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quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Escravo - Cap 13 - Idiota Coração!


Capitulo 13 – Coração Idiota




Vocês podem estar me achando mesquinho por querer devolver na mesma moeda o que Tiol me fez, mas eu nunca fui um modelo de boa pessoa. A verdade é que eu sabia que não era santo e que havia aprontado muito em minha vida.

O que eu era melhor que Tiol? Podia nunca ter comprado escravos, mas já bati muito nos meninos em meu mundo, gostando de ver a dor deles. Brigava com meus pais a ponto da agressão e pouco ligava para meus irmãos.

Quem eu fui e quem eu me tornara eram pessoas muito diferentes.

Enquanto estava ali olhando para o rosto de Tiol sentado em seu colo ele devia estar vendo a batalha em meus olhos, por que, de repente, seu rosto deixou de ficar vermelho de raiva para ficar pálido de medo.

Medo do que? Medo do que ele estava vendo em minha alma, medo do que ele fugia com ferocidade, o amor.

Deus todo poderoso! Eu gostava daquele homem?! Devia estar ficando louco, mas estar ali, com ele a minha mercê e sentir sua pele quente, seus olhos vermelhos... Sabia que estava perdido e estranhamente eu não sentia medo ou raiva.

Sorri para ele deixando Tiol totalmente em pânico e sussurrei ao seu ouvido:

— Você provocou isso. Agora agüente as conseqüências.

Tirei a mordaça dele e o beijei não lhe dando chance para falar. Pensei que ele não ia corresponder, mas ele aceitou as investidas da minha língua em sua boca e logo capturou os meus lábios em um beijo molhado.

Quando paramos ofegantes ele me olhou.

— Eu sou seu dono Andrew. Você está confundindo as coisas.

— Eu não acho Tiol e para a sua ciência aqui não há escravos e eu deixei de ser escravo e sua propriedade.

— E você acha que gosta de mim? – havia sarcasmo misturado com medo em sua voz.

— Acha mesmo que eu gostaria de amar você? Quem em sã consciência faria isso? As pessoas só ficam a sua volta porque você é um príncipe e a sua família porque incrivelmente eles o amam. Eu jamais escolheria você como a pessoa do meu coração, mas as pessoas não escolhem quem amam, elas simplesmente amam.

— Então VOCÊ me ama? – ele começou a rir – Vê se ti enxerga Andrew!

— Eu amo e odeio você Tiol. Quero você me amando e ao mesmo tempo gostaria de ti jogar em um buraco fundo e escuro onde você não poderia fazer mau a ninguém. Você é frio, sarcástico, insensível, vazio.

— Saia do meu quarto!

— Não! – segurei seu cabelo – Você nunca conseguiu me domar Tiol e não ai ser agora que vai fazer isso. Você está nas minhas mãos.

— Eu jamais me dobraria para um escravo como você!

— Você vai se dobrar pra mim e mais cedo ou mais tarde vou ter VOCÊ ajoelhado aos meus pés.

— Nem mesmo quando eu morrer eu faria isso.

— Acha mesmo que eu desisto fácil? Depois de me conhecer um pouco melhor acha mesmo que eu não consigo aquilo que quero?

— Me deixe em paz!

— Não! Não! Não! Não! Não! – a cada não que falava eu beijava o seu rosto.

Eu o estava deixando em pânico e estava adorando isso. Tinha ciência de que aquela vingança era uma via de mão dupla, eu não só ia afetar Tiol, mas ficaria também afetado.

Meus beijos deixaram o seu rosto indo para seu pescoço e mesmo com ele me xingando comecei a chupar a pele sentindo gosto de sal e o aroma amadeirado da pele do príncipe. Deixei uma bela marca ali como se o tivesse marcado como meu.

— Você vai me seduzir amarrado? Vai ser um pouco chato – ele ronronou no meu ouvido.

— Não fique feliz assim – respondi tocando na ponto do seu nariz – Eu tenho um presentinho que estava guardando – peguei no meu bolso algo que pedira para Ian e antes que Tiol percebesse coloquei algo em minha boca e o beijei.

Mordi uma cápsula e empurrei para Tiol um afrodisíaco que Ian dizia ser bastante forte. Ian, ao contrario de mim, adora aquelas porcarias e me dissera que era algo que se tinha em qualquer armário de banheiro e de fato achei uma caixa no meu.

Bem eu consegui fazê-lo engolir, mas eu também engoli um pouco, agora os dois iam ficar com tesão.

