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terça-feira, 26 de junho de 2012

O Escravo Cap 10 - Dor


Capitulo 10 - Dor



O imperador de Aurifen era um homem bonito, isso eu não podia negar. Alto e forte com olhos vermelhos brilhantes e cabelos prateados na altura dos ombros, mas havia algo nos olhos dele, algo que me fazia ter mais medo dele do que do lagarto roxo. Não dizem que os olhos são as janelas da alma? Pois os olhos daquele homem pareciam falar de dor e medo.

— Meu imperador – o médico caiu de joelhos e Abrahan pareceu se recuperar da surpresa inclinando-se para ele.

O único que permaneceu ereto e rígido foi Tiol. Eu esperava sinceramente que ele não quisesse desafiar aquele homem, algo me dizia que ele não ia vencer.

Abrahan deve ter pensado o mesmo que eu e lançou um olhar desesperado para o filho quando o Imperador levantou uma sobrancelha irritado. Com o rosto vermelho Tiol também se inclinou.

— Me disseram que estava na enfermaria – com movimentos felinos ele foi para junto de Abrahan que pude notar estava tremendo – Fiquei preocupado meu amor.

Ele segurou o queixo do outro com mais força que o necessário fazendo Abrahan contrair levemente os lábios.

— Eu estou bem meu senhor. Foi o escravo de Tiol que se envenenou com uma cira.

— Mesmo? – ele voltou seu olhar para mim – Não sabia que tinha um novo escravo.

Ele me olhou de modo intenso e eu não desviei os meus olhos. Sabia que era uma loucura, mas eu não ia me rebaixar por aquele traste que não tem o direito de carregar o título de Imperador.

— Comprei ele há pouco tempo pai.

— Eu vejo, ele ainda está inteiro. Seu gosto pela tortura é muito parecido com o meu, não?

— Ele me custou muito cara para estragá-lo logo.

— Então... – ele foi para perto da minha cama – Como é o seu nome?

— Andrew – omiti o seu título de propósito deixando Abrahan pálido.

— Andrew – o imperador pareceu saborear o meu nome – Vejo que tem atitude Andrew. Gosto disso. Um pouco de rebeldia dá sabor a uma tortura.

Vai me torturar? Pode vir! Eu não vou me rebaixar para você e nem para ninguém! Minha vida pode estar para acabar nas mãos desse homem, mas eu ia terminar olhando-o nos olhos.

— Que tal algo para melhorar o meu dia? – ele olhou para o médico ainda de joelhos – Fora e você também Tiol.

— O que? – agora Tiol parecia ofendido.

— Você me ouviu moleque! Fora!

Serio, o cara estava alterado e eu e Abrahan íamos pagar o pato.

— Eu não vou sair!

— Tiol – Abrahan estava quase implorando.

— Não – bem Tiol sabia ser teimoso – Você o maltratou da ultima vez! – apontou para o seu outro pai – O rasgou por dentro e o deixei sangrando! O que vai fazer agora?

— Você está me fazendo perder a paciência Tiol – o Imperador parecia decididamente perigos – Se não sair agora vai ter que enfrentar a conseqüências!

— Tiol, por favor, vá embora – Abrahan suplicava.

Eu estava gostando da atitude de Tiol, mas sabia que ele não podia vencer. Ele havia me dito que enfrentar o pai era pior para Abrahan e parece que foi nisso que ele pensou quando saiu da sala batendo a porta.

— Crianças – disse o Imperador com desdém e se sentando em uma poltrona – Agora Andrew eu quero fazer a sua avaliação. Levante e tire a roupa.

— Meu senhor ele ainda não est...

— Cale a boca Abrahan! Seja um bom escravo e sente aos meus pés calado ou o escrevo vai enfrentar muito mais.

Na minha cabeça desfiei uma longa lista de palavrões em três línguas diferentes ao ver Abrahan sentar no chão perto dele como um cãozinho.

Levantei tentando não gemer ao ficar tonto, mas eu estava disposto a não mostrar fraqueza para esse homem. O Imperador sabia como usar as fraquezas das pessoas muito bem contra elas.

Retirei a bata de hospital e fiquei nu olhando nos olhos dele que me avaliavam como se eu fosse uma mercadoria, o que na verdade eu era desde que fora vendido.

O imperador levantou a foi para o meu lado andando a minha volta.

— Sei porque Tiol o quer só para ele. Você tem um belo corpo. Deite na mesa.

Olhei para o lado vendo uma mesa retangular com restrições nas quatro pontas. Será que esse povo tem objetos de tortura por todos os lados?

A mesa deveria ser para exames ou algo assim, mas aquele homem tinha algo em mente e seu sorriso, tão sádico quando o do seu filho, me dizia tudo.

— Não!

— É melhor fazer isso criança – olhou para Abrahan – Ou eu posso dar um jeito nele.

Maravilha! O homem sabia dos sentimentos que tinha com Abrahan, de como eu gostava dele como um pai e ia usar isso contra mim ao seu bel prazer.

Com vontade de matar aquele homem eu deitei na mesa.

— Bem, vejamos – ele foi até um armário – Não tem muito do que gosto, mas vai dar para resolver.

