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sábado, 22 de dezembro de 2012

O Escravo - Capitulo 36 - O Fim e o Inicio


Capitulo 36 – Fim e Inicio 

Sua mão tremeu ao tentar tocar lentamente ele, mas antes que o pudesse fazer os aparelhos que mantinham a vida de Ian apitaram enlouquecidos e Yaci achou que ele também ia morrer tal a dor que partiu seu coração ao meio.
— Meu Ian...
Por um momento Yaci achou que estava perdendo Ian e sabia que se fosse isso ele também estaria partindo, pois nada nesse mundo ia superar a dor de perder seu companheiro e filho, mas Ian abriu os olhos olhando para ele, enquanto os aparelhos mostravam que ele estava lúcido.

— Pela Deusa Ian! – o imperador caiu de joelhos segurando a mão do rapaz que a apertou levemente mostrando que ele estava ali, que o entendia.

Os médicos entraram no quarto correndo e pasmos com a melhora quase milagrosa de Ian.

Yaci não conseguia se afastar do outro, tocando seu rosto e murmurando palavras de amor.

Ian estava confuso, não entendendo o que acontecia, mas enquanto Yaci estava com ele não tinha medo de nada. Sentiu o filho dar um leve chute e uma lagrima escorreu por seu rosto e o imperador e enxugou delicadamente.

— Está tudo bem meu amor, tudo bem.

— Meu senhor temos que examiná-lo – pediu uma dos médicos colocando gentilmente a mão no ombro de Yaci – O senhor também deve descansar, por favor.

Ele não queria se afastar, na verdade não queria nunca mais sair de perto de Ian, mas sabia que os médicos tinham que cuidar do menino e, mesmo à contra gosto, ele percebeu que seu corpo estava muito cansado, maltratado pelas horas e horas passadas na reconstrução de Aurifen, ele precisa de uma parada.

— Eu vou estar aqui meu amor, prometo – ele beijou a mão de Ian que deu a ele um leve sorriso.


~~***~~


Ian melhorou aos poucos e nesse meio tempo Abrahan voltou com Erim para ajudar na reconstrução do planeta.

Valdi ia e vinha com a sua nave, mas passava mais tempo na lua Aurilien onde ia fixar residência com os maridos e a família. Sua casa estava sendo construída em uma área rural perto da capital e Gwidion estava todo feliz. Ele havia entrado em contato com a Terra sobre o entreposto comercial que ia instalar e o planeta disse que mandaria naves para lá assim que tivesse aberto.

Todos sabiam o quanto ia render aquele o novo local de parada das naves da Federação que na estimativa geral era em torno de mil por semana. Assim que pudessem aumentar o porto e as instalações podiam atender o dobro.

A reconstrução ia de vento em popa. Muitas das cidades não podiam ser reconstruídas e por isso seriam abandonadas e as pessoas se dirigiriam para a cidade mais próxima onde receberiam a indenização pelas perdas em dinheiro ou terras ao norte onde havia a necessidade de mais pessoas.

Os humanos e mestiços que quiseram ficar receberam identidade aurifense e os mesmos direitos de todos. Muitos aceitaram as terras oferecidas e partiam para a colonização do norte.

Uma lei sancionada pelo imperador proibia escravos no planeta sob pena de prisão para os desobedientes.

Yaci promoveu eleições para um novo conselho do povo e Erim e Bairon venceram. Tiol e Abrahan eram conselheiros particulares do imperador e referendos seriam convocados quando leis novas mexessem com a vida de toda a população.

O novo imperador buscava ser melhor que o pai levando o povo para participar das decisões do governo.

Duas semanas depois de Ian ter acordado e Yaci ter levado a cabo suas novas diretrizes governamentais eu estava no quarto com Ian.

O menino estava muito melhor, mas ainda de cama e eu estava no meu mau humor de sempre.

— To cheio dessa dor nas costas – gemi tentando me movimentar na cadeira – Meu Deus, olha o tamanho dessa barriga!

— Calma Andrew – Ian disse com aquele seu jeitinho calmo – Isso já acaba.

— Já quando? – disse exasperado, mas uma repentina onda de dor me fez dobrar sobre a cadeira – Que dor horrível!

— Andrew?! – ele levantou da cama para me socorrer, mas voltou a deitar gemendo também – São contrações.

