Laércio com cara de nojo entregou para o filho caçula o rato branco que estava com na sua mão e com a calda em volta do seu pulso.
— Desculpa pai – Kauan parecia a ponto de chorar ao segurar com força o rato de encontro ao peito.
— Tudo bem Kauan – disse o pai colocando a mão no ombro do filho – Só deixe ele na gaiola.
O menino acenou com a cabeça e subiu as escadas quase correndo. Seus outros filhos o seguiram de cabeça baixa, chateados com o castigo de não usar a internet por uma semana.
Ele odiava fazer isso e pensou em chamá-los quando uma batida na porta da sala o interrompeu.
Foi até a porta dando de cara com Márcio.
— Boa noite Márcio! Entra.
— Boa noite Laércio – disse o amigo entrando na sala.
A sala de visitas era um grande salão com sofás, poltronas e mesas com uma grande mesa de jantar de um lado onde uma parede inteira de vidro deixava ver o jardim iluminado. Um grande lustre de cristal pendia do teto e a escada era de madeira escura subindo para os outros andares.
— Você achou seu irmão? – o outro convidou Márcio para sentar, mas o rapaz balançou a cabeça.
— Achei sim. Na verdade eu precisava de um favor. Ele trouxe o filho e eu não tenho berço e fiquei pensando se você pode me emprestar um dos que guarda no sótão.
— Claro! Vamos lá em cima dar uma olhada.
Enquanto subiam as escadas Márcio contava o que tinha acontecido ao irmão deixando Laércio indignado.
— Como um pai pode fazer isso a um filho? Olhamos nos noticiários isso o tempo todo, mas parece tão longe de nós que nos espantamos quando acontece com alguém perto – disse o fazendeiro abrindo o alçapão para que pudesse entrar.
O sótão era imenso e a bagunça guardada ali também. O avô de Laércio tinha costume de guardar tudo e o neto parece ter adquirido o mesmo hábito, coisa que Márcio agradecia hoje.
O berço estava em um canto, perto de outros dois e coberto por um tecido empoeirado e com teias de aranha.
— Isso parece um museu – disse Márcio olhando em volta.
— A Aninha chama de coisa pior – riu ele tirando o pano fazendo uma nuvem de poeira voar por todo o lado.
Os dois espirraram e balançaram as mãos na frente do rosto. Cada um pegou um lado do berço e começou a descer a escada.
Na altura do primeiro andar quase se mataram com o cachorro de Jonathan, um pastor alemão estabanado que se chamava Anúbis que adorava pular nas pessoas e ficar lambendo o seu rosto. Ele vivia correndo de um lado para outro e nesse momento corria atrás de Sekmet a gata malhada de Regina que odiava o cachorro e vivia arranhando seu focinho. Os dois derrapavam na escada encerada com o com Anúbis latindo feito um louco. Sekmet passou por baixo das pernas dos dois carregadores, mas Anúbis era grande demais e se contorceu passando do lado das escadas e empurrando tudo em seu caminho.
— Anúbis! Sekmet! – gritou Laércio se firmando antes que caísse escada abaixo com berço e tudo.
Márcio conseguiu se segurar com uma mão no corrimão. Eles ouviram a gata cuspir e gritar enquanto o cachorro latia alegremente. Ouviram o som de algo se quebrando e Laércio revirou os olhos não pensando na bagunça que deveria ter virado o corredor.
— Tira essa peste daqui! – era Regina gritando tentando salvar a sua gata.
— A culpa é do meu cachorro? – Jon respondeu do alto da escada – Essa sua gata vive machucando ele.
— A eterna briga de cão e gato? – riu Márcio.
— Às vezes eu até gosto do rato do Kauan – disse Laércio – Pelo menos ele não tenta me matar.
Eles conseguiram descer sem maiores problemas. Juntos saíram para a noite fria e de céu azul.
— Tá ficando cada vez mais frio – comentou Márcio.