Ele se voltou segurando um longo e fino bastão. Deveria ser para mexer misturas, mas eu estava com medo do que ele ia fazer comigo.

— Agora vamos ver a sua resistência a dor.

Ele me amarrou bem forte e a cada amarra ele estava mais feliz. Quando terminou segurou o meu pênis mole e me olhando com um sorriso maníaco introduziu o bastão na ranhura do meu pênis.

Se você nunca fez isso com um maluco sádico, então fique feliz, porque cara dói como uma cadela! Parecia que ele estava separando o meu membro ao meio. Eu tentei não gritar para não deixar Abrahan ainda pior, mas eu não consegui. Gritei até ficar rouco enquanto o Imperador ria mexendo o bastão de um lado para o outro dentro de mim. Finalmente ele parou de movimentá-lo, mas não o retirou de dentro de mim.

Ele achou outro brinquedo, pregadores de metal que não haviam sido feitos para jogos eróticos, ele usou esses pregadores nos meus mamilos e eram tão apertados que cortaram de imediato os bicos destes.

— Parece bom – ele disse abrindo uma gaveta onde retirou um tubo de ensaio e o levou para Abrahan – Lamba e faça um bom serviço e tire essas roupas de uma vez por todas! Agradeça por eu ter poupado aquele moleque. Eu deveria ter deixado ele aqui e ter cortado ele pedacinho por pedacinho!

Eu não conseguia ver o que estava acontecendo já que ao menor movimento a dor em meu pênis era terrível.

O Imperador voltou sorrindo e se colocou em meio as minhas pernas.

— Deixa eu dar uma olhada aqui – ele empurrou abrindo mais as minhas pernas para ter acesso ao meu ânus e dei um pulo ao sentir algo gelado ali e no momento seguinte isso me invadiu com a força de um projétil, me rasgando, invadindo o meu interior.

Engasguei e acho que desmaiei de dor por algum tempo. Quando a minha vista clareou eu vi algo que me deixou horrorizado. Ele havia amarrado Abrahan a cabeceira da cama e espancava a sua bunda sem piedade a ponto de seu ânus lesionado voltar a sangrar.

— Ora já acordou – ele parou de bater no outro abrindo as calças e colocando de fora seu pênis monstruoso – Logo vai ser você escravinho.

— Covarde – disse para ele – Você gosta de maltratar pessoas que não podem se defender!

— Ora Andrew acho que vou ter que ti ensinar uma lição, não é? Deixe eu só dar um pouco de prazer a essa puta – ele ergueu o membro entrando de uma só vez no companheiro que sangrava – Geme para mim sua putinha. Vamos cadela ou vou fazer muito pior.

Imagino que os gemidos de Abrahan fossem de pura dor. Seu pênis flácido estava pendurado já que ele estava de quatro.

— Você gosta disso não é Abrahan? Vai adorar me ver entrar no cú estreito do escravinho, fazê-lo sangrar e sujá-lo com a minha semente.

O Imperador sabia ter controle sobre si. A tortura de Abrahan durou vinte minutos e o outro ejaculou dentro dele fazendo-o gritar de dor ao ter o esperma de encontro as suas feridas. Ele ficou ali sem se mexer e sangrando bastante.

— Sua vez agora Andrew.

Procurei endurecer a minha expressão, mas quando ele apareceu com um bisturi eu estremeci.

— Calminha – ele subiu na mesa sentando em meus quadris e fazendo a haste de metal entrar mais em meu pau produzindo uma dor agonizante – Eu vou ser gentil.

Ele encostou o bisturi em meu peito e começou a cortar a pela até o ponto de sair sangue. Trinquei os dentes e não gritei enquanto ele me cortava e ria. A cada corte seu falo se levantava e quando ele estava no quinto corte estava totalmente ereto e pingando sêmen. Meu peito estava coberto de sangue e vi com horror o Imperador começar e pegar esse sangue e passar no pênis como se fosse um lubrificante.

— Abra a boquinha meu bem e se me morder eu corto fora um dos seus dedos.

Ele enfiou o gigantesco pau dentro da minha garganta e eu tive medo de vomitar de nojo. Ele tinha gosto de sêmen e sangue, meu sangue. Ele fodeu a minha boca até quase o ponto de ejacular o que fez em cima dos meus ferimentos cobrindo o meu peito em uma nauseante massa feita de semente e sangue.

— Gostoso – disse ele com a cara satisfeita – Sabe eu estava estressado quando vim pra cá, mas depois de ti ver sangrar desse modo me sinto tão bem, mas acho que temos que terminar, não?

Ele enfiou a mão por entre as minhas pernas arrancando o tubo de ensaio e eu quase chorei de alivio, mas logo o seu falo estava dentro de mim com estocadas bruscas a ponto de me arrastar pela mesa. Ele brincava com os meus mamilos cortados e com a haste dentro do meu pênis.

Depois de um tempo perdi totalmente a dignidade e comecei a chorar. Era muita dor e muita humilhação.

Aquele maldito homem ficou comigo por três vezes e todas as vezes ele procurava ejacular em meu rosto me fazendo engasgar com seu sêmen. Quando ele acabