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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O escravo - Capitulo 18 - Pirtas

Capitulo 18 - Piratas



Bem acho que vocês viram que nos separamos. Não é a minha observação mais brilhante, mas o que quero dizer com tantos rodeios é que não dá para continuar a história apenas do meu ponto de vista, por isso ela vai se voltar para os desaparecidos, perdidos e afins. Enquanto eu caio rumo ao planeta querendo matar o Tiol, Valdi também está enfrentando seus problemas...


~~***~~


Valdi acelerava o máximo tentando fugir das naves militares que avançaram sobre ele. Com o fator surpresa e com a velocidade que a sua nave era capaz de atingir em pouco tempo ele esperava ser capaz de escapar.

Inclinou a nave passando perto da lua Arilien e tentou ir para o espaço exterior, mas foi barrado por cinco naves de patrulha que abriram fogo contra ele.

Manobrando, passou por cima deles voltando a acelerar chegando perto da velocidade da luz perto demais do planeta o que era uma temeridade. Assim que acionasse os motores de ultraluz tanta energia ia ser desprendida que ele esperava que nada acontecesse ao sistema.

Apertou o botão que ia jogar ele para um universo onde as leis físicas deste não eram as mesmas, mas um segundo antes um raio de calor bateu a bombordo fazendo a nave estremecer e com isso sua rota foi mudada.

Xingando Valdi tentou corrigir a rota, mas era tarde demais. A nave estava sendo jogada para um ponto desconhecido da Galáxia.

Talvez o melhor seja explicar como todo esse aparato tecnológico funciona.

Uma nave não pode viajar acima da velocidade da luz no nosso universo que entre os humanos é conhecido como universo einsteiniano, sendo que, foi graças a Albert Einstein que as leis o regem as coisas à nossa volta foram descobertas. O que mudou foi que se descobriu que não há apenas um universo e sim vários, uns sobre os outros como camadas e que para entrar neles seria necessário uma grande energia que todos julgavam impossível de se atingir. A Terra estava no ano 3.985 quando pela primeira vez um físico conseguiu provar que podia acumular energia em capacitores de fluxo e com elas jogar a nave em um desses universos. A nave realmente entrou em um deles, mas descobriu-se que só se podia ficar nele enquanto a nave estivesse à velocidade próxima da luz. Quando a nave desacelerou perceberam que estavam muito longe da Terra, haviam descoberto o ultraverso onde a velocidade da luz era a velocidade mínima e a máxima... bem a máxima ninguém ainda sabia.

Quando se acelera dentro do ultraverso você também acelera no nosso em uma velocidade milhares de vezes da velocidade da luz e para se localizar as naves fazem cálculos muito precisos e qualquer coisa que interfira na rota programada podia fazer a tripulação se perder no universo para sempre.

Desculpem a aula de física e história, mas muita gente não vai entender o medo de Valdi ao se ver jogado nos meandros da galáxia em uma rota que ele não tinha fixado. Se perder em uma galáxia não é raro e deve ser a mais terrível das solidões.

Valdi tentou desacelerar, mas os computadores são bem mais inteligentes que certos humanos (no caso aurifenses). Se ele desacelerasse muito depressa podia quebrar a nave em um amontoado de átomos e, mesmo que a rota tenha sido mudada, era mais fácil tentar achar um caminho calculando o erra que cometera do que simplesmente parar no meio do caminho. São por essas coisas que a nave preferiu ignorar os comandos idiotas do príncipe e espero que ela não fosse muito sensível por que Valdi mostrou ter uma boca bem suja para xingamentos!

Vinte minutos depois o estranho branco em que as telas estavam tomadas desapareceram e ele pode ver o negrume do universo pontilhado de tantas estrelas que ele parecia se achar em uma explosão de fogos de artifício.

Bateu no painel de controle não acreditando na sua sorte. Fora para perto do centro da galáxia e a sua antiga rota era na região exterior onde a Terra ficava.

Com pressa tentou calcular a sua localização, mas a nave deu um alerta de localização. Outra nave estava usando um localizador de energia nele.