— Esse ano teremos geada – disse o fazendeiro – O frio chegou cedo e o céu esta claro.
— Seu Quim costuma dizer que sente cheiro de gelo no ar.
Quim, na verdade era Joaquim Manoel Santos. Tinha setenta anos e ainda trabalhava na fazenda Paraíso desde que tinha quinze anos e com isso lá se iam cinqüenta e cinco anos. Era um homem alto e muito magro, às vezes ele parecia um galho pronto para quebrar, mas era um homem resistente e de semblante sério. Nunca fora a escola e aprendera a ler com Laércio que o ensinara quando fora morar na fazenda do avô.
Era o tipo de pessoa sem meias palavras e de grande conhecimento do tempo e das plantações. Criara oito filhos ali e conseguira dar faculdade a todos eles. Uma de suas filhas havia ficado viúva e voltara para a casa dos pais para alegria de Quim e sua esposa Margarida. Agora seus netos corriam pela fazenda e sua filha dava aula em uma escola rural da prefeitura.
Seus outros filhos viviam em várias cidades da região e fora do estado de São Paulo, mas eles sempre se reunião com os pais no natal, mostrando seu amor ao senhor de semblante sério, mas que sempre tinha um sorriso para os filhos e netos.
A casa de Márcio não era longe da casa principal e logo eles entravam na sala de Márcio e subiram a escada.
— Por aqui – Márcio apontou para o quarto de Fabian e abriu a porta.
Fabian estava no meio do quarto embalando o filho quando viu Márcio entrar primeiro com um breco de madeira, mas logo ele pode ver outro homem o ajudando.
Deveria ter cerca de um metro de noventa, com os músculos aparecendo sob a camisa ao fazer força para levar o berço para dentro. Cachos de cabelo dourado escapavam pelo chapéu stetson marrom emoldurando um rosto forte, de lábios cheios, com a barba por fazer. Quando ele olhou em direção a Fabian ele viu seus olhos de um verde brilhante com pontinhos dourados. Vestia uma calça jeans preta e apertada, uma camisa de flanela e uma jaqueta de couro preta que vestia muito bem os seus ombros largos.
— Laércio esse é o meu irmão Fabian – disse Márcio assim que colocaram o berço no chão – Fabian esse é o meu patrão Laércio.
— Muito prazer senhor Laércio – disse Fabian estendendo a mão.
— Senhor?! – Laércio segurou a sua mão com vigor e o olhou nos olhos sorrindo de modo sexi – Acho que não sou tão velho assim, não é? Pode me chamar de Laércio como todo mundo.
— Desculpa – Fabian estava constrangido e puxou a mão rapidamente – Laércio.
O rapaz voltou a ninar Gabriel e só então o fazendeiro notou o garotinho no se colo olhando-o atentamente.
— Mas que gracinha! – ele estendeu os braços – Posso?
Fabian sorriu constrangido e olhou o irmão que ria.
— Já disse que ele teve quatro Fabian, ele sabe o que faz.
Um tanto temeroso ele entregou o bebê para Laércio que o segurou de modo correto olhando a criança com carinho.
— Já faz tanto tempo que não segurava um que já estava esquecendo da sensação de calor que esses pedacinhos de gente conseguem deixar no nosso coração.
Fabian admirou as palavras simples, mas muito bonitas do outro que brincava com Gabriel. O menino havia segurado um de seus dedos com força e não parava de olhá-lo.
— Obrigado pelo empréstimo do berço se... quero dizer Laércio. Assim que puder comprar um eu devolvo.
— Deixe de bobagens! – ele riu fazendo cócegas na barriguinha do menino – Pode usar o berço. Ele estava trancado no sótão lá de casa servindo de acumulador de poeira – olhou o rapaz que desviou os olhos – Vocês já jantaram?
— Ainda não – foi Márcio que respondeu arrumando o colchão no berço – Eu ia ver se a Aninha tinha algo pra gente e leite pro Gabriel.
— Então está resolvido – disse Laércio alegremente olhando para Fabian – Convido vocês para o jantar.