— Seu desgraçado! – Tiol cuspir, mas ele bebera boa parte – O que diabos você deu para mim?

— Nada que você já não tenha o prazer de ter dado pra mim.

— Você me drogou?

— É – respondo saído do colo dele e indo sentar na cama sob o olhar apavorado dele.

Uma, não dias, coisas eu descobri nos outros minutos. O afrodisíaco era mesmo forte e segundo ele agia depressa.

Enxuguei o suor que escorria do meu rosto tentando ignorar que estava de pau duro, mas o desconforto de Tiol devia ser muito maior. Eu podia ver a sua ereção na calça e o suor escorrer por seu rosto. Logo ele estava gemendo e me dando uns lindos nomes.

Abanei-me tentando respirar, mas eu estava tão excitado que não havia ar suficiente dentro do quarto.

— Bem feito seu escravo idiota!

— Eu não sou mais escravo! – gritei para ele pulando de pé – Agora eu sou seu mestre.

Certo eu também estava bem afetado e a minha vingança não ia ser exatamente como eu planejei, mas nada estava sendo como eu queria mesmo.

Retirei a minha roupa ficando nu e com meu falo bem levantado e eu com uma necessidade que doía. Tiol, ao me, ver lambeu os lábios como uma pessoa morrendo de sede.

— Se não quer ficar ai pelas próximas vinte quatro horas chupe o meu pau – disse para ele ficando em pé próximo a cadeira.

Seu rosto ficou vermelho de raiva, mas ele me obedeceu tomando a meu pênis na boca ao inclinar o corpo o quanto suas restrições permitiam.

O cara sabia o que estava fazendo! Ele lambia a cabeça do meu falo como alguém lambe sorvete e enfiando a ponta da língua na ranhura do meu pênis.

Joguei a cabeça para cima segurando o seu cabelo com força chegando ao desespero e não durei muito ma boca dele, ejaculando em sua boca e rosto. Ele me olhou lambendo os lábios com os restos da minha semente e eu, de pernas bambas, me segurava em seu ombro.

Agora eu queria cada vez mais sentir ele dentro de mim esfregando seu grande pau em minha próstata.

Não sabia se era uma boa ideia, mas o desamarrei com alguma dificuldade e antes de terminar já estava duro novamente.

Quando se viu livre, Tiol levantou com um rígido me jogando contra a cama e caindo em cima de mim me beijando sofregamente e se esfregando em mim. Sua boca tinha o gosto do meu sêmen misturado ao seu sabor de morango com chocolate e era mais intoxicante que o afrodisíaco.

Antes que me desse conta, Tiol me virou de bruços e abriu as calças em uma necessidade frenética. Sabia que ia acabar doendo, ele nunca ia me preparar e eu estava excitado demais para me preocupar com a dor ma bunda.

Mas qual não foi a minha surpresa quando senti os dedos dele entrando em mim com algo molhado e quente. Ele devia estar pegando o pré gozo e tentando me lubrificar e usar os dedos para me abrir.

— Por que? – gemi ao sentir o longo dedo me foder – Você não gosta de mim.

— Eu ti odeio! – ele juntou mais um dedo ao primeiro e com o movimento de tesoura começou a me abrir – Eu ti odeio – ele continuou a falar enquanto retirava os dedos e substituía pó seu bem dotado pênis.

Quase gritei de dor e prazer eu me ver cheio daquele modo. Era o céu e o inferno, tão parecido pelo que estava dentro de mim que comecei a chorar de dor e prazer. Tiol começou a se mover lento de inicio, mas logo ganhou velocidade e em minutos derramou a sua semente dentro de mim e eu também ejaculei por entre os lençóis.

Devemos ter feito mais umas quatro vezes antes do efeito do afrodisíaco acabar e no final éramos uma massa cansada, coberta de sêmen, emboladas em lençóis úmidos de suor.

Acho que dormimos e quando acordei Tiol estava sentado na cama mandando Valdi que estava na porta ao inferno.

Ele me olhou e achei que ia me matar, mas ele não fez nada. Ficou ali me olhando até que se levantou e foi até o banheiro.

Sentei gemendo ao sentir a dor em meu ânus e tentei ficar de pé percebendo que minhas pernas estavam fracas.

Tiol voltou do banheiro gloriosamente nu e me pegou nos braços.

— O que diabos você pensa que está fazendo? – esbravejei, mas ele me levou até o cômodo onde enchera a banheira e me jogou com tudo dentro dela.

