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sábado, 25 de janeiro de 2014

Os Contos de Naral - Capitulo 05 - Estrada Rumo à Floresta Velha


Capitulo 05 – A Estrada Ruma à Floresta Velha


Assim que Valhalla colocou a espada na sua mão la caiu e quase levou ela junto.

— Como esse negócio pesa! – espantou-se ele recolhendo a arma.

A espada era grande, na verdade Davi não imaginava que uma espada era daquele tamanho, um metro do cabo a ponta fina, dois gumes de um metal tão brilhante quanto prata, mas muito dura, com o cabo envolto em couro que deveria ser cômodo para se lutar com ela, o que não seria o caso de Davi se dependesse dele. Ele nunca conseguiria matar alguém.

— É a nossa arma mais leva majestade.

— Acha mesmo que vou aprender isso? – perguntou Davi levantando a arma com os braços tremendo.

— Eu duvido – disse Crhist sentado em um bando do jardim ali perto. Ele parecia ter recuperado toda a sua petulância.

— Fica quieto! – resmungou Davi para ele.

— Crhist não atrapalhe o rei com as suas observações desnecessárias – disse Valhalla contrariada – Tenho certeza que o rei conseguirá aprender a nobre arte da esgrima.

Eles estavam em um pátio em meio ao jardim escondidos aos olhos de todos, menos de Dator que observava tudo com uma atitude relaxada perto de um muro.

Aquilo era uma nova forma de tortura! Assim que Valhalla começou a lhe ensinar como se posicionar, como suas costas deveriam ficar suas pernas e quadris, seu corpo começou a se rebelar.

Ele jogava futebol, basquete e até tênis, mas nada o havia preparado para toda força que seria necessário apenas para suportar os golpes de Valhalla. A moça podia ser só um pouco maior que ele e não ter tantos músculos visíveis, mas sabia manejar uma espada muito maior que a dele com uma graça muito parecida com Crhist. Quanto a ele, mais parecia que seu ombro ia cair e seus braços serem arrancados.

— Você não luta com os braços apenas – disse a moça olhando para ela com o olhar avaliador – Use ombros e quadris majestade.

— Antes ou depois de eu desmaiar de exaustão? – resmungou ele apoiando a espada no chão.

— Seu corpo esta destreinado, ainda não tem músculos nos lugares certos e a agilidade esperada de um espadachim, mas com muito treino garanto que será bom com a espada.

— Como estamos? – Ausna apareceu em meio aos arbustos floridos ali perto.

— Tendo uma revelação – Davi fincou a espada no chão – Não dou para a coisa.

— Vossa majestade é um gozador – havia um brilho travesso nos olhos de Ausna – Garanto que logo vai ser um espadachim maravilhoso.

— Eu?! Lamento matar suas ilusões.

— Mas parece que suas lições vão ter que ser interrompidas por um tempo – a antiga regente entregou um rolo de pergaminho para Valhalla – Seu tio convidou o rei para conhecer o condado Féten.

— A Floresta Velha? Meu tio perdeu o juízo?

— Vou viajar? – o rosto de Davi iluminou.

— Ismail já viu isso? – moça olhou séria para Ausna – AS estradas para o condado podem ser bem patrulhadas, mas ainda são bem perigosas. Relatos de assaltos e sequestros chegam a nós o tempo todo! É uma viajem de dois dias!

— Tanto eu quanto Ismail ponderamos sobre isso Valhalla, mas estamos diante de um começo de reinado frágil, fazer laços com os Féten seria um bom caminho para criar laços poderosos. Sabe que fora as famílias Kustas e Delano, os Féten são a família mais poderosa de Eyri. Temos que ter o apoio deles.

Valhalla ia retrucar, mas viu o desespero de Ausna. Qualquer ação impensada podia levar o país para mais uma guerra e essa seria devastadora.

— Ainda acho que meu tio deveria termais bom censo. O rei ainda nem foi apresentado aos lords...

— Por favor, eu quero ir – pediu, não, implorou Davi.