— O que qui tem de bom hoje, heim? – perguntou Márcio colocando as mãos nos bolsos da calça.
— Eu convido e ainda é exigente? – o patrão fez cara feia, mas Márcio apenas levantou uma sobrancelha.
— Adoro o tutu de feijão de corda da Ana.
— Eu posso ti oferecer a ração do Anúbis.
— Ei a ração dele é importada! Deve ser gostosa.
Fabian olhava de olhos arregalados para a conversa entre empregado e patrão, mas na verdade ali pareciam dois velhos amigos do tempo de escola que viviam se encontrando.
— Estamos assustando o seu irmão Márcio! – riu Laércio.
— Liga não – o irmão fez um gesto de desdém – É assim que a gente costuma se tratar.
— Daí pra pior – responde o fazendeiro devolvendo Gabriel ao pai – Vamos comer meninos. Tô morto de fome.
Fabian estava com fome demais para discutir com o outro. Pegou uma manta para Gabriel e a sua sacola com fraldas e mamadeira e desceram as escadas.
Ao saírem para a noite o vento frio fez o rapaz estremecer. Ele precisava de uma blusa melhor para aquele clima.
De repente ele sentiu algo quente ser colocado em seus ombros e olhou para cima vendo que Laércio havia posto a jaqueta em seus ombros e sorria para ele de modo galante.
— Assim você pega uma pneumonia.
Fabian nunca fora de confiar em ninguém e em nada. Para ele havia sempre uma segunda intenção nos atos das pessoas. Ele se sentia desconfortável com as gentilezas de um senhor rico para com ele. Normalmente pessoas assim só estavam interessados em humilhar pessoas como ele.
Eles logo chegaram a casa e entrara na sala imensa que Fabian olhava com deslumbramento.
— Vocês vão deixar a comida esfriar? – Aninha entrou na sala olhando contrariada para o patrão.
Ana Maria era empregada do seu avô e agora era dele. Para Laércio ela era parte da família e quisera lhe dar a aposentadoria há algum tempo, mas ela preferia ficar na ativa para não enferrujar de acordo com ela. Ela tinha sessenta e um anos, era baixinha, com os cabelos já cinzentos e encaracolados que ela usava curto. Seus olhos eram castanhos e sua pele morena tinha inda um brilho saudável.
— Aninha venha conhecer o irmão de Márcio.
— E esse filho de chocadeira tem irmão? – olhou torto para Márcio que ria e balançava as sobrancelhas para ela obviamente irritando a mulher.
— Aninha meu amor...
— Meu amor a tua vovozinha! – retrucou ela torcendo os lábios e olhando para Fabian – Você é irmão de menino lindo? Só podem ter ti trocado no hospital.
Ela foi até Fabian e olhou para ele e o bebê sorrindo.
— Prazer garoto. Meu nome é Ana Maria, mas pode me chamar de Aninha como todo mundo. Seu filho?
— Sim senhora. Pra mim também é um prazer conhecê-la – ele gostava da mulher de língua afiada e sorriso doce.
— E ele ainda é educado – disse ela indo em direção a uma porta nos fundos da sala – Ele não pode ser seu irmão mesmo Márcio.
Márcio fez uma careta para ela e Laércio riu indo em direção a escada e gritando:
— Jantar cambada!
Fabian ouviu um grande estrondo como se uma manada de elefantes descesse a escada e de repente quatro crianças desciam as escadas seguidas de um pastor alemão com um lenço amarrado a calda e um gato colorido.
O cachorro deu um latido feliz para o seu lado e teria pulado nele se Laércio não tivesse segurado o enorme cachorro.
— Calma Anúbis!
Fabian olhava apavorado para o cão que tinha a língua para fora e lambia o rosto do fazendeiro que tentava afastá-lo. O gato, que na verdade era uma gata, começou a se esfregar em suas pernas ronronando.
— Sekmet! – gritou Laércio tentando segurar Anúbis e afastar a gata.
