Capitulo Cinco – Lua Azul
Eu desmaiei! Ta, eu sei como isso
soa patético, mas tente ser torturado sexualmente e ficar sem comer?
Acordei em um quarto simples,
feito de pedra branca com veios rosas. Havia apenas uma cama, um armário de
duas portas, uma mesa com uma cadeira. A janela estava aberta enão tinha nem
uma cortina.
Na mesa havia uma bandeja coberta
por um pano branco e quando me levantei e fui até lá mancando percebi que era
comida. Pão, carne, legumes cozidos e um copo com suco. Cara como aquilo cheirava
bem!
Ataquei a comida de um modo pouco
elegante, mas estava com fome demais para pensar nisso. Quando acabei fui até a
janela percebendo que dava para uma parte meio mau cuidada do jardim e que já
havia amanhecido... não! Na verdade estava entardecendo!
— Pensei que ia ter que te jogar
em uma banheira de água fria! – era Tiol entrando com um rosto cansado.
— E Abrahan? – envergonhado só
agora eu havia pensando nele.
— Precisamos conversar Andrew.
— Eu não quero conversar! Eu
quero saber do seu pai!
— Sente-se e cale a boca antes
que eu perca a minha paciência!
Bufando me deixei cair na cama
enquanto o príncipe sentava na cadeira me olhando friamente.
— Meu pai está melhorando, ele
foi atendido em tempo. Você dormiu a noite toda e também o dia inteiro. Mandei que
o médico ti desse uma olhada e parecia que você estava em péssimo estado. Por que
não tem comido?
— Eu não comi porque o seu
mordomo com complexo de ditador me proibiu e proibiu todos os outros empregados
de me dar comida. Mas esquece isso Tiol! Você não pode deixar aquele... homem
fazer isso de novo a Abrahan!
— Aquele homem é o imperador, com
direito de vida e morte na vida de todos nós.
Podia até ser, mas a amargura que
ouvi na voz dele dizia que não gostava disso tanto quanto eu.
— Ele pode ser o imperador, mas
Abrahan está aceitando isso por que aquele sádico está ameaçando estuprar você e
seus irmãos!
— Da onde você tirou isso
escravo! – o príncipe levantou com o rosto vermelho.
— Eu ouvi tudo! – eu também me
levantei – Estava atrás daquela cortina olhando enquanto Abrahan lambia os pés
daquele desgraçado e depois era torturado de um modo que o fez implorar que
parar e tudo isso ele fez por você! Se eu tivesse um pai assim eu faria
qualquer coisa para proteger ele!
Tiol ficou vermelho de raiva e
achei que ia me bater, quando seu olhos ficaram brilhantes de ódio.
— Um dia eu tentei impedir o
imperador de bater no meu papa, ele sempre faz isso na frente das pessoas, mas
no final eu levei uma surra tão grande que fiquei em coma. Um não vi Abrahan
por meses. Meu irmão mais velho, Yaci me disse que o pai o prendeu, mas eu
nunca quis acreditar nisso.
— Bem agora você sabe! Não pode
deixar isso continuar!
— Se eu tentar vai ser pior
Andrew. Ele não vai matar os seus filhos, mas Abrahan vai ser o alvo fácil.
— Então o que você vai fazer? Ficar
olhando?
— Você logo vai saber. Venha comigo
que meus irmão querem conhecer você e agradecer por ter salvo o nosso papa.
Eu queria gritar para aquele
principezinho de merda ter alguma atitude, mas até eu tinha um pouco de inteligência
e ponderei sobre as palavras de Tiol enquanto o acompanhava pelos corredores.
Tiol tinha razão ao dizer que o
que ele fizesse ia ressoar em Abrahan, mas devia haver um jeito de mudar isso.
Saímos do castelo para outra
parte do jardim mais bem cuidada e cheia de nigrum, as rosas negras da noite de
Aurifen. Eles apenas floresciam à noite e apenas naquele sistema planetário. Ninguém
nunca havia conseguido domar as belas rosas. Elas não nasciam em vasos ou
qualquer outro lugar que não fosse ali.
Seu perfume enchia o ar e o sol
amarelo se punha no horizonte enquanto a lua onde existia atmosfera levantava.
Pasmo parei o meu caminho olhando
para o espetáculo que era aquele pequeno mundo tão perto de outro. Ele era
pouco maior que a lua do planeta Terra e estava muito perto do planeta. Podia ver
as nuvens brancas e o céu azul, até mesmo uma tempestade em um canto com raios
cortando as nuvens mais altas.
— Arilien, a lua azul – Tiol também
estava olhando para cima – Meu tio governa a lua, presente do meu avô. Ele ainda
deve obediência a meu pai, mas ele pouco liga para uma lua cheia de
agricultores e florestas. Vamos.
Dei uma ultima olhada para
Arilien e segui o príncipe para uma pequena clareira no jardim onde haviam
bancos perto de uma fonte com pequenos esguichos.
Eu logo parei de prestar atenção
nisso para olhar para as pessoas ali. Eram no total três lindos rapazes muito
parecidos com Tiol, mas mais velhos.
— Esse é Andrew! – disse Tiol
sorrindo para os irmãos.
— Ola Andrew – disse o mais velho
dentre eles – Meu nome é Yaci e esses são Erant e Valdi. Gostaria de agradecer
por ter salvo o meu papa.
— Se querem me agradecer me
deixem livre!