Uma das telas especiais mostrou para ele uma imensa nave esférica toda negra e com uma cruz celta pintada na lataria.

— Maravilha! – resmungou ele tentando ligar os computadores – Em toda a galáxia eu tinha que cair exatamente em frente a piratas humanos.

No segundo em que seu motor deu um arranque a nave estremeceu a quase foi arrancado da sua poltrona.

— Ora, ora – a imagem de um homem de barba apareceu na tela a sua frente – O que é que as estrelas trazem para mim?

— Olha eu não tenho nada de valor, me deixe ir embora!

— Quem disse que não tem nada de valor? – o homem caiu na risada – o que acha disso chefe?

Um homem alto, rosto forte e marcante, com olhos de um negro brilhante apareceu na tela. Seus cabelos longos e castanhos dourados caiam sobre um ombro e ele tinha um brilho frio no olhar, mas seus lábios bem desenhados tinham um sorriso que não chegava aos olhos.

— Um aurifense. Quanto acha que o mercado anda pagando por um desses?

— Uns dois milhões de créditos chefe. Eles não são fáceis de agarrar.

— Vê como você tem muito de valo?

Era o que faltava! Havia caído nas mãos de escravocratas!


~~***~~


Sua nave foi rebocada para dentro da boca cavernosa da imensa nave que podia muito bem guardar a frota do seu mundo ali dentro.

Valdi podia ficar ali e se esconder como um covarde ou ir conversar com o “chefe” e tentar um acordo. Eles queriam dinheiro e ele ajuda. Se eles aceitassem os créditos que tinha nos bancos da Terra podia ter a ajuda deles ou que mesmo lhe deixassem ir.

Com a cabeça erguida caminhou para a escotilha da nave e desceu para um amontoado de pessoas vestidas de vermelho de verde.

Agora ele sabia como os escravos que seu povo comprava se sentiam e era uma sensação horrível de impotência e medo.

— Ora não é que ele é corajoso? – observou um rapaz rindo dele, mas ninguém se aproximou até que o “chefe” chegou.

O homem era mais alto que ele, tinha um corpo bem constituído e musculoso. Parecia que ele conseguia fazer as pessoas se curvarem apenas com a sua presença, mas Valdi não baixou a cabeça, ele olhava diretamente para os olhos negros e brilhantes dele.

— Bem vindo à Oghman.

— Eu quero negociar.

Algumas pessoas riram, mas Valdi apenas levantou a sobrancelha. Ele não ia ter medo de um bando de piratas.

— Acho que precisamos ser um pouco mais educados aqui – o “chefe” riu – Eu sou o capitão Gwidion.

— Valdi – respondeu ele impaciente – Eu estou com pressa capitão.

— Mas eu tenho todo o tempo do mundo.

— E eu tenho dinheiro que sei que é a única coisa importante para seres como você.

— Baixa um pouco a sua crista filhote, porque às vezes dinheiro não é tudo.

— Acha que consegue dois milhões me vendendo? Eu consigo três vezes mais sem que você tenha que se ver com a federação por seqüestro.

— E porque eu não arranco esse dinheiro de você e ainda o vendo como meu premio? – perguntou Gwidion chegando perto de Valdi.

— Por que eu nunca daria os números das minhas contas para vocês!

— Posso ser bem persuasivo.

— Eu não tenho medo.

— Pois deveria ter filhote. Eu não sou capitão dessa nave à toa.

— É claro que não é à toa! Deve ser às custas do medo, do saque e da morte que vocês carregam.

— Você não nos conhece para dizer isso! – o cara parecia ofendido e Valdi riu.

— Um pirata com honra? Acho que entrei em uma realidade paralela. O que sei de vocês fala sobre o saque e a violência em naves de carga que não carregam armas. Vocês só não roubam, mas matam por prazer e eu desprezo assassinos!

— Tem a língua afiada Valdi, mesmo que eu esteja tentado a cortá-la!

— Vai mesmo privar os seus homens de todo o dinheiro que eu posso conseguir? – Valdi gritou chamando imediatamente a atenção – Por sua burrice vai arranjar briga com a Federação da Terra? Olhem a nave! Ela tem um localizador e pode ser encontrada em qualquer ponto da galáxia, mesmo eu sou rastreado. O que ofereço a todos vocês são seis milhões de créditos se me ajudarem.