— O que? Eu estou parindo?

— Andrew? Que tal dando a luz?

— Eu lá vou me preocupar com o sexo das palavras nesse momento? – outra onda de dor me fez trincar os dentes – Como as mulheres acham isso maravilhoso?

— Yaci esta nascendo, meu e do Andrew – Ian disse no comunicador que mantinha junto à cama.

— O QUE?????? – depois do grito foi só estática.

— Espero que ele não tenha desmaiado – resmunguei sentindo uma cólica como nunca sentira em minha vida.

Segundos depois Yaci chegou pálido arrastando um Tiol ainda mais pálido.

— Não se atreva a desmaiar – rosnei para ele.

— Meu filho vai nascer – ele deu um sorriso bobo.

— Nosso filho o seu marido idiota! – gritei para ele, mas Tiol estava meio bobo (estou sendo gentil, ele é inteiro bobo o tempo todo).

Ele me pegou no colo assim como Yaci pegou Ian e fomos levados para a mesa de cirurgia em um local pronto para nos receber assim que esse momento chegasse.

Tiol e Yaci foram convidados a acompanhar o parto e tentaram negar, mas eu gritei que nem um dos dois ia ver o filho se bancassem os covardes.

Eu chorava de dor até receber a anestesia, já Ian parecia maravilhado, mas maravilhado fiquei eu ao sentir a dor ir embora.

Devo dizer que por muito tempo a cara de Tiol e Yaci ficaram marcadas na minha memória como as mais hilárias que tinha visto quando as nossas barrigas começaram a serem cortadas para que as crianças fossem retiradas. Eles estavam no ponto alem do pálido, agora meio esverdeados e de olhos arregalados e vidrados.

Os grandes heróis de Aurifen de repente cairão desmaiados como um monte de trapos vestidos com roupas cirúrgicas.

— Eles desmaiaram senhor – disse uma das ajudantes olhando para os dois no chão.

— Deixe-os – disse um dos médicos sem parar a operação – Temos que dar continuidade à operação.

— Idiotas – resmunguei revirando os olhos – Espero que isso esteja sendo gravado, pois vou adorar ter esse registro para mostrar para o Tiol.

— Está tudo sendo gravado meu senhor.

No inicio fora muito estranho ser chamado de senhor, mas ao perceber que sendo um príncipe agora eu tinha que aceitar que era também senhor e herdeiro do planeta Aurifen.

Fala serio! Quem em sã consciência colocaria a mim para cuidar de um mundo? Só um louco varrido e eu agradecia que o cargo era apenas decorativo.

De repente o choro, ou melhor, os choros me acordaram dos meus devaneios. Meu filho e o filho de Ian haviam nascidos ao mesmo tempo.

— Parabéns meu senhor – o médico foi com um embrulho para perto de mim – Tem um lindo menino.

As pessoas sempre dizem que crianças ao nascer não são bonitas, são enrugadas e com feições difíceis de distinguir, mas eu juro que o meu bebê era lindo e a cara do segundo pai. Os cabelos brancos e a pele clara. Ele chorava a plenos pulmões, mas assim que o seguei ele parou e abriu os olhos para mim, lindos olhos vermelhos dos habitantes daquele mundo.

Ian também abraçava o seu filhote que era outro menino e me olhou chorando. Sem que notasse eu também chorava e nem ligava para isso. Nos meus braços estava à coisa que meu deu forças todos aqueles meses e era a sensação mais deliciosa da minha vida.

Os médicos conseguiram por em pé os outros pais desmaiados. Tiol me olhava com lagrimas nos olhos e sorrindo deliciado beijou o filho na testa e me deu um leve selinho.

Olhei para ele e por um segundo, uma eternidade. Nesses momentos não há muito a ser dito, mesmo porque dissemos muito ao longo dessa história.

Nossa pequena família se abraçou a soubemos que estávamos completos.

Olhando novamente para o menino eu e Tiol soubemos qual seria o seu nome...


~~***~~


Andrew deixou que suas mãos baixarem do teclado do computador sem saber como terminar a história. Ainda se perguntava de onde tinha vindo a ideia de contar a sua história, de escrever um livro.

— Paaaaapa! – o grito o fezele olhar contrariado para cima e ver o filho caçula entrar todo choroso – Erant ta implicando comigo!

