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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Caminhos do Destino - Capitulo XXVI


Capitulo XXVI



Dylan olhou para a esposa e deu um suspiro raivoso.

— Eu não sou o pai dele Miriam! Ele é filho do Mat.

— Isso é impossível – disse Phil – Mat não conhecia Paul!

— Ele não lembra é diferente.

— Será que você podia explicar tudo direitinho caro marido?

— Então podem ouvir antes de me julgar? Mat conheceu Paul na noite das fogueiras em uma vila em Gaulesh.

— Ah! – Miriam sentou mais calma já percebendo o que tinha acontecido.

— E o que isso tem a ver? – Gwen pouco conhecia os costumes pagãos.

— Deixa eu explicar – Dylan sentou cruzando as pernas – Gwen a noite das fogueiras é um costume muito antigo, que já foi esquecido em muitos reinos, mas no nosso não. Dizem que o costume veio de muitas eras e celebra o fim da colheita e o começo do inverno. Durante essa noite muitas fogueiras são acesas nas matas e pessoas bebem e dançam para os espíritos elementais, mas o ponto alto é quando se da inicio a uma caçada. Um servo é solto e quem o pegar é considerado o rei servo e pode reivindicar o seu premio, uma pessoa disposta a se dar por inteiro, normalmente ela está drogada assim como o caçador. Eles devem beber sangue de servo com afrodisíaco antes de se encontrarem e depois disso os sentidos do que é real ou fantasia desaparece e a pessoa pensa estar em um sonho. Geralmente no dia seguinte não se lembra de muita coisa. Quando eu e Mat fomos naquela vila no interior de Gaulesh só queríamos nos divertir e por isso aceitamos participar da caçada e Mat ganhou. Eu vi de longe o premio dele, um rapaz, quase uma criança, um duo, Paul. Quando fui procurar Mat no dia seguinte ele estava caído na mata perto de uma fogueira e com uma ressaca daquelas. Ele não se lembrava de nada e eu apenas contei que ele foi o rei servo, nunca falei do seu premio, estava com meu orgulho ferido por ter sido passado para trás por meu irmão caçula.

— Foi por isso que nem Mat ou Paul sabem de nada – Phil disse pensativo.

— Agora estou esperando! – disse Dylan com ar superior.

— Esperando o que?! – perguntou Miriam franzindo o cenho.

— O meu pedido de desculpas.

— Continuo não falando com você! – respondeu a esposa virando o rosto e fazendo um bico.

Gwen começou a rir e Phillip revirou os olhos.

— Gente por enquanto vamos tentar esclarecer as coisas – disse o príncipe de voltando para o irmão – O que aconteceu para você ter vindo para cá no meio da noite?

Aquilo estava corroendo Phil por dentro. Claro que ele estava feliz por saber que tinha um sobrinho, mas algo no olhar do seu irmão dizia nada bom vinha pela frente.

— Não é nada bom irmão e eu estou aqui em caráter não oficial. Alguém tentou me matar há alguns dias e colocar a culpa em você.

— Que? – Phil não sabia se ria ou ficava com raiva.

— Eu sei muito bem quem é você Phil e sei que se quisesse me matar podia colocar veneno no que como que ninguém notaria, a verdade é que você podia me matar sem fazer tanto alarde.

— E é só por isso que você acha que não tentei ti matar?

— É!

— É?! Só isso?

— E o que mais?

— Amor fraternal?

— Acho que nosso amor fraternal não viveu quando você roubou a minha namorada.

— Namorada? – Miriam logo ficou eriçada.

— É – Dylan olhou as unhas – Quando eu tinha uns oito anos.

A cunhada olhou para Phil que não pode mais resistir começou a rir e isso levou Killian a também gargalhar nos braços da mãe. Logo todos estavam gargalhando, mas isso não impedia a rainha de lançar um olhar mortiço para o marido.

— A ideia de você me matar é tão ilógica que nem mesmo eu levei em consideração e soube logo que alguém quer nos colocar uns contra os outros.

— Quem você acha? Waldrich?

— É mais complicado que isso. Tenho informações de que nossa mãe está no meio disso.

Phillip ficou vermelho de raiva.

— Depois do que ela fez aqui eu não duvido de nada – o príncipe contou ao irmão o que Alberta fizera com seu pequeno filho.