— Porque a gente ajudaria você?

— Por dinheiro, pelo que mais? Eu posso conseguir uma boa quantia e a minha família também, mas eu quero que me ajudem a derrubar o imperador.

— Quer dar o golpe no imperador de Aurifen?! – Gwidion começou a rir – Filhote você é louco ou o que? Aquele homem tem fama de ser pior que qualquer um de nós e quer que nos metemos com ele?

— Com medo?

O capitão fechou a cara e rosnou para ele.

— Se quer manter todos os dentes dentro dessa boca nunca me chame de covarde.

— Estão com medo do imperador? – Valdi gritou em volta com prazer – Tem medo de Adamas? Que coisa!

— Você não tem o direito de falar conosco assim! – gritou um senhor em meio à multidão.

— Desculpe-me, mas eu também já tive medo dele e percebi que isso apenas me paralisava. Eu estava indo para a Terra à procura de ajuda quando vim parar aqui.

— Nós não vamos nos meter em política! – resmungou Gwidion.

— Então me deixe ir! Eu tenho uma família me esperando e pessoas precisando da minha ajuda. Darei o dinheiro do mesmo jeito.

— Acha que eu vou deixar você ir embora?

— Eu vou embora! A minha família precisa da minha ajuda e eu não vou decepcioná-los!

— Você é o meu premio garoto.

— Então não vai ter o dinheiro! – Valdi gritou – Ouviram bem? Não vou dar nada para vocês assim e nem adianta me torturar. Meu povo adora a dor.

As pessoas começaram a murmurar e Gwidion ficou vermelho de raiva segurando o braço do outro com mão de ferro.

— É bom manter essa sua boca fechada.

— O aurifense esta certo! – alguém falou – Dinheiro é dinheiro ora! Porque trocar o certo pelo duvidoso?

— É mesmo? – um rapaz saiu do meio da multidão encarando o “chefe” – Porque Gwidion?

— Frey! – o outro ficou vermelho.

Frey era da altura de Valdi, com longos cabelos loiros que estavam presos em uma trança que caia por suas costas. Os olhos dourados tinham um brilho desafiador e com os músculos definidos aparecendo através do uniforme.

— Olha Frey ele já nos viu e...

— Nós aceitamos os seis milhões de créditos – disse Frey olhando Valdi como se o analisasse e gostasse do que via.

Agora dava para ver quem era o “chefe” ali!

— Frey!

— Nada de Frey! – o outro se voltou irado para Gwidion – Sabe quem é ele? o príncipe da casa real de Aurifen, filho daquele imperador louco! Você quer vender um príncipe? Na verdade você está pensando em vender alguém? Caso eu saiba a gente não é traficante.

— Não? – Valdi olhou Gwidion vermelho de raiva.

— Não custava nada se divertir! – respondeu ele rindo assim como algumas pessoas, outras estavam voltando para seus afazeres.

— Minha família e meu povo está morrendo em uma guerra civil e você brinca comigo? Humano nojento! – cheio de raiva cuspiu aos pés dele.

— O que é isso garoto? – o outro riu – Está me repudiando?

— Ele está ti chamando de covarde Gwidion – disse Frey revirando os olhos – Francamente você é meio analfabeto sobre os povos da galáxia!

— Covarde? – ele ficou vermelho erguendo a mão para bater em Valdi que deu um sorriso de escárnio para ele, mas Frey segurou o seu braço.

— Pare com isso Gwidion! O menino está preocupado com a sua família e você tem essa atitude de escárnio com ele? O que você faria se os nossos filhos estivessem em perigo?

— Você sabe o que eu faria! Iria até o fim do universo por eles.

— Agora você sabe como ele se sente.

O capitão olhou com desagrado para Valdi bufou, mas disse:

— Certo, me desculpe.

— Mas vocês são piratas do mesmo jeito.

— Roubamos dos humanos interiores – disse Frey olhando Valdi com seus intensos olhos dourados – Eles são lerdos e suas patrulhas, na maioria robôs, inúteis. Roubar da Terra não é bom negócio, eles nos prenderiam logo.