— Vem cá – peguei o garoto e coloquei no colo e ele parou logo de chorar.

Erant entrou todo sorrisos na sala. Agora era um adolescente de quinze anos e com o cabelo trançado caído por sobre um ombro. Erant era a cópia do pai e tinha energia para dar e vender.

— Erant o que você fez ao seu irmão?

— Papa ele queria brincar de bola e não gostou quando eu fiz um gol.

Andrew olhou contrariado para o filho.

— Será que você pode brincar com eles sem que eles venham até mim aos gritos? Você é um adolescente e forte Erant, tome cuidado.

— Eu sempre tomo. Desculpa baixinho.

— É Pablo – resmungou o menino e o pai riu.

Pablo tinha seis anos a fora adotado por Andrew e Tiol, mesmo depois de deste primeiro ter dito que não queria mais filhos, Itieu e Erant bastavam, mas Tiol salvara o menino de um antigo burguês que o comprara no mercado de escravos. Os pais foram localizados, mas não queriam o menino de volta e isso encheu Tiol de fúria e mesmo enfrentando o marido levou o menino para casa.

Depois de algumas brigas Andrew caiu de amores pela criança humana e depois de um ano estavam todos bem adaptados.

— Vem Pablo, eu brinco certo – Erant pegou ele nos braços e Andrew olhou feio para o menino.

— Cuidado Erant!

— Claro papa.

Assim que os dois meninos saíram Andrew voltou a olhar para a tela.

Quinze anos, já faziam quinze anos que Erant nascera e quase dezesseis que ele viera para esse mundo como escravo.

Olhou pela janela para o gramado la fora onde Erant e Pablo brincavam de futebol. A casa era cercada de grandes jardins e Andrew aprendera a amar suas plantas.

Um carro apareceu em uma curva e ele percebeu que era Itieu chegando de Universidade.

O rapaz agora tinha vinte e um anos. Mantinha os cabelos curtos emoldurando os belo rosto de sorriso fácil. Itieu era calmo e cheio de sorrisos. Nunca brigava ou mostrava raiva e isso às vezes preocupava Andrew. Sabia que o filho tinha muitos sentimentos borbulhando dentro de si e que um dia isso podia explodir.

Itieu não estava só. Viera junto com os primos Tales, filhos de Ian e Yaci e Brit filho de Valdi com Frey e Gwidion.

Tales correu para Erant e os dois ralaram no gramado. Os dois primos tinham uma ligação muito forte desde o dia do nascimento.

Voltou a olhar para a tela se perguntado se podia deixar as coisas assim.

— O que essa cabecinha esta pensando? – Tiol abraçou o marido por trás olhando a tela – Ainda não acabou?

— Me diga de quem foi a ideia idiota de escrever as minhas memórias?

— Sua meu amor.

— E a culpa e sua por me deixar escrevê-las!

Tiol caiu na risada. Sabia como era o companheiro, estavam juntos a tempo demais e ele esperava que ficassem por muitos e muitos anos.

— Você precisava desse tempo só eu Andrew – ele levantou o outro e o abraçou – Precisava colocar algumas coisas em ordem e escrever era uma boa coisa.

— Acho que vou publicar.

— Quem sabe até vira filme? Só ia ser difícil achar um protagonista lindo e maravilhoso como eu.

— Você esta ficando velho – resmungou Andrew contrariado com o outro e indo para a sala – Itieu trouxe alguns primos e hoje é dia da casa cheia.

Logo os garotos entravam e se jogavam nos braços de Andrew e Tiol felizes.

— Como você está meu amor? – Andrew olhou para o rosto sorridente de Itieu.

— Tô ótimo papa – disse ele sorrindo e correndo para o pai Tiol – Vamos bater umas bolas?

Logo eles voltaram a sir como furacões deixando um contrariado Andrew para trás, mas que no final começou a rir e foi para a cozinha fazer um lanche.

A vida não é perfeita, mas podemos fazer o nosso melhor por ela e enquanto ouvia os gritos de gol vindos lá de fora Andrew sorria feliz.


