e os civis?!

— Se não fizermos isso meu pai ainda vai iludir o povo – colocou a mão no ombro do outro – Eu não quero isso Uliam, não mesmo. Matar pessoas do meu povo é como tirar um pedaço de mim, mas se não fizermos isso muitas mais vão morrer como na vila incendiada.

O olhar de Uliam ficou duro ao lembrar de como o seu pequeno país estava sofrendo por causa das loucuras do imperador.

— Certo Yaci e que os deuses nos perdoem.

— Meu senhor – um médico chegou até eles – Conseguimos os registros médicos de Ian e pelo que percebemos seu corpo está rejeitando o feto. Temos remédios próprios para impedir isso e eles já estão sendo ministrados. Acreditamos que depois de algum descanso elem vá se recuperar bem, mas pedimos que ele fique e repouso por uma semana, esteve muito próximo de perder o bebê.

Yaci estremeceu ao pensar nisso.  

— Ele está acordando – disse um dos enfermeiros.

O príncipe correu para o outro segurando á sua mão ao ver os olhos azuis do rapaz abrirem lentamente.

— Yaci... – gemeu ele.

— Calma, tudo bem. Estamos entre amigos agora e você pode descansar – Yaci inclinou dando um pequeno beijo dos lábios ressequidos do outro.

— Bebê? – a voz de Ian estava rouca e dolorida.

— Ele está ótimo – Yaci fazia um suave carinho nos cabelos do outro – Durma meu amor. Descanse por você e nosso filho.

Ian sorriu para Yaci e deixou que o cansaço tomasse o seu corpo.

— Cuidaremos dele, meu senhor – disse o médico chegando perto do príncipe que arrumava as cobertas de Ian.

— Obrigado – olhou Uliam – Temos trabalho a fazer.

~~***~~

Tiesis voltou depois de três horas que me deixou angustiado assim como seus filhos. O que eu menos queria era que alguém daquela família morresse por me ajudar.  Itieu dormia perto de mim, junto ao seu bichinho que ronronava feliz.

Eu estava cansado e com uma dor de cabeça que me dava náuseas. A febre não baixava e estava começando a ficar preocupado, na verdade apavorado que eu realmente fosse perder o bebê.

Tiol estava sentado ali perto me olhando e me deixando desconfortável. Mesmo que eu gritasse e o xingasse ele continuava ali as vezes passando a mão na minha barriga fazendo a criança acordar e me chutar feliz de ter o outro pai com ela.

— Graças a Deusa – disse Ana ao ver Tiesis chegando.

— Estamos em perigo – disse ele ofegante ao retirar a capa – Os soldados estão na área dos traficantes e está uma verdadeira guerra lá em cima. Temos que partir imediatamente.

Tiol me olhou e eu sabia o que ele estava pensando: “Será que eu ia conseguir?”







  


3 comentários:

  1. Mais um capitulo emocionante e cativante. Sei que é dificil para um fã ficar privado do objeto de sua admiração, mas sei também que todos nós que te seguimos compreendemos as dificuldades pelas quais você e nos também passamos. Por isso, de coração, torço para que tudo se resolva em sua vida. E não se preocupe em nos brindar com suas joias, nós compreendemos e esperamos pacientemente cada capitulo, seja quando for. Abraços e que o Universo conspire a seu favor a ajudando a resolver cada problemas.

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  2. faço minhas tambem as palavras do klavius, fica com Deus, abraços

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  3. gracias dallas por mas um cap. tão emocionante.
    te desejo o melhor que tudo se resolva rapito e para bem de todos.
    te mando beijos e abraços, ate o próximo cap.

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