— É hora de praticar política Valhalla – disse Ausna colocando a mão no ombro da moça e a olhando com carinho – Gostaria que você acompanhasse o rei – olhou Crhist – e você como noivo dele vai ter que ir.

O rapaz ficou vermelho, mas ele sabia que retrucar para a mãe não era um bom negócio.

— Dator ira com a cavalaria. Creio que com esse poder de fogo podemos ficar sossegados.

— A senhora não vira? – Valhalla olhou decepcionada para a ex regente.

— Vou ficar com Ismail organizando a festa de fidelidade.

— Essa é a festa que vou ser apresentado aos lords do reino, não é?

— Sim meu senhor. Nela os lords dos condados juraram fidelidade ao senhor e ao seu reinado e nesse momento o nosso país estará finalmente unido.

— Sinceramente eles não precisam jurar que vão morrer por mim – resmungou Davi lembrando que um juramento de fidelidade é um juramento de morrer pelo rei – Isso me deixa incomodado.

— Você é um inútil mesmo – disse Crhist segurando seu braço e arrumando a sua postura – Morrer pelo seu rei e pelo seu reino é uma grande honra.

— Não quero que ninguém morra, é simples!

Crhist o olhou contrariado e voltou a erguer o baço que Davi tinha voltado a colocar na posição errada.

— Eu não consigo deixar essa espada erguida – disse Davi baixando a arma – Esse treco pesa quase o mesmo que eu!

— Tô vendo que não vai ser tão fácil – disse Crhist que saiu resmungando para os lados do castelo.

— Seu chato...

— Vou arrumar tudo para a sua viajem majestade – disse Ausna inclinando diante dele – Partiram amanhã ao amanhecer.

Davi olhou desanimado para Valhalla.

— Vou ter que continuar com isso durante a viajem?

— Mas é claro majestade – responde a moça alegre erguendo a espada – Treinaremos até a sua perfeição!

Perfeição? Só se for para ficar perfeitamente aleijado!

Crhist só voltou depois que Davi teve a espada arrancada de sua mão três vezes.

— Eu não agüento mais – gemeu Davi apertando o pulso direito dolorido desse jeito vou é acabar ficando sem as minhas mãos.

— Acho que até para um inútil como você isso vai ajudar – disse Crhist lhe estendendo uma espada.

Todavia não era qualquer espada, era uma espada dourada como se fosse feita de ouro, era mais fina que qualquer espada que ele já tinha visto e parecia bem afiada. Seu punho era envolto em couro suave e tinha uma pedra vermelha no botão da espada, como uma lágrima de sangue. Na lâmina haviam palavras gravadas em uma língua que ele desconhecia. Era muito leve e de fácil manejo, era tão equilibrada em sua mão que parecia uma extensão do seu braço.    

— Essa não era a espada do seu pai? – Valhalla olhou espantada para o rapaz que mirou ela de modo frio.

— É a única que ele vai conseguir manejar – resmungou Crhist sem olhá-la e voltando para o seu canto.

A moça olhava de um modo estranho para o garoto, mas Davi agradeceu o surpreendente gesto do outro.

— Obrigado Crhist. Com essa parece que vai ser mais fácil.

— Só tomo cuidado para não se matar com ela. Eyri não precisa ficar sem seu rei só porque ele é inútil!

Davi revirou os olhos e Valhalla, balançando a cabeça como se estivesse espantando um pensamento, voltou-se para ela.

— Continuemos majestade.

Logo Davi percebeu que era muito mais fácil com aquela espada. Ele podia manter a postura e chegou mesmo a contratacar a moça. Valhalla parecia encantada com os seus progressos.

— Parece que essa espada é ideal para você – comentou ela um pouco ofegante – Por hoje terminamos majestade – ela inclinou-se diante dele – Creio que Ismail o espera no escritório.

— Tortura dois ai vou eu! – gemeu Davi curvando os ombros.

Ele foi até Crhist para devolver a espada.

— Obrigado.

— Você pode ficar com ela até conseguir uma espada para si – ele estendeu uma bainha para ele, vermelha e toda cravejada com pedras preciosas.