— Monstro – rosnou o rei – Deus do céu, ela é nossa mãe, mas qualquer amor que pudesse ter por ela está morrendo e isso inclui o pai que parece aceitar numa boa todo esse negócio.

— Isso está muito confuso – disse Miriam aparentemente esquecida que não falava com o marido – O que Alberta quer com tudo isso?

— É isso que viemos descobrir – olhou Phil – Onde está Capela?

— Tenente Capela? – o irmão franziu o cenho sem entender – Está com Mat em outro problema.

Phil e Gwen contaram sobre o que estava acontecendo naquelas semanas desde que Mathew chegara.

— Mundo pequeno e cheio de coincidências – Dylan estava muito sério – Mat achou aquilo que ele procurava e não sabia. Lembram como ele se tornou inquieto esses anos? A ligação entre ele e Paul sempre existiu e foi muito forte. Quando a nossa mãe aprontou com ele em sua festa de cavaleiro eu ofereci a ele o posto de conde ao norte, perto dos elfos que ele gostava, mas no dia seguinte ele veio com a ideia de que tinha que vir para cá de todo o modo.

— Espero que eles estejam bem – disse Miriam – Um amor assim não pode se perder.

— Eu também – respondeu o príncipe, mas se virou para o rei – Porque queria saber de Capela?

— Bem Phil...

— Dylan toda vez que você começa com bem Phil é porque aprontou alguma coisa que eu não vou gostar.

— É, acho que você não vai gostar. Capela era meu espião.

Phillip olhou para o irmão contrariado o suficiente para bater no irmão, mas Miriam foi quem pegou suas dores.

— Você colocou um espião dentro do castelo de seu irmão Dylan?

— As coisas não são bem assim Miriam!

— Então são como? Dá para me explicar?

— Eu não tenho nada para explicar para você!

— Será que voamos ter que deixar vocês sozinhos? – Phil estava ficando cansado das discussões deles – Para que você colocou um espião aqui Dylan?

— Ele estava investigando o reino de Gorlan para mim. Fiquei muito intrigado com o fato da mãe ficar recebendo cartas de Waldrich que vinham de Gorlan e eu queria muito saber o que estava acontecendo. Fiz um acordo para que Capela viesse para cá, mas ficasse de olho para mim na movimentação do reino vizinho. Fiz segredo porque se a mãe sequer desconfiasse eu não ia conseguir mais nada. Me desculpe Phil.

— Esqueci isso. Não vou brigar com meu irmão por tão pouco. Dylan a você eu confio a minha vida e a de minha família, não vai ser por isso que vou brigar.

— Você é demais irmão – Dylan abriu um grande sorriso com a declaração dele.

— Mas conseguiu algo com Capela? – perguntou Gwen.

— Parece que Gorlan tem minas com esferas do poder e estão retirando para Waldrich.

— Esferas do poder não são muito boas para magos – observou Gwen – Estudei essas esferas algum tempo com meu pai e pelo que sei seu poder é bem instável e que os elfos tiram melhor proveito delas.

— Waldrich não é tolo – disse Mirian – É o melhor mago que existe. Se as esferas não são muito úteis por que ele as quer?

— Ai está. Elas são para o mago ou para outra pessoa?

— Temos que descobrir isso – respondeu Phil para o irmão – Qual o próximo passo?

— Preciso de Capela, ele tem os contatos certos. O povo de Gorlan não são tão fáceis de lidar.

— Teremos que esperar?

— Por enquanto acho que vou rastrear a nossa mãe Phil. Não vai levantar suspeitas dado que ela me deixou de mandar mensagens.

— Isso já alguma coisa – resmungou o príncipe preocupado.

O que ele gostaria de saber era como estava Mat e Capela.



Capela não podia acreditar no que ouvira do mago. Podia ser verdade que os príncipes de Gaulesh são filhos dele? Não seria loucura demais pensar que Alberta havia feito aquilo?

— Alberta é louca e Máder conivente com ela – disse Waldrich em sua voz calma – Ela fará de tudo para destruir meus outros filhos. Ela está juntando forças com Kamm, filho de Raguel.

— Um momento, agora eu perdi as coisas. Pensei que Alberta estivesse mancomunada com você!

