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sábado, 14 de julho de 2012

O Escravo - Capi tulo 14 - Extra Yaci e Ian


Capitulo 14 – Extra Ian e Yaci


Alguns dias atrás...

O mestre dos jogos havia levado um Ian meio desmaiado para a sala de recuperação onde um enfermeiro mestiço limpou um pouco seu corpo do sêmen e aplicou pomadas em seu ânus para uma cicatrização.

O menino se enrolou na cama como uma bola lembrando do quanto estivera perto de uma morte terrível. Ainda sentia na pele a dor de ter sido possuído tão brutalmente depois de ter levado uma surra de seu antigo dono. 

Estava cansado de tudo aquilo. Durante cinco anos ele suportara ser torturado de todos os modos possíveis, durante cinco anos ele teve esperança e continuou a tentar sobreviver, mas agora não podia mais. O melhor que tinha a fazer era dar um fim em sua vida patética, ele não conseguiria começar novamente com outro mestre, principalmente se ele filho do imperador.

Ele estremecia ao se lembrar do que aquele homem fazia aos escravos com a anuidade do conde que até gostava das torturas e do sangue que lavava a sala dos jogos de Trak’n.

Agora Yaci era o seu dono e achava que ia acabar morrendo da forma mais horrível possível. Quem sabe se ele se adiantasse a dor podia ser menor, ele podia cortar o seu pescoço e a morte viria rápido e ele poderia descansar.

De repente ouviu a voz calma do príncipe pedindo para o enfermeiro ajoelhado sair. Ian começou a tremer e chorar se entregando totalmente ao desespero.

— Ei pequeno? – o príncipe sentou na cama colocando a mão em seu ombro nu – Como você está?

Acostumado a anos de obediência ele sentou olhando para a parede e respondeu:

— Eu estou pronto para servi-lo meu senhor.

— Não foi isso que eu perguntei Ian – Yaci segurou seu queixo e o fez olhá-lo nos olhos – Como você está?

— Eu estou bem senhor.

— Não pode estar depois daquilo menino – príncipe passou a mão pelos seus cabelos em uma caricia – Sinto muito por isso.

— M... meu senhor...

— Não ache que sou como Trak’n. Acredite quando digo que muitos aurifenses não aceitam essa tortura. Nós gostamos de sexo e isso é normal para nós, mas fazer o que o conde está fazendo ou o que Tiol aceita que façam aqui não é o que eu quero.

— Eu não entendo – Ian nunca se sentiu tão confuso.

— Você pode ficar no castelo até se recuperar e depois eu consigo um emprego para você, lamento não poder mandá-lo de volta para sua família, mas as leis do seu mundo impedem isso.

— O senhor não me quer como escravo? Porque?

— Não é porque você é feio Ian – ele riu novamente acariciando os cabelos dele – Ao contrario, você é tão bonito com esses olhos azuis e esse cabelo cor dos raios do nosso sol. Eu sempre adorei os seres do seu mundo com essa cor de olhos, é como olhar para um lindo dia de verão.

Ian ficou tão vermelho que suas orelhas estavam ficando roxas. Nunca ninguém falara nada assim para ele, nem mesmo quando ele era livre em seu mundo.

— Eu pretendo acabar com isso um dia Ian, os escravos de sexo. Chega das pessoas serem compradas e torturadas. Isso deveria ser um contrato entre elas. Antigamente em Aurifen as pessoas aceitavam serem escravos do sexo por contrato. Alguns por contrato de dinheiro outros por matrimônios aceitando e gostando da vida de escravos, mas quando os humanos interiores começaram com o tráfico de escravos o meu povo não se conteve e o meu avô acabou aceitando desde que também houvesse um contrato.

— Mas agora não há mais – o menino murmurou.

— Não. Meu pai retirou essa lei e colocou os escravos, humanos e mestiços na mesma classe, sem nada que os apoiasse.   

— Então vai me deixar ir? – ele ainda não acreditava nisso.

— Logo pequeno. Meu irmão comprou você porque seu escravo Andrew pediu. Talvez haja esperança para Tiol afinal – o príncipe levantou da cama – Vou ti levar até um quarto perto de Andrew e conseguir algumas roupas para você.

O menino tentou levantar da cama apressadamente, mas suas pernas não o sustentaram e ele teria ido ao chão se Yaci não o segurasse.

— Calma – o príncipe o segurou e levantou seu corpo machucado nos braços – Ainda não está bem para andar.

— Desculpe meu senhor... mestre – o lindo rosto do príncipe estava perto dele e Ian sentiu uma vontade enorme de beijar aqueles lábios que tinham um pequeno sorriso.

Os olhos vermelhos de Yaci estavam voltados para Ian olhando cada detalhe do seu. O humano engoliu em seco e nem mesmo percebeu quando seus lábios haviam encostado nos lábios de Yaci. Sabia que podia ser morto na chibata por tal ousadia, mas ele nunca sentira tanta atração por outro ser. Achara que depois de tanto tempo sendo usado para o sexo ele teria nojo disso, mas a sensação dos lábios quente de Yaci nos seus foi uma das coisas mais gloriosas que ele já sentira. Sabia que o beijo entre os aurifenses era uma coisa sagrada, era onde as pessoas expressavam o seu amor, não tinha esperanças que Yaci retornasse o seu beijo.