Seu rosto ficou vermelho e ele saiu intempestivamente, sumindo nas curvas dos jardins do castelo.

~~**~~

— A espada do pai? – Ausna levantou os olhos do livro caixa que conferia – Crhist emprestou a espada de Cinrei para Davi?

Elas estavam em uma saleta que era parte do quarto de Ausna. O quarto era decorado com móveis de um tom mais claro, quase bege. A cama de quatro pilares tinha a cabeceira toda entalhada com flores e uma colcha branca a cobria. O guarda roupa tinha um grande espelho de corpo inteiro e havia outra porta que dava para o banheiro.

As paredes eram revestidas com quadros que mostravam sua família em várias épocas. Ali estava Kidai Kustas, seu primeiro marido com seus cabelos castanhos e rosto sério, fora um casamento inteiramente político e Kidai morrera em cinco anos numa emboscada no norte. Tinha também o belo rosto sorridente de Fervet Landro seu segundo marido e aquele que ela casa por amor.

Fervet era apenas chefe da guarda do castelo, não era o homem ideal socialmente para ela, mas fora contra tudo e contra toda a sociedade para ter o amor do belo e doce homem.

Fora a época mais feliz de sua vida e achava que ela estava completa quando Dator nascera.

Fervet cuidava de Ismail do mesmo modo que Dator e eles eram uma família feliz até que o pior aconteceu. Um grande conflito com Otop levou Fervet, então general das forças de Eyri ao campo de batalha e ele não voltou vivo.

Ausna estava em luto ainda quando as coisas dentro de Eyri começaram a desmoronar e os Delano tinham parte nisso. Eles queriam o poder e Ausna ainda ostentava o sobrenome Kustas, assim eram os Kustas que davam as ordens no reino.

O único modo de impedir isso era um novo casamento.

Ao ouvir isso de seus conselheiros, Ausna os havia mandado ao inferno e nem queria saber.

Fora ai que ela conhecera Cinrei.

Cinrei era um estron, filho de um povo ao norte que há muito não se tinha noticia. Ninguém sabia do porque Cinrei fora deixado na porta na casa do Lord Delano quando bebê, mas o lord o criara como filho.

Cinrei era um homem jovem e encantador. Seus cabelos prateados e olhos claros chamava a atenção por onde ele passava. Ele era alegre e estava sempre pronto para ver o lado bom das coisas. Todos diziam que ficar perto dele era u modo de se contagiar com sua alegria.

Cinrei era seu prometido da família Delano, mas ele não fora até o Castelo Branco impor sua vontade, mas para se desculpar por sua família gananciosa.

Algo naquele homem cativou Ausna e logo eram amigos, mas ambos sabiam que não podiam continuar assim, tinham que tomar uma decisão e se casaram pelo bem do reino.

— Ei! – Valhalla estalou os dedos diante do rosto dela – Em que mundo estava?

— Longe – ele sorriu cansada – Ainda não acredito que Crhist fez isso. Ele não deixa nem eu tocar aquela espada.

— Também não acreditei, mas ele deu a espada e a bainha para o rei usar enquanto ele não tem a sua espada – Valhalla sentou na poltrona e cruzou as pernas mostrando os pés descalços.

— Valhalla!

— O que? – a moça fez um bico – Você sabe o quanto eu odeio sapatos!

— O reino inteiro sabe – Ausna suspirou contrariada sentando nos braços da sua poltrona e levantando o queixo da moça – Se você não fosse desse modo não seria a minha Valhalla!

Ausna beijou os lábios da outra. Era para ser um beijo casto, mas Valhalla a seguro e fez com que ela caísse em seu colo.

— Valhalla! Tenho que terminar com esses benditos livros caixa!

— Mais tarde – disse a outra a puxando para mais um beijo profundo.

Ausna gemeu quando a outros apertou seus seios sensíveis. Antes que notasse estava deitada no chão com Valhalla em cima dela erguendo seu vestido até expor sua roupa debaixo e a puxando para chegar aos seus seios. Ausna jogou a cabeça para trás gemendo quando a outra sugava seus mamilos com fervor.