— Ela me fez uma proposta há alguns meses. Eu podia ter quantas esferas do poder quisesse desde que destruísse Haven e Kamm quer que os povos humanos entrem em guerra para enfrentar o seu pai e tomar o poder. Se Gaulesh estiver envolvida com uma guerra não vai poder vir ao socorro dos elfos de Floresta Velha e Kamm tem uma exercito nas montanhas de Gorlan, bem treinado e alem disso seu poder está no auge, ele tem as melhores esferas do poder com ele.

— As esferas não eram para você?

— Eles me mandaram esferas inúteis que só iam drenar os meus poderes para que eu avançasse sobre Haven e depois fosse consumido por elas e assim seria um obstáculo a menos para Alberta. Ela quer as terras de Haven para o rei Dylan e no futuro com certeza avançar sobre Lakina.

— Alberta tem um amor doentio por Dylan – comentou Capela – Mas quero que me entenda que não há como provar o que você me diz Waldrich, apesar de ter lógica.

— Eu sei. Mas você acha mesmo que eles podem ser filhos de alguém como Alberta? São boas crianças, não tem nada daquela mulher.

— O que você quer é se vingar dela?

— Com todas as minas forças.

— Você esteve nos seguindo?

— Os espíritos dos ventos me contaram que tinham levado três pessoas para o norte e uma delas era Paul, o amor de meu filho caçula. Sabia que ele iria atrás deles e que um perigo o espreitava.

— Os bárbaros?

— Não. Há algo mais escuro no futuro de Mat. Como meus filhos algum deles podia ter recebido a minha herança mesmo que eu tenho feito o possível para impedir isso.

— Sua herança?

— A magia. Ela é muito forte na minha família e passa de geração para geração. Quando engravidei fiz o possível para afastar a minha magia interior das crianças mesmo não podendo usar magia em minha prisão, mas quando Mathew nasceu eu estava fraco e temia ter feito algo errado. Pelo que sei Mat é tão mago quanto eu, até mesmo mais forte.

— Nunca notamos magia nele!

— Ela aguarda. Um mago não treinado tende a explodir, se descontrolar e se levar pelo poder, pela parte negra da magia – olhou Capela nos olhos – Imagine de Paul morrer! Se o poder escapa de Mat. Ele pode destruir exércitos inteiros sem nem mesmo piscar. O chamado da escuridão é sempre muito sedutor.

— O que pode fazer então?

— Não posso selar a magia dela em sua idade. A única coisa que posso é fazê-la sair e treiná-lo.

— Não acho que Mat vai aceitar isso.

— Ele não vai ter como recusar. Quando acordar vou contar toda a verdade e depois vou forçar a magia a sair dele. Não vai ser bonito e tudo a nossa volta vai parecer um campo de guerra. Precisamos chegar ao deserto, o que aliais, é o caminho de Paul, Maleah e Gabe.

— Você fala do deserto de Altair? Estamos a cinco dias de viagem dele!

— Sim – o mago sorriu com os olhos negros brilhando – Mas se voarmos chegamos lá essa noite.

— Voar?! – Capela estava ficando com medo desde de logo.

— Voar Tihar Capela.

— Eu odeio esse nome! – resmungou o tenente com desgosto.

— Magos se chamam pelo primeiro nome, afinal a magia corre em você.

— Eu tinha me esquecido disso.

— Ela não vai lhe fazer mal. A magia das fadas são boas e muito ligadas a natureza. Enquanto treinar Mat, mostro como você pode usar a sua magia, mas por hora vou chamar alguns amigos para nos levar para Altair.

O mago se levantou e começou a entoar uma cântico:

 — Falcon amicus, adiuvat in iter!

Disse a frase três vezes e Capela de repente ouviu um grito alto e olhou para cima com os olhos arregalados.




2 comentários:

  1. monica nao to entendendo esta fase da estoria como waldrich encontrou mat e capela? acho que vc pulou esa parte da estoria, da pra descrever como ficou assim?
    por favor me esclareça, gosto tanto desta estoria que tva ficando com saudades dela, me ajude
    bjs lu

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  2. oi lulu, foi o vento que disse que o paul foi para o norte na terra dos dragões e ele juntou 1 + 1 e viu que o mat iria pra essa direção, pois ele e capela ja estava seguindo a sara que ia pra la tambem, ai ele ia encontrar eles no caminho. oi gente sou a sam e to adorando a historia, beijos

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