Voltei para cima meio afogado, cuspindo água e olhando o maldito aurifense por entre os meus cabelos que caíram no meu rosto.

— Da próxima vez que fizer aquilo comigo eu mato você!

— Eu me recuso a fazer qualquer coisa com você seu idiota! Eu prefiro morrer de tesão do que me deitar com um imbecil como você!

— Você ainda é minha propriedade!

— Eu não sou nada seu! Eu sou livre aqui na revolução.

— Eu ti comprei!

— Eu gosto de você!

Certo, saiu sem querer. Uma coisa é eu achar que tinha sentimentos para ele, outra era eu confessar como um bobo apaixonado.

Tiol ficou vermelho, depois roxo e por fim um doentio tom esverdeado como se ele fosse vomitar.

— Gosta de mim?! Você deve ser um doido!

— Concordo com você. Para gostar de Tiol Tha Gaol é preciso ter um parafuso a menos na cabeça e eu já mostrei que tenho mesmo.

— Isso deve ser castigo... – Tiol murmurava e eu revirei os olhos.

— Castigo é eu ter algo com você!

Nós nos encaramos e Tiol franziu os lábios e entrou na banheira comigo.

— Saia daqui! – chutei ele.

— Abaixa a sua crista humano – ele respondeu mau humorado – Eu estou cheio de ficar fedendo a sêmen e você não está em melhores condições – ele me jogou um sabonete – Limpe-se!

A contra gosto eu me lavei e sai logo da banheira pegando uma toalha e me limpando. No quarto comecei a pegar as minhas roupas caídas no chão.

— Andrew – Tiol estava na porta do banheiro nu e pingando – Porque?

— Por que o quê?!

— Por que gosta de mim?

— Se eu soubesse... – sentei na cama – Será que a gente escolhe por quem vai gostar? – olhei para ele – Eu não escolhi você e não escolheria, mas quando eu olhei para você eu me dei conta de que eu adoraria ficar ali, abraçado a você para sempre. Acho que finalmente enlouqueci.

— Eu não acredito em amor, apenas no prazer. Quando eu o conheci você era apenas uma posse. Quanto mais o tempo passava mais eu queria ti punir, mais eu queria ter raiva de você, mais eu queria ti machucar – ele me olhou nos olhos – Como você pode gostar de mim?

— Eu não tenho resposta para isso Tiol!

— Queria que tivesse – ele voltou para o banheiro e eu me vesti correndo e sai do quarto correndo nem mesmo olhando para os irmãos na sala.

Entrei no meu quarto e me joguei na cama chorando de forma totalmente patética, mas algo estava me rasgando por dentro. Aquele sentimento que não deveria existir, aquele... aquele... Deus! Aquele AMOR! Não devia estar dentro de mim! Eu devia ter raiva, ódio de Tiol e não pensar nele como alguém que eu queria amar. Infelizmente enquanto eu me sentia dilacerado eu o queria ali comigo, eu queria um só toque com ternura, um só beijo com carinho.

Eu nunca ia ter nada disso com o príncipe aurifense e o meu coração não entendia isso.

Coração idiota!





     

5 comentários:

  1. Oi, tudo bem?!
    Tá ficando cada vez melhor! Esse capítulo foi muito lindo!
    Tô sentindo que Andrew e Tiol vão acabar se entendendo...
    E parece que o Erim tem alguns sentimentos em relação ao Abrahan, heim?!
    Yaci já tem o Ian...
    Agora falta alguém pro Erant e pro Valdi *__*(adoro o Valdi)...
    Obrigado por compartilhar conosco o mundo de Aurifen, Dalla32!!!
    Aguardo os próximos capítulos! =)

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  2. OBRIGADO DALLA32!!!!
    ADOREI CADA VEZ ESTA EMOCIONANTE ESPERO ANSIOSA O PRÓXIMO CAP.
    TE MANDO UN ENORME BEIJO E MUITO OBRIGADO POR COMPARTIR COM NÓS SUA HISTORIA.

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  3. ei menina gostei apesar de sofrer nas maos de tiol o andrew nao se tornou como ele, o amor esta vencendo o odio.
    bjs lu

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  4. nossa ta emocionante, mal vejo a hora da continuação.

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    1. A todo mundo que comentou o meu muuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiito obrigada. Saiba que é cada um de vocês que me da forças para continuar escrevendo e, pelo menos, tentando levá-los aos mundos que crio. Mais uma vez obrigada!
      Beijos da Dalla!

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