— Não consigo entender esse tipo de vida – Valdi balançou a cabeça – Roubar é crime, mas imagino que cada povo encara as coisas de modo diferente. Eu estou disposto a pagar vocês por uma ajuda. Sua nave é grande o suficiente para passar pela frota de meu pai e dominar sua força aeroespacial e nos dar acesso a nossa lua Aurilien onde meu tio governa. Tenho certeza que ele vai apoiar a revolução. Darei a minha palavra que a sua tripulação e nave não vai ser molestada por meu seqüestro.

— Sua palavra não basta aurifense – disse Frey andando em volta de Valdi.

O rapaz entendeu que ele era muito mais perigoso que Gwidion.

— O que você quer?

— Vocês adoram o prazer e não se preocupam em dar sexo mesmo fora do casamento, mas protegem as suas famílias com unhas e dentes. São ligados a elas mais que um laço matrimonial, vocês unem suas almas, vocês se tornam um.

— Meu povo faz isso – resmungou Valdi não vendo onde ele queria chegar – Mas o seu não acredita nisso em momento algum. A maioria da sua raça não tem mais religião.

— Eu não acredito em Deus garoto, mas eu sei que a alma existe e que há algo depois da morte. Já vi muita coisa por ai, mas eu nunca vi Deus.

— O que você quer com tudo isso?

— Simples. Se você for parte da nossa família não vai nos fazer mal nunca. Desculpe se eu não acredito em sua apalavra.

— Você quer que eu case com um de vocês?! Estão loucos?

— Quer ajuda para o seu povo? Vai ser assim. Com isso eu garanto que você não vai fazer mal a “minha família”!

— Eu dei e minha palavra e você parece saber um pouco sobre o meu povo para saber que ele vale muito.

— Sei também que palavras são só isso, palavras.

— Se me ligar a vocês eu não posso voltar para o meu mundo, terei que ficar com aquele que me ligar ou meu corpo morre. Mas eu também não conseguiria ficar minha vida toda em uma nave – Valdi estremeceu com isso.

Viajar em uma espaço nave era uma coisa, mas viver a vida toda em um ambiente apertado e sem a luz do sol ai matá-lo aos poucos.

— Lamento aurifense, mas a minha família vem em primeiro lugar, e a sua?

Valdi engoliu em seco olhando para Frey e Gwidion. Ele não podia pensar só em si agora, mas devia pensar em seu povo.

— Aceito!

— Ótimo – Frey se voltou para o capitão que ria para ele – O que acha disso meu querido? Temos mais um em nossa família?

— Isso é ótimo Frey – os olhos dele brilhavam – Espero que ele possa agüentar dois maridos.

Ele ia se ligar aqueles DOIS?


~~***~~


Gwidion o arrastou pelos corredores da nave para a parte onde ficavam os apartamentos deles. Uma porta abriu automaticamente para um quarto amplo com armários embutidos, uma grande cama, uma mesa, uma grande TV presa à parede e uma porta que dava para um banheiro.

— É através do sexo que vocês fazem sua ligação – disse Frey – Sei que não são nada modestos, por isso tire da sua cara esse ar de medo.

— Eu e meu povo não estupramos ninguém!

— Mas e o que vocês fazem com os escravos? – Frey empurrou Valdi para a cama, mas o aurifense era mais forte que o humano e resistiu – Vai fazer isso difícil?

— Eu posso me unir a vocês sem precisar ser violado!

— Mas eu quero isso! – havia um estranho brilho nos olhos de Frey, algo próximo ao ódio – Quero mostrar para você o que os humanos passam nas suas mãos!

— Isso é o que? Um tipo de vingança?

— Frey – Gwidion olhou para o outro que observava frio Valdi.

— Isso não ti interessa. Quer salvar o seu povo? Vai deitar naquela cama e aceitar TUDO o que eu quero. Agora tire a sua roupa – olhou o outro – A vamos lá? Não esta gostando disso?

— Você sabe que eu não faço estupro Frey. Posso não ser boa coisa na vida, mas eu nunca fiz isso.

— Se ainda me quiser vai fazer.

Gwidion respirou fundo e aceitou. No fundo ele estava também excitado com a possibilidade de transar com os magos do sexo, como aquele povo era conhecido em toda a galáxia.

Valdi percebeu que não tinha saída e retirou a roupa. Ele estava acostumado a ficar nu na sala dos jogos, mas eram escravos e pessoas que ele conhecia, nunca fora obrigado a se mostrar em frente a pessoas desconhecidas.

— Vamos a um outro ingrediente – Frey fez um gesto com a mão e a TV ligou mostrando o quarto deles – A tripulação precisa saber que o coito foi real.

— Você quer fazer isso em frente a uma câmera? – Valdi não podia acreditar e estava ficando vermelho de vergonha e raiva.

— Assim como todos os escravos de vocês – disse Frey friamente – Deite na cama e fique quieto.

Gwidion não parecia estar gostando muito disso, mas Frey começou a beijá-lo e acariciar seu corpo com maestria e logo abria o fecho da calça do outro expondo um longo e grosso pênis que ficou ereto.

— Você é um safado – disse Frey acariciando o membro do outro – Adora saber que tem gente nos vendo, vendo esse seu pau levantar e me foder.

O capitão gemeu e deixou ser acariciado. Frey caiu de joelhos e começou a distribuir beijos em toda a extensão do pênis do outro que gemia e se contorcia. Quando Frey engoliu seu pau em todo o seu comprimento ele segurou os cabelos do outro empurrando sua cabeça para mais perto. Frey retirou o pênis inchado e brilhante de saliva.

— Temos um convidado Gwidion – disse ele se levantando – Guarde sua semente para ele.

Valdi olhava com raiva para os dois e seu membro flácido mostrava que não estava nem um pouco excitado com aquilo.

— Você pode aceitar as coisas mais fáceis ou mais difíceis – disse Frey sentando em cima das pernas de Valdi e segurando o seu membro e depois as bolas.

O aurifense não respondeu.

— Bem é decisão sua. De quatro. Fica de joelhos para mim.

Valdi queria que ele fosse ao diabo, mas ele não podia fazer isso, em primeiro lugar vinha sua família do que ele.

— Que bichinho obediente – Frey riu enfiando um dedo lentamente no seu ânus sem nem mesmo usar um lubrificante.

Valdi jurou a si mesmo que não ia gemer que não ia dar a satisfação para Frey, mas percebeu que o outro queria que ele sentisse dor e foi empurrando um, dois, três, quatro, cinco e por fim o punho inteiro dentro dele o rasgando por dentro.

— Pare! – gritou afogado na dor que o outro lhe causava – Pare!

— Por que eu pararia? Vocês não fazem isso se um escravo pede, não é?

Ele começou a retirar a mão de dentro dele enquanto Valdi engasgava não acreditando em como aquilo doía. A mão do humano saiu cheia de sangue de dentro dele e o aurifense caiu no colchão respirando aos arranques.

— Cansado já? Seus escravos não tem descanso e nem você.

Valdi sentiu algo duro entrando dentro dele, indo fundo agora, o rasgando por dentro.

— Você vai matá-lo assim Frey! – gritou Gwidion enquanto o outro socava o objeto dentro de Valdi.

— Um aurifense precisa de muito mais que isso para morrer, não é?

Com uma estocada funda Valdi não pode conter as lágrimas que desciam do seu rosto.

— Seus escravos não tem o direito de chorar e você faz isso? – Frey retirou o objeto de dentro dele e abriu a calça mostrando o membro ereto – Vamos à parte boa não é?

Valdi estava bem aberto e Frey estocava sem piedade o seu buraco todo machucado.

— Venha cá Gwidion, entre nele também e vamos ter a nossa união com o nosso novo puto de estimação.

Valdi não acreditava que ia se unir com aqueles malditos.

Mesmo resmungando Gwidion foi até ele e, com a ajuda de Frey, começou a penetrá-lo. Mesmo aberto pelo punho de Frey ele não estava preparado para dois paus grandes dentro dele o estocando o tempo todo com fúria que o fez gritar até que a garganta ardesse.

— Agora prostituta – disse Frey puxando os cabelos dele – Agora.

Valdi deixou que a energia de sua alma fluísse do seu corpo e entrasse em Gwidion e Frey no ponto que os unia. Eles mesmos puderam sentir a força em suas almas e no momento do orgasmo, eles puderam ver toda a vida de Valdi pelo vinculo que haviam criado.

Ofegante Gwidion caiu na cama olhando com raiva para Frey.

— O garoto não é nem um monstro Frey! Porque tivemos que fazer isso com ele?

— Eu não sabia – lagrimas desciam dos olhos do outro.

Por muitos anos Frey foi escravo de um aurifense que vivia em um mundo perto da fronteira da federação e fora estuprado e torturado todos os dias de sua vida. Quando a nave em que o aurifense viajava fora atacada por Gwidion ele vira a luz novamente em sua vida. Casara com o pirata, adotara três crianças e podia dizer que era feliz se não carregasse todo aquele rancor, aquela raiva que exigia dele vingança e quando vira Valdi não conseguira se conter. O que ele queria naquele momento era fazer o maldito aurifense sentir a mesma dor que ele sentira por anos, mas o que ele não contava era com o que vinha com o vinculo que unia todos os aurifenses: as lembranças também eram compartilhadas e Frey percebera que Valdi não era como seu antigo mestre e que era uma boa pessoa. Não merecia o que ele armara.

Agora Valdi estava ali, desacordado e sangrando coberto com o sêmen dos dois e seu companheiro lhe olhando com raiva por tudo que ele o forçara a fazer.     



8 comentários:

  1. Nossa, que triste, que pena do Valdi, um personagem tão bonito merecia ser especial para alguém, e não fazer parte de um menage, com esses animais.Acho que sou mto romântica, mas fiquei decepcionada.

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  2. Uau! Dois maridos?! Aliás, dois maridos e um começo de relação bem tenso...
    Foi um capítulo muito legal. Deu pra ter uma visão do estrago psicológico que os Aurifenses causavam com essa "escravidão" abusiva...
    Espero que o Valdi se dê bem com Frey e com Gwidion. Finalmente alguém poderoso suficiente pra enfrentar Adamas...
    Obrigado por mais um capítulo!
    Aguardo os demais

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Gostei muito do desenrolar dessa história, vou confessar que não ligava muito para o Valdi, mas agora com certeza ele ganhou todo o meu respeito e admiração, o que ele fez pela sua família dele...que pena que esse ódio e rancor que o Frey leva no coração estragou esse momento que deveria ser tão especial pro Valdi.
    To aguardando ansiosamente pelos próximos capítulos e curiosíssima para saber o que aconteceu com os outros!!

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  5. acho que valdi realmente não sabia i como um escravo se sentia, agora ele sabe, e esperemos que isto que aconteceu não o transforme em outro adamas

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  6. Eu devo admitir no inicio acreditei que não iria ser muito fã dessa história, mas com seu desenrolar te digo... muito boa agora estou divida não sei se quero ver logo o que ocorre com o Valdi ou se fico ansiosa para ver Andrew acabar com o Tiol. A história e surpreendente eu amei esse capitulo, e todos os outros também, só fico triste pelo Erant mais como diz e Vida e Morte, na guerra por vezes se perde pessoas queridas. Enfim parabéns e estou louca para ver o Frey se arrastando para conseguir o perdão do Valdi. Beijoss

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  7. Nossa que pena o que passou com Valdi, isto me explica um pouco sobre o vinculo dos aurfense, isto significa que Tiol e Andrew todavia no tem este vinculo.
    Como diz Juh, espero ver o Fredy se implorando pelo perdão do Vald e que a situação melhore.
    Adoro esta historia, mas por favor não me faça esperar pelo proximo cap, estou muito anciosa pelo proximo cap.
    Beijos e abraços.

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  8. Difícil maneira de aprender, essa, viu? Mais ainda estou triste com a morte do Erant. Cheguei a torcer que alguém o encontrasse e o trouxesse de volta... rsrs
    bjs

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