Quem, em nome de Deus, deu esses nomes aos animais?
— Anúbis pra fora! – um adolescente havia aberto a porta e o cachorro pulou todo feliz para noite deixando para trás um Laércio descabelado e babado.
— Desculpe a confusão Fabian. Anúbis é um pouco exagerado – olhou para os filhos que observavam Fabian com curiosidade – Crianças esse é Fabian irmão de Márcio e Gabriel filho e Fabian.
— É o seu irmão de São Paulo, tio Márcio? – perguntou um garotinho com semblante triste.
— É ele Kauan e vai morar na fazenda agora.
— É um prazer conhecer vocês – disse Fabian sorrindo para eles.
— Vamos comer gente – chamou Laércio e se dirigiram para a mesa de jantar onde Aninha colocara as travessas.
— De o bebê pra mim que eu vou dar de mamadeira para ele.
— Eu não quero incomodar senhora – Fabian tinha sempre muito medo de dar seu filho para pessoas que não conheciam.
— Tá tudo bem Fabian – disse Márcio – A Aninha é grossa, mas é ótima com as crianças!
— Eu vou mostrar quem é grossa amanhã – ela deu um sorriso totalmente vilã da novela das oito e pegou Gabriel no colo com delicadeza e a bolsa. Ela foi para a cozinha conversando com o menino.
Fabian sentou na mesa de mogno com os outros olhando para as travessas de carne, arroz, feijão e legumes gratinados. Haviam também salada de folhas e sucos.
A boca dele estava salivando diante do cheiro de comida.
— Deixa que eu ti sirvo – disse Laércio sorrindo para ele – O que gosta?
— Eu não tenho problemas com comida, gosto de tudo.
O fazendeiro sorriu para ele e encheu seu prato. Logo todos comiam e falavam ao mesmo tempo em uma cacofonia de sons que Márcio parecia se sentir à vontade.
As crianças conversaram com Fabian sobre São Paulo. Kauan era o mais quieto e olhava ressabiado para o outro e remexia na comida no seu prato. Já Regina e Samara eram as faladeiras e desenvoltas. Jon era um adolescente quieto, não exatamente triste. Ele parecia mais desligado do mundo a sua volta.
Quando todos terminaram de comer Laércio e Márcio foram buscar uma tigela com um doce verde que comeram com queijo fresco.
Ana apareceu com Gabriel que estava dormindo nos seus braços.
— Seu filho é um doce – dizia ela entregando o menino para Fabian que sorriu ao ver o semblante satisfeito do bebê.
— Ele costuma ser bem tranqüilo.
— Cadê a mãe dele? – perguntou Regina olhando o bebê por sobre a mesa.
— Ela morreu no parto – respondeu Fabian triste.
— A minha também morreu – Kauan falava pela primeira vez olhando triste para o bebezinho.
— Eu lamento – disse Fabian – Eu também já não tenho mais mãe e sinto muito a falta dela.
Kauan olhou para Fabian e balançou a cabeça triste indo para as escadas atrás do seu rato.
— Ele nunca conseguiu se recuperar da morte da mãe – disse Laércio olhando o filho se afastando.
Márcio e Fabian se despediram. O rapaz agradeceu Laércio por tudo e saíram para a noite fria.
Fabian ia pensando naquela família tão estranha e Márcio bocejava pensando em sua cama.
Lucas olhou em volta mais uma vez antes de se dar por derrotado.
— Será que alguém viu os meus óculos? – ele gritou para a sala onde três dos seus cinco filhos viam TV.
— Em cima da geladeira! – gritou Isabella em tom de riso.
Lucas revirou os olhos e olhou em cima da geladeira duplex de cor inox vendo os óculos pendurados na parte de cima.
Ele odiava aqueles óculos, mas ele não se acostumara com as benditas lentes de contato e agora para ler um simples livro de receitas ele tinha que ter cara de professor.