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O Escravo 2 – A História de Itieu

Quinze anos tinham se passados desde que Itieu tinha sido adotado, mas havia algo que faltava na vida do aurifense e pensando nisso ele decidiu estudar diplomacia e fazer estágio na região mais conturbada da Galáxia.
O príncipe Kafen, senhor do mundo de Ghalib, amava escravos e quanto mais exóticos melhor e ao por seus olhos sobre o belo príncipe aurifense a única coisa que ele pensou foi em tê-lo para si como eu mais novo escravo do seu harém.   

     


PESSOAL ESSE FOI A ULTIMO CAPITULO E LOGO ACIMA VOCÊS TEM UM PEQUENO RESUMO DA SEGUNDA TEMPORADA.
SAIBAM QUE ESCREVER O ESCRAVO E POSTAR AQUI FOI UMA EXPERIENCIA ALEM DA IMAGINAÇÃO. ESPERO TER FEITO O QUE ME PROPUS QUANDO CRIEI O BLOG, LEVAR VOCÊS AONDE NEM UMA HOMEM JAMAIS ESTIVERA.
TAMBEM ESPERO QUE TENHAM SE DIVERTIDO MUITO E AGRADEÇO PELAS MENSAGENS DE CADA UM DE VOCÊS QUE ME AJUDOU A NÃO ESMORECER QUANDO EU ESTAVA TRISTE OU CABISBAIXA.
ESSA HISTÓRIA QUE FINDA É PARA CADA UM DE VOCES LEITORES E DE AGORA EM DIANTE VOU ME FOCAR NAS HISTÓRIAS ATRASADAS, MAS O SEGUNDA TEMORADA VAI AI EM JANEIRO.
BEIJOS PESSOAL!!!!!!!!!


Toda despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria boa noite até que amanhecesse o dia.

William Shakespeare

10 comentários:

  1. oh...que final perfeito! Dalla parabéns esse enrredo conseguiu me preder de tal forma...e virei tão fã... Que maravilhosa noticia que essa primeira esperiência bem sucedida, posso dizer, vai ser tornar uma série! aguardando anciosamente!!
    beijos, ótimo trabalho.

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    1. OLa Ysa. Obrigada por suas palavras e por cada uma das mensagens que mandou. Saiba que isso incentiva o escritor a sempre escrever mais e melhor.
      Desejo a voce e toda a sua família um feliz natal e um ótimo ano novo.
      Beijos!

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  2. Eu não sei bem o que dizer sem me repetir... e até isso já virou clichê. Mas curiosamente estou feliz... e pensei que choraria quando Andrew desse o ponto final em suas lembranças.
    Querida Dalla, só posso te dizer: muito obrigado. Muitíssimo obrigado por me fazer conhecer mundos que nem imaginava existir. Muito obrigado por me fazer experimentar sentimentos diversos... muito obrigado por tudo.
    Muito obrigado.

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    1. Ola Klavius meu maravilhoso amigo virtual. saiba que suas palavras são uma fonte de força e inspiração para mim. Você é uma graça ao comentar minhas histórias e fico muito feliz que tenha gostado delas. Espero que continue acompanhando e se divertindo.
      Um feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz e alegrias.
      Beijos.

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  3. FOI MARAVILHOSA A HISTORIA....agora so falta as atrasadas, rsrsrsrs, to adorando todas, obrigada por compartilhar um pedaço de sua mente, adore e mal vejo a hora do escravo 2, pelo começo, parece que tambem vem outra magfnifica historia, beijos.....

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    1. Sam que bom que gostou e espero que continue lendo e gostando das minhas histórias. Um bom Natal e aquele Ano Novo INCRÍVEL!
      Beijos!

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  4. QUE LINDO.... me apaixonei.
    Dallas te deseo una feliz natal e propero ano novo, e espero com muinta anciedade o segundo livro. bs.

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    1. Ola Cupuazu. Saiba que foi maravilhoso ter você acomapanhando e comentando as minhas histórias. Tambem desejo a você e toda a sua família um bom natal e um feliz ano novo.
      Beijos.

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  5. Dalla, qual o seu e-mail? Pode me passar?! Obrigado

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    1. Ola Sonhador. Como está sendo sua vespera de Natal? Espero que boa. Meu e-mail é: monamonteiro40@hotmail.com.
      Desejo um ótimo natal e prospero ano novo.
      beijos!!!!!!!!!!!!!!!

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