— Adoro seu sabor – disse Valhalla beijando seu pescoço e descendo a mão até suas partes intimas.

Ausna conteve um grito quando sentiu a mão de Valhalla nela, mas uma conversa no corredor interrompeu as duas que ficaram rígidas e ofegantes.

— Agora não – Ausna beijou o rosto da outra e levantou arrumando as roupas.

Valhalla deitou no tapete batendo a cabeça no chão.

— Vamos Valhalla, temos trabalho a fazer antes da sua viagem.

— Assim você me mata – resmungou a outra levantando e indo até perto da mesa da ex-regente e sentando em uma poltrona.

— Espero que você e Dator não fiquem brigando a viagem toda – disse Ausna olhando contrariada para Valhalla que olhava para as unhas, pensativa.

— Até eu tenho juízo – disse ela finalmente – Não vou ficar brigando com seu filho chato, estou mais preocupada com Crhist, ele não parece no melhor do humor. Nem flores ele anda dando ao Ismail e isso é coisa que não o vejo fazer a muito tempo.

— Ismail mandou selar as saídas secretas que Crhist usava.

— Para que aquele menino queria sair às escondidas do castelo?

— Eu não sei – Ausna balançou a cabeça – Quando eu pergunto ele não responde e eu nunca consegui seguir ele.

— Talvez isso seja um pouco de fogo naquele coração gelado – disse Valhalla rindo – Crhist nunca amou nada na vida, quem sabe ele se interesse por algo.

— Como diz Dator: “Nas coisas do coração o mundo é bruma”.

— Dator e sua filosofia de praça – resmungou Valhalla revirando os olhos e aludindo aos pregadores que iam de cidade em cidade e ficavam nas praças discursando.

— Bem que tal voltarmos às finanças?

Valhalla gemeu.

~~***~~

Amanheceu um dia sem nuvens, o céu tinha um profundo azul e cheirava a mel e flores. O ar estava fresco, quase frio e isso deleitava Davi que vinha de uma região quente do planeta Terra. Ele sempre gostara do frio e não se dava bem com o calor.

Todos estavam parados no pátio do castelo diante dos grandes portões. Eram cerca de vinte cavaleiros com armaduras reluzentes e cavalos brancos, o único cavalo escuro era de Crhist, um belo garanhão negro.

— Tenha uma boa viagem meu rei – disse Sípria inclinando-se diante dele.

— Tenham uma boa viagem – despediu-se Ausna.

— Tenham cuidado – disse Ismail para Dator – As estradas rumo ao condado Féten estão calmas e aparentemente seguras, mas eu não gostaria de arriscar.

— Vamos estar de olhos. Até mais.

Crhist subiu no cavalo com uma agilidade felina de dar inveja em Davi e o olhou com o cenho franzido.

— Parece que não tem jeito, você vai ter que vir comigo já que nem mesmo montar sabe.

— Ora eu nunca nem mesmo tinha visto um cavalo antes daqui, quanto mais cavalgar.

— Venha – ele estendeu a mão para Davi – Como seu noivo não tenho opção a não ser arrastá-lo até a Floresta Velha.

— Não fale como seu eu fosse uma bagagem – resmungou ele colocando o pé com dificuldade no estribo.

Finalmente Dator deu o sinal e o rei e sua comitiva partiram.

Ao passar pela cidade as pessoas se aglomeravam nas caladas curiosas e apontavam para Davi.

— Acene para eles – disse Crhist para Davi – Eles apenas estão curiosos com o seu novo rei.

Vermelho de constrangimento, Davi começou a acenas para as pessoas que também acenavam para ele e pode ouvir alguns comentários.

— O rei!

— O rei Delano está entre nós!

— Temos um rei!

— Ele já esta noivo!

— Não formam um casal lindo.

— Não é possível que eles já saibam – gemeu Davi escondendo o rosto nas costa de Crhist que revirou os olhos.     

— Tanto a nobreza quanto a plebe tem um esporte favorito, a fofoca. Acostume-se com isso, o reino todo já deve saber.