Examinou seu reflexo na geladeira torcendo os lábios com desgosto. Ele não tinha mais que um metro e sessenta e seu filho mais velho de dezesseis anos já era muito maior que ele. Seus cabelos negros com reflexos azulados tinha alguns fios brancos que ele quisera cobrir com tinturas mais Alberto, seu marido, havia impedido.
Seus olhos eram castanhos, da cor de chocolate, o rosto de pele muito branca tinha umas pequenas manchas que ele ganhara andando no sol sem protetor que ele resmungava que deixava sua pele oleosa. Seu corpo era magro e flexível. Quando era adolescente havia dançado em boates gays de São Paulo deixando muitos homens babando por ele, mas havia sido um advogado sério e taciturno que havia roubado seu coração.
Alberto Sampaio era um advogado de uma grande firma e sua especialidade era direito internacional prestando serviços para multinacionais. Vindo de família rica e influente, enfrentara toda ela por sua opção sexual até que teve que se afastar por não suportar mais as agressões da família.
Vivia sozinho em um apartamento de luxo. Não gostava de paqueras, o que ele procurava era um namorado, alguém com quem ele podia contar e repartir a sua solidão.
Um dia fora a um bar e dera de cara com o mais lindo dançarino que ele vira na vida. Ficara cada segundo olhando para o seu corpo definido coberto de óleo.
Passara a frequentar a boate com as esperança de ser notado pelo belo dançarino, pois não tinha coragem de se aproximar.
Uma noite saindo da boate frustrado por não ter conseguido se declarar de novo ele viu em um beco três homens molestando um menor. Sem pensar duas vezes, Alberto investira contra os valentões e conseguira nocauteá-los. Quando foi ajudar o agredido vira que era o lindo dançarino da boate, machucado e traumatizado.
Alberto o levara para casa e no outro dia se declarara gaguejando para Lucas.
Lucas havia visto aquele homem lindo que ia toda a noite e ficava olhando ele dançar.
Depois da agressão ele estava desconfiado e com medo de tudo, mas Alberto o pedira em namoro, como uma cena de filme em preto e branco. Era a coisa mais fofa que alguém já tinha feito por ele. Aceitou namorar e em uma semana estavam morando juntos e Lucas deixava a boate para se dedicar a casa e ao namorado.
Durante três anos eles viveram bem e felizes, mas um dia um louco homofóbico atirado em Alberto na rua quase causando a sua morte.
Eles não queriam mais viver em São Paulo e foi assim que Alberto entrou em contato com seu amigo de infância Laércio que por coincidência precisava de um advogado e alguém que ajudasse a administrar uma grande fortuna.
Assim deixaram a cidade grande para morar em uma fazenda do interior.
Um ano depois eles começaram a luta para adotar uma criança e com a ajuda de Laércio e seu poder eles conseguirão a guarda de cinco irmãos órfãos que lutavam nos abrigos para não serem separados. Ninguém queria adotar ao mesmo tempo cinco crianças e ainda mais se elas fossem negras.
Assim que viram os irmãos Alberto e Lucas não tiveram dúvidas, esses eram os filhos deles. Isso fora há seis anos e ele não conseguia imaginar sua vida sem eles.
— O que tem de tão interessante na porta da geladeira? – Berto entrara na cozinha enxugando o cabelo e sorrindo para o marido.
— Apreciando o meu reflexo – disse Lucas rindo e se virando para dar um beijo no pescoço de Alberto – Tá cheiroso.
— É o perfume que me deu de natal – deu um beijo nos lábios dele e disse no seu ouvido – Passei também em outros lugares.
— Se comporte seu pervertido – riu o marido voltando para a bancada e colocando os óculos – De noite e te cheiro todinho.
— Estarei esperando.
Lucas deu uma risada e balançou a cabeça feliz.
Garota....
ResponderExcluirvocê é boa...
Estou adorando
Cris
Nossa ai ai cada vez mais curiosa
ResponderExcluirdalla32 parabéns!!vc é muito boa nisso!
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