Qual não foi a sua surpresa quando o príncipe herdeiro não só aceitou seu beijo como o aprofundou invadindo a sua boca com a sua língua quente, começando a sensual briga com a língua de Ian dentro de sua boca.

Eles só se separaram quando o ar estava acabando. Yaci encostou sua testa na de Ian com os olhos tão tristes que o humano ofegou.

— Queria que não fosse o príncipe herdeiro Ian e então eu podia ti levar embora, dar-lhe uma casa, uma vida e o amor que merece, mas eu não posso.

— Eu nunca beijei ninguém.

— Nem eu. Seu beijo foi maravilhoso. Obrigado por essa doce lembrança.

Yaci o levou para um quarto simples, o ajudou a se banhar e deu-lhe algumas roupas de dormir deixando o quarto sem uma palavra.

Ian, deitado entre as cobertas, pensava no que havia acontecido e não podia acreditar naquele sentimento que ele tinha no coração. Não podia ser amor, durante toda a sua vida ele ouvira que o amor não existe, que era apenas invenção dos fracos, mas então o que era aquele sentimento dentro dele? Porque tinha vontade de correr atrás de Yaci e apagar aquela tristeza dos seus olhos? Por que o seu beijo era a coisa mais maravilhosa que ele já tinha experimentado em sua vida? Por que a possibilidade de conseguir a liberdade agora era tão dolorosa?

Ficou ali olhando para o teto sentindo o coração palpitar, lembrando de cada segundo dos lábios de Yaci nos seus e imaginado se o céu existia, ele tinha experimentado um pouco dele naquele momento.


~~***~~

Ian tropeçou ao sair do quarto de Andrew deixando ele sozinho com Tiol. O rapaz tinha medo do outro príncipe, Tiol tinha nos olhos o mesmo brilho sádico do conde. Lamentava que Andrew tivesse que enfrentar o seu mestre em um estado debilitado.

Sentou na cama olhando para fora do dia que já estava indo embora. Fora o seu primeiro dia calmo em cinco anos e ele se sentia estranho como aquilo. Estava agradecido de não enfrentar a sala de torturas do conde finalmente, mas seu pensamento ia sempre para Yaci deixando seu coração pesado.

Acreditava que nunca mais ia ver o belo príncipe e isso também era um modo de tortura.

— Ola Ian!

O rapaz deu um pulo quase caindo da cama ao ver um sorridente Yaci parado na porta carregando uma rosa negra. Ian adorava aquelas rosas.

— Gosta das nossas nigrum? – perguntou o príncipe lhe entregando a flor.

— É uma das coisas que eu mais ficava olhando das janelas – ele inalou o aroma – Ah! O cheiro era como eu imaginava!

— Você não ia aos jardins?! – os olhos dele brilharam de raiva – Ian o conde o mantinha preso?

— No porão mestre. Eu só saia para as sessões de torur...

Antes que ele terminasse a frase se viu nos braços de Yaci. O príncipe o apertava tanto que estava com dificuldade de respirar.

— Ian eu gostaria de poder ter impedido isso – seu olhar era atormentado novamente para Ian.

— Mestre – Ian sorriu segurando a sua mão – O senhor não tinha como saber, nem me conhecia! Nem sabia que eu existia. Mas sabe, se eu não tivesse passado por tudo que passei eu não tinha conhecido o senhor.

— Ian – ele voltou a brincar com seus cabelos – eu não sei o que deu em mim. Não consigo parar de pensar em seus olhos azuis. Eu não deveria.

— Mestre...

— Me chame de Yaci – murmurou ele com os lábios quase tocando os do humano – Me chame de Yaci, Ian!

— Y... Yaci – murmurou o outro se entregando a outro beijo quente.

Havia sentimento nesse beijo, mas os dois agora queriam mais, estavam famintos de desejo um pelo outro.

Yaci dentou o outro na cama sem parar de beijá-lo.

— Mestre... – gemeu Ian – Por favor – ele lambeu os lábios – Onde é sua sala de torturas.

— Eu não vou torturar você Ian!

— Dor e prazer, essa é a regra, mas eu nunca tive prazer mestre. Por favor, me de os dois.

Havia uma tempestade vermelha de luxuria nos olhos de Yaci. Com o maxilar cerrado ele levantou Ian e carregou o rapaz para a sala dos jogos vazia naquele dia.

O príncipe subiu no tablado ainda beijando Ian e finalmente o colocou no chão.

— Tire a sua roupa Ian.

Ian estava tão excitado, que quando retirou a calça e a roupa intima seu pênis balançou glorioso aos olhos famintos de Yaci que segurou toda a sua extensão apertando-o duro. O humano gemeu jogando a cabeça para trás.