— Esse ai tem tempera – disse Erant
me olhando com ar de riso.
— Vocês sabem qual é a minha
opinião – resmungou Valdi sentando em um banco mais afastado dos outros.
— Lamento, Andrew – disse Yaci –
Mas o único que pode ti libertar é meu irmão.
—Esse ai? – rosnei – To perdido!
Erant riu, mas Tiol não gostou.
— Pare essa língua antes que eu
corte ela!
— Não vou parar! Mesmo quando estiver
quase morrendo não vou parar!
— Gosto dele – disse Yaci com seu
sorriso tranqüilo – Andrew nós podemos agradecer a modo do nosso mundo, já que
o que você quer é impossível no momento.
— Moda do seu mundo?
— Desfrute do sexo conosco.
— Que?!
— Esse ai se finge de frigido –
resmungou Tiol.
— Olha só um obrigado está bom –
ignorei Tiol.
— Isso não é o que pensamos
Andrew – disse Erant indo até ele – Em nosso mundo o sexo é algo para se
compartilhar. Gostamos do prazer e da dor.
— No meu mundo as coisas não são
assim – droga eu estava começando a tremer.
— Você vai gostar pequeno humano –
respondeu Yaci indo até mim e começando a me despir.
Dei um pulo me afastando dele.
— Não!
— Nisso você não tem o que opinar
droga! – respondeu Tiol – Eu estou excitado aqui!
Maldito pervertido! Mas parecia
que seus irmãos não iam atrás. Eles me agarraram e logo eu estava sem roupa e
sendo arrastado para uma laje pedra não muito longe onde eu fui deitado de
bruços com braços e pernas amarradas.
— Idiotas! – xinguei eles mais o
que ouvi foram risadas.
— Você vai gostar – disse Yaci no
meu ouvido.
Eu podia xingar a eles, mas era
eu quem estava ficando duro, com o meu dolorido pau se esfregando na mesa de
pedra.
Um dedo gelado foi enfiado dentro
de mim e gemi quando ele foi mais fundo tocando em minha próstata.
— Só coloque o lubrificante –
disse Tiol – Quero ele bem apertado para mim.
La ia eu de novo. Fui fodido por
um príncipe cheio de tesão que empurrava meu corpo na pedra sem piedade e
depois gozava dentro de mim. Eu mesmo gozei na pedra me lambuzando todo.
Depois veio Erant e Valdi. Yaci
foi o ultimo e conseguia ser ainda mais duro que Tiol, empurrando dentro de mim
sem piedade.
Quando ele gozou dei um suspiro
de alivio pensando que tinha acabado quando ouvir Erant.
— Eu trouxe o flagelo.
— Droga! – resmungou Tiol – Vai logo
que estou ficando duro de novo.
Foi quando senti as cintas de
coro em minhas nádegas. Gritei ao senti-las queimar a minha bunda e para o meu
desespero comecei a ficar excitado com aquela dor em queimação que cada batida
do chicote ardia em minha bunda. Droga! Eu estava ficando tão sádico quanto
aqueles malditos aurifenses.
Depois de mais uma rodada fui
liberto e gemi ao me virar na laje suja de sêmen.
— Agradecemos por ter compartido
conosco o prazer Andrew – disse Yaci com a sua voz calma.
— Eu não compartilhei nada com vocês!
Vocês me forçaram!
— Você está ficando repetitivo –
resmungou Tiol revirando os olhos – Hoje não via nem um afrodisíaco em você e
mesmo assim quantas vezes você gozou? Três?
Rosnei para ele não querendo
admitir que havia gostado por ter sido tomado por três lindos homens.
— Vamos nos banhar e ir visitar
nosso papa – disse Valdi que era o mais quieto de todos – Ele também vai gostar
de ver o Andrew.
— Pelo menos o pai vai estar fora
algumas semanas – resmungou Eranti se vestindo.
— Preciso da ajuda de vocês depois
de termos visto o papa e deixado Andrew em seu quarto – o príncipe herdeiro o
olhou com seus intensos olhos vermelhos – Não queremos o seu mau garoto e mesmo
você sendo um escravo o fato de ter salvo nosso pai conta muito. De agora em
diante você vai ficar nos jardins como aprendiz e não se preocupe, Kritus foi
devidamente punido pelo que fez em você.
Eles saíram e eu voltei deitar na
mesa de pedra cansado demais para pensarem mais nada. Tiol deitou perto de mim
olhando para a lua azul acima de nós.
— Você acha que as pessoas são
infelizes em Aurifen? – perguntou Tiol me fazendo pensar que ele tinha batido
com a cabeça em algum lugar.
— Você está bem?
— Vamos lá Andrew, responda a uma
pergunta simples.
— Eu não sei. Pelo pouco que vi
as pessoas do castelo estão cansadas e com medo, mas lá fora eu não sei.
Tiol não me respondeu e eu
agradeci. Não sabia lidar com esse novo Tiol, pensativo e meio triste, me fez
querer abraçar seu belo corpo e o consolar.
Que diabos eu estava pensando?! Ele
era um maldito escravista! Tinha me comprado! Tinha feito amor comigo... não é
amor Andrew! Deus eu acho que acabei sendo envenenado!
Acima de nós a bela lua levantava
encobrindo parte do céu com a sua presença azul.
ta ficando interessante. bjs lu
ResponderExcluirNão haverá mais a continuação do conto Escravo II?
ResponderExcluir