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domingo, 17 de março de 2013

O Escravo II - Capitulo 07 Shai'd

                                                                              Shai'd Baraden





Capitulo 07 – Shai’d




Ao sul da cidade de Shams, capital do estado de Layeti e capital de planeta Ghalib, ficavam os grandes desertos do planeta. Uma extensão de terras de cinco mil quilômetros indo do mar Asten até o outro oceano. Ali não havia leis do governo, apenas as tribos governavam os desertos.

Por muito tempo os governos ghal tentaram a todo custo dominar as areias, mas elas mostravam que eram indomadas. As maquinas paravam de funcionar e os soldados desapareciam nas areias escaldantes.

A tribo da família Akreb era muito influente no deserto e dominavam boa parte dele.

O shai’d era o patriarca, o chefe da família e da religião da sua tribo.

O shai’d da família Akreb era Baraden Akreb. Baraden era considerado um líder nato, alguém que subira ao posto de shai’d na tenra idade de vinte anos e desde então comanda a família com sabedoria.

Durante as grandes guerras das tribos a família deixou de ser nômade para reivindicar para si um grande oasis. Era um local cheio de palmeiras e árvores frutífera com água em abundancia vinda das grutas que cercavam o local e de um grande lago formado por águas subterrâneas.

Como quase nunca chovia, as pessoas viviam em tendas coloridas instaladas perto das grutas e deixavam o centro do oasis para as culturas que se estendiam coloridas por quilômetros.

A tenda do shai’d era a maior que existia e a mais rica ficando a oeste.

— Meu senhor shai’d – um rapaz postou-se diante da cadeira onde estava Baraden.

Baraden era um homem feito agora. Alto e com a pele morena os olhos azuis sobressaiam no seu rosto expressivo. Seus cabelos negros estavam trançados caindo por um ombro e, ao contrario dos outros shai’ds ele não usava barba.

— Me disseram que tem noticias da capital para nós Bashir.

— Sim meu senhor – disse o rapaz ficando ereto sabendo o quanto o shai’d não gostava de demonstrações exageradas – Soubemos que o Príncipe Guerreiro será deposto por um golpe de estado pela Liga dos Costumes Antigos.

— Não é tão simples derrubar um príncipe – comento Baraden esfregando o queixo.

— Soubemos que ele foi alertado pelo serviço secreto, mas o príncipe esta muito estranho.

— Estranho? – Baraden franziu as sobrancelhas para o seu informante que engoliu em seco diante do olhar frio do shai’d.

— Meu senhor o Príncipe seqüestrou seres de outros mundos para o seu harém e que quase os maltratou até a morte.

— O que está havendo? – Baraden levantou-se andando pela tenda – Kafen nunca foi disso – olhou Bashir – Bashir vá até a capital, não quero coisas de segunda mão e veja o que pode me trazer de informações.

— Sim meu senhor shai’d – o rapaz inclinou-se e saiu.

— Acha que é verdade? – Baraden olhou para alguém que até aquele momento estivera nas sombras.

— Acho – Máriqui olhou para Baraden, mas seus olhos eram de um tom pálido de azul, mostrando que era cego.

Seu corpo era delicado, pequeno, mas com bons músculos. Seus cabelos longos desciam até a cintura e ele tinha um véu cobrindo-os mostrando a todos o seu status de casado. Vestia uma túnica comprida de mangas longas branca que ia até os pés e seu véu caia pelas costas até sua canela.

Baraden segurou a mão de Mariqui e sentou com ele no colo em sua cadeira.

Outras das coisas que diferenciava o shai’d Baraden era o fato dele deixar e incentivar que os submissos trabalhassem fora de casa. A maioria das tribos aceitava bem esse fato que nas cidades era considerado uma heresia, mas o companheiro do shai’d era sempre alguém muito preservado e por vezes ficava enclausurado até a morte; todavia Baraden nunca faria isso ao seu delicado esposo e o convidara para ser seu conselheiro já que ele tinha algumas habilidades muito boas.

— Eu li nas mentes de alguns peregrinos que passaram por aqui que o príncipe não está mais como antes. O poder o esta destruindo.

Baraden bufou apertando Mariqui nos braços acalmando seu coração ao sentir o cheiro delicioso dele, algo como sol e as flores das palmeiras bergon que cresciam como uma praga nas cercanias do oasis.

— Eu tinha esperença com Kafen. Ele foi um de nós, cresceu entre tribos e sabe como cuidar dos seus sentimentos.

— Kafen pode ter sido alguém das tribos Baraden, mas ele nunca aceitou nem uma doutrina. Sempre esteve mais interessado em status que qualquer outra coisa. Pode ter feito algumas boas mudanças, mas a corte o corrompeu.

— Bem ele vai enfrentar as conseqüências para os seus atos. Se acontecer mesmo um golpe de estado ele será morto.

— O que menos precisamos é alguém da Liga de Costumes Antigos no poder – Mariqui balançou a cabeça – Sabe que eles são fanáticos.

— O que eles não sabem é que um golpe de estado não é tão fácil – havia um sorriso frio no rosto do outro – Existem mecanismos que podem fazer eles enfrentarem o inferno ao querer o poder.

— Você está falando da barreira de Eoin?

— Dela e do juramento dos generais. Sei que mais da metade pode não estar com Kafen, mas vai seguir outro.

— Hafiz.

— Sim. Hafiz é o que chamamos de Fiel do Príncipe e os generais juram lutar junto a ele na falta do príncipe ou em um golpe de estado.

— Ora – Mariqui riu – Acho que a nossa querida Liga vai ter um tempo ruim, não é?      

— Tempo suficiente para reunirmos as tribos do planeta e resolvermos isso de uma vez por todas. Chegou a hora do nosso mundo ter um governo forte e se abrir para o resto da galáxia. Os humanos estão chegando e se instalando naqueles sistemas aqui perto e acho que podemos ganhar muito comerciando com eles.

Mariqui ronronou e se esfregou no marido.

— Sabe o quanto você me excita quando banca o grande shai’d do planeta? – murmurou ele no ouvido de Baraden.

O shai’d serpenteou a mão dentro da longa túnica gemendo ao ver que o esposo não vestia calça ou nem mesmo roupa intima.

— Você esteve assim o tempo todo? – os olhos dele escureceram de luxuria.

— Eu queria você hoje cedo, mas você já tinha ido – Mariqui mexeu-se no colo dele colocando uma perna de cada lado do marido fazendo a túnica se erguer – Eu estou louco de tesão, afinal você me castigou ontem e não pode gozar.

— Você é um menino mal que precisa de disciplina – disse Baraden com a voz dura, mas ao apertar as nádegas redondas do outro gemeu ao ver que ele tinha um grande dildo de aço – Você esteve o dia todo com ele dentro de você? Merda, vou te castigar mais e mais.

— Me castigue mestre – gemia Mariqui ao sentir que o marido mexia no grande pênis de metal que ele tinha dentro.

Fora presente de casamento do marido e o usara em toda e cerimônia ficando de pau duro o tempo todo.

Como os casamentos nas tribos o submisso ficava nu o tempo todo, sua ereção era considerada uma dádiva ao noivo que mostrava o quanto ele o queria.

Baraden era um homem viril e ver o marido daquela forma durante horas e horas fora mais do que ele podia suportar e jogara Mariqui em cima da mesa de banquete e o fodera ali, em frente a toda a família.

Até hoje aquilo era comentado nas tribos e o seria por muitos anos.

O vento levantava a entrada da tenda feito de um tecido esvoaçante e os guardas ficaram vermelhos ao ver o casal.

— Eles estão observando – disse Baraden para o marido que gemia despudorado enquanto o marido o fodia com o dildo.

— Isso me deixa ainda mais excitado.

Baraden riu erguendo a túnica de Mariqui mostrando a longa ereção do esposo e com um sorriso sacana abocanhou o membro como alguém morto de fome e começou a sugar com vontade. Mariqui jogou a cabeça para trás gemendo alto ao sentir seu membro dentro da boca quente e molhada do outro enquanto o aparelho continuava a ser movido dentro dele.

O shai’d passou a língua ao logo do membro e lambeu a ranhura na ponta sentindo o sabor amargo e salgado do pré gozo que saia da ponta como pequenas pérolas.

— Você quer gozar, meu pequeno garoto mal?

— Sim mestre – gemeu ele segurando no ombro de Baraden quando este empurrou ainda mais fundo o dildo fazendo-o estremecer.

— Implore – disse Baraden olhar para ele com o seu melhor olhar de mestre.

— Por favor – Mariqui inclinou-se para ele dando um beijo em seus lábios – Deixe eu gozar mestre.

Mantendo a sua expressão dura, Baraden retirou o pênis de metal e voltou a empurrá-lo dentro do esposo com força fazendo Mariqui gritar e conseguir segurar seu gozo a muito custo. O submisso estava ofegante e suor escorria por seu rosto colando a túnica no corpo.

O shai’d colocou as mãos dentro da túnica e começou a esfregar os mamilos duros dele sentindo os anéis de ouro que o esposo colocara ali apenas para o prazer de Baraden.

Mariqui não conseguia parar de se mexer no colo do outro e seus gemidos eram cada vez mais alto e desesperados graças a tortura do outro que por fim rasgou sua túnica com ferocidade e abocanhou um dos mamilos puxando a argola de ouro no processo enquanto brincava com a outra argola com a outra mão.

— Deuses – gemia Mariqui quase no seu limite.

Baraden retirou o dildo e o jogou longo, abril o zíper da calça expondo o longo e grosso pênis fazendo o esposo lamber os lábios. O shai’d ergueu ele pela cintura e o fez sentar em cima de seu pênis fezendo o longo membro entrar com tudo dentro do esposo. Mariqui gritou quando teve sua próstata esfregada e trincou os dentes sabendo que estava tão perto do deixar sua semente sair.

— Goze pra mim meu escravo – disse Baraden no ouvido de Mariqui que não pode mais resistir e sujou a roupa de ambos com seu gozo enquanto caia mola nos braços de Baraden que o fodia sem piedade até que ele sentiu o sêmen quente do marido encher seu canal.

Ficaram os dois ofegantes na cadeira. Baraden fazia um carinho nas costas de Mariqui em meio as roupas arruinadas.

— Sabia que é a minha quinta túnica este mês – murmurou ele sem forças para falar alto ou deixar o marido, ainda sentia o membro do outro dentro de si semi-duro.  

— Você tem muitas delas para isso.

— Demos outro show, não?

— Ninguém aqui é inocente que não saiba o que é sexo, alem do mais eu gosto de mostrar o quando eu amo o meu marido.

— Bobo, eu tambem ti amo.

— Vamos ter tempos difíceis por ai – disse Baraden o abraçando ainda mais forte.

— Os deuses sabem o que fazem Baraden e eles estão do nosso lado. Vamos vencer e mudar Ghalib para sempre.

— Como você ao meu lado eu venço qualquer coisa, meu Mariqui.

Os dois voltaram e se beijar.

~~***~~


O duque Al’alaha Then Ubrakren é um nome de muito prestigio por todo o planeta Ghalib. Dito como um milionário excêntrico por ajudar entidades de caridade em muitos continentes era o ultimo nome que alguém pensaria para a famigerada Liga dos Costumes Antigos.

Por trás da casca de revolucionário e bem feitor ele era um ultra conservador que odiava com toda as forças o governo fraco de Kafen e desde o começo tramava se livrar de um homem que não podia governar o mundo.

Ele custeou a Liga de longe, colocando no poder seus homens mais fiéis, que estavam prontos a dar a vida por ele.

O duque aprendeu que pessoas presas a fanatismos são fracas e fáceis de manobrar e que estavam dispostas a morrer sem dó nem piedade por seus ideais, não se preocupando quem matariam no processo; fanáticos era o que não faltava no planeta.

Nos últimos tempos ele vira os sinais de depravação do príncipe e sabia que o poder tinha corrompido ele, transformando Kafen em um adolescente mimado que fazia o possível para ter tudo que queria desagradando a realeza, o seqüestro de dois alienígenas fora a gota d’água.

Chegara a hora do poder estar nas mãos certas, as deles e seria naquela noite, noite que Kafen ia mostrar seus escravos para a sociedade e assim conseguir status.

Al’alaha sorriu olhando o copo de bebida em sua mão saboreando a vitória que ele sabia que viria.

~~***~~

Yaci olhou para o irmão fazendo força para não rir ao vê-lo bufar cheio de raiva.

— Não é engraçado Yaci – esbravejou Tiol vermelho – Andrew não tem um pingo de juízo naquela cabeça humana! Eu devia ter colocado uma coleira nele.

— Não deixe ele ouvir isso – disse Abrahan entrando no escritório de Yaci onde estavam reunidos – No mínimo a coleira ia para você.

— Papa aquele imbecil está perdido na galáxia e você faz piadas!

— Desculpa filho – Abrahan sentou perto de Tiol colocando a mão em seu ombro.

Abrahan tinha algumas rugas em volta dos olhos, mas fora isso ele parecia o mesmo de quando a revolução tinha tomado o poder e Yaci matado o pai.

— Sabemos que Andrew foi até o espaço porto de Aurilien e não o vimos mais – disse Valdi relembrando os fatos.

— Bem se ele quer ir atrás de Itieu só tem um caminho – disse Ian para eles – As naves dos saltadores.

— Ele não teria coragem – Tiol trincava os dentes pensando no marido perdido no espaço dentro de uma nave desconhecida, o que podia estar acontecendo a ele?

~~***~~

Andrew pegou uma ferramenta consertando um dos monitores para que a neve pudesse ter uma visão de 360º. Do modo como estava eles podiam esbarrar em uma estrela e nem ver.

Talvez ele devesse ter escolhido uma nave que não estivesse caindo aos pedaços.

— Vamos ligue!

Kalem revirou os olhos. Estava cansada de ser mandada por aquele homem, mas havia algo que a levava o obedecer sem pestanejar e as vezes sua vontade era jogar ele porta a fora para servir de comida aos seres de energia que estavam acompanhando eles.

A tela piscou a ascendeu dando uma visão da traseira da nave de dos milhares de pontos de luz diáfano que eram estranhos seres vivos que viviam nas regiões remotas da galáxia.

Conhecidos como seres de energia eram basicamente feitos disso e sugavam a energia que saiam dos motores nas naves como uma esponja suga água.

Estranhamente eles não viviam perto de sóis que podiam lhe dar energia e ficavam acompanhando as naves sedentos por sua energia, mas as perdiam quando as naves entravam no ultraverso.

— Prontinho – disse Andrew cheio de si batendo na roupa ao se levantar do chão – Pelo menos não estamos cegos.

— Nós não estávamos cegos! – resmungou Kalem.

— Pare de reclamar Kalem – disse Sindria entrando com uma bandeja com tres xícaras de café e alguns pedaços de bolo – Ele está ajudando.

— Ele devia estar no quarto dele e não me atazanando! – disse Kalem cheia de ciúmes.

— Café! – Andrew pegou a xícara e sentiu o aroma encorpado da bebida – É tão difícil encontrar um bom café. Eu tentei plantar ele em Aurifen, mas a maldita planta não gostou e agora eu só consigo do importado que custa mais caro que as pedras preciosas do planeta – olhou Kalem – e Kalem eu prefiro pênis, assim não tenho nem nunca vou ter nada com a sua mulher.

Sindria revirou os olhos e Kalem rosnou.

— Deixa eu jogar ele lá fora pelo amor de Deus!

— Chega vocês dois ou jogo os dois para fora da nave – disse Sindria sentando na cadeira de piloto – Precisamos entrar no ultraverso e sair perto do sistema Arkan 4 e dali para Taurinis.

— Finalmente – disse Andrew sentando em uma poltrona – Não querendo ser indelicado, mas a nave de você precisa urgentemente ir para um ferro velho espacial.

— Eu mato ele agora!

Kalem levantou-se, mas não deu um passo. O alarma começou a tocar e uma nave se materializou perto deles. Sindria xingou ao ver a marca dos piratas na fuselagem.

— Era tudo que estava faltando na minha vida! – gritou Kalem contrariada.

— Não sei por que se preocupa – disse Andrew tomando café calmamente – Essa nave ta tão feia que no mínimo vão achar que somos o resto do lixo de alguma nave maior.

Sindria segurou Kalem que ia pular nele quando a tela de comunicação ascendeu mostrando um rosto que fez Andrew sorrir.








2 comentários:

  1. Emocionante! Cada palavra, cada linha! nos deixa presos e ansiosos pelo próximo capitulo. Dalla, você merece uma cadeira na Academia de Letras do Universo. Seus textos são intergaláticos... extrapola os limites da terra. Felicidades e sucesso.

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  2. amo essa série!!!por favor não nos deixe na expectativa por muito tempo...
    obrigada

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