Yaci o empurrou para o tronco prendendo ele nas restrições de couro e acariciou suas costas descendo suas mãos famintas para as nádegas redonda e duras e apertando a carne quente e tremula.

— Você tem uma bela bunda Ian – disse Yaci no ouvido dele – Não vejo a hora dela engolir o meu pau.

— Mestre! – Ian gemia.

Apenas a voz de Yaci em seu ouvido parecia capaz de fazê-lo gozar.

—Ian você esta proibido de gozar. Vai fazer isso apenas quando eu mandar, entendeu?

— Sim mestre.

— Bom.

Yaci pegou o chicote de varias tiras de couro e mirou as nádegas do escravo lambendo os lábios e quando o flagelo desceu sobre a carne branca marcando-a ele mesmo não pode conter um gemido.

Ian sentia as tiras de couro arderem contra a sua pele e ouvia o som do chicote. Antes ele só sentia medo e dor, mas a pequena dor que Yaci lhe causava só deixava ele mais e mais excitado a ponto de achar que seu pau podia quebrar de tão duro que estava, mas ele tinha ordens para não gozar.

A chibata parou e sua bunda estava vermelha e quente. Yaci deixou o chicote de lado e abaixou-se para lamber a pele vermelha do outro e abrir sua bunda expondo seu buraco enrugado e rosa aos lábios lascivos do príncipe que começou a fodê-lo com a língua fazendo com que gritasse de tentando prender o orgasmo.

Yaci se ergueu pegando um alargador negro no formato de pênis.

— Agora relaxe pequeno – murmurou ele empurrando o objeto no buraco do outro que se chacoalhou nas restrições ao sentir ser invadido por um objeto tão grande frio que a cada centímetro deixava lubrificante cair dentro dele – Isso, só mais um pouco.

Finalmente o alargador estava todo dentro dele deixando que cada vez mais liquido quente escorresse dentro dele.

Satisfeito Yaci foi para a frente dele esfregando seus mamilos sensíveis.

— Qual foi a ordem que eu lhe dei Ian?

— Não gozar senhor! – ele praticamente gritou porque Yaci estava esfregando seus dois mamilos duros com os dedos.

— Bom menino.

O príncipe começou a sugar os bicos dos mamilos dele com desespero e dar leves mordidas deixando Ian louco de prazer. Yaci com um sorriso safado, desceu beijando o seu tórax e chagando ao seu pênis que pingava pré gozo deixando com que caísse por suas bolas duras e contraídas prontas para expelir a sua semente.

Yaci abocanhou as suas bolas e Ian achou que não conseguiria controlar seu orgasmo. O príncipe estava levando ele à loucura.

— Por favor, mestre! – ele começou a implorar.

— O que Ian? O que você quer? – o príncipe dava beijinhos na ponta do seu pênis lambendo o liquido que escorria dali.

— Por favor, mestre eu já não suporto.

— Você me quer Ian? Me quer dentro de você? Me quer quente e duro? Fodendo tão forte a sua bunda que vou levantá-lo do chão?

— Sim mestre! Sim! – ele gritou.

Yaci também estava no seu limite. Foi para trás de Ian arrancando o alargador e abrindo as calças retirando o longo e grosso falo empurrando ele de encontro a entrada aberta de Ian até que o rapaz tinha engolido toda a sua extensão.

O interior do outro era quente e aveludado, apertando tanto o seu pênis que ele perdeu o controle de verdade e começou as investidas duras e rápidas batendo as suas bolas de encontra as nádegas de Ian. Ele estava  aponto de gozar quando segurou o pênis de Ian e ordenou.

—Vamos pequeno, quero que goze na minha mão agora!

Ian não precisava de uma segunda ordem, com um rugido ele encheu a mão de Yaci com seu gozo quente enquanto o príncipe enchia o canal estreito dele com seu sêmen.

O orgasmo foi tão forte que Ian ficou dependurado nas restrições enquanto Yaci se recuperava e tirava as algemas dele e o pegava no colo olhando para o rosto de Ian.

O beijo em seguida foi mais calmo.

— Gostou pequeno?

— Mestre foi maravilhoso! Tanto prazer!

— Que bom que gostou e que eu pude lhe dar o que foi negado a você.

— Mestre – Ian escondeu o rosto vermelho em seu peito, mas depois olhou-o com os olhos azuis brilhando – Podemos fazer novamente?

A gargalhada de Yaci reverberou pelo lúgubre castelo.


3 comentários:

  1. Ó-T-I-M-O!
    Que bom que você acrescentou esse extra.
    Muito Obrigado!

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  2. Muito legal esse extra, eu tava mesmo querendo saber como tinha se dado essa relacionamento dos dois!
    tão lindo Ian com o Yaci!! vlw

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  3. abrigado... estou recuperando folego pois lei que quase no pisquei.
    beijos e espero anciosa pelo proximo.
    que tenha un maravilhosa semana.

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