Eles logo deixaram Inay para trás e rumaram pela estrada que cortava fazendas e bosques. Passaram por grandes plantações onde as pessoas acenavam para eles e por pastos onde os rebanhos pastavam calmamente.



Depois de algumas horas até as fazendas desapareceram para dar lugar a uma floresta que não parecia ter fim.

Ao meio dia pararam para almoçar e Davi desceu do cavalo gemendo.

— Dois dias nisso? – ele massageou o traseiro – Porque ninguém me disse que eu ia ser torturado? – suas pernas também estavam duras.

— Pare de reclamar – disse Crhist amarrando o cavalo em uma arvora baixa perto de uma grama alta – Inútil – disse passando por ele.

— Ninguém merece – Davi andou mancando até um gramado baixo debaixo de uma arvora e jogou nele olhando em volta.

Haviam saído da estrada para pararem perto de um córrego que corria em um leito de pedras e era bem raso, mas ele ainda podia ver peixinhos azuis descendo a correnteza. Toda a extensão era cercada de moitas de uma planta de folhas largas com cachos de flores vermelhas e perfumadas. A grama era pontilhada por tufos de flores coloridas e as árvores tinham folhas pequenas e ofereciam boa sombra. Era um lugar muito bonito.   

Crhist sentou ao seu lado observando o vento bater nas árvores.

— Como é o seu mundo?

— A Terra? Muito diferente daqui. A terra é muito povoada, então lugares como esse quase não existem mais. Nosso ar está sujo por causa de nossas indústrias deixando tudo com cheiro de fumaça e o céu cinza.

— Mas deve ter algo de bom?

— Claro que tem. Tem futebol, tem a internet, as pessoas, a televisão e a minha família – ele ficou triste – Fico pensando no que eles estão fazendo, o que estão pensando do meu desaparecimento.

— Como é a sua família?

— Bem – Davi deitou de lado observando os soldados prepararem o almoço – Meus irmão são uma praga, vivem no meu pé me dando apelidos idiotas, minha mãe tem sempre um conselho para tudo e está sempre de prontidão, nada escapa dela. Meu pai é a pessoa mais calma que eu conheço e está sempre lá quando precisamos dele.

— Parece uma boa família.

— É só uma família comum, com os mesmos problemas de todos, se bem que duvido que alguma delas teve alguém que já viajou para outro planeta.

— Almoço – Dator estendeu uma tigela para ele e uma para Crhist.

— Obrigado Dator – ele estava morrendo de fome.

Crhist pegou a sua sem nem mesmo olhar para o irmão.

— Você deveria ser mais educado – repreendeu Davi.

— Isso é problema meu!

Aquilo devia ser um assunto de família, mas Davi não via o porquê de Crhist tratar tão mal alguém to legal quanto Dator.

Valhalla, que havia se adiantado com um grupo, estava voltando.

— E então Valhalla?

— Não avistamos ninguém suspeito, só moradores da região. Estamos cada vez mais próximos da Floresta Velha, bandidos aqui são raros.

— Tem alguma razão? – perguntou Davi revirando a estranha pasta de cereais que era o almoço.

— Medo – Valhalla pulou do cavalo que montava sem cela – Quem não conhece tem medo da Floresta Velha.

— A Floresta é um lugar muito antigo majestade – disse Dator – Acreditamos que ela está ai desde a aurora dos tempos, corre a lenda de que a Floresta Velha foram às primeiras árvores criadas pela Alma do Mundo.

— As pessoas acham que a floresta é viva – disse Crhist – Que as árvores podem conversar.

— Isso é lenda – resmungou Valhalla – Nasci naquela floresta e nunca vi nada disso.

— Depois do que me aconteceu eu acredito que tudo é possível – disse Davi olhando ao longe imaginando como seria essa floresta lendária.   

Um comentário:

  1. Que sou fã de carteirinha do seu trabalho, ninguém pode negar... mas a cada capitulo começo a gostar, amar e torcer por estes dois...! Belo capítulo Dalla. Parabéns.
    E a saúde, o trabalho a faculdade. enfim, como andam as coisas? Torço em Deus que tudo esteja caminhando e a contento.
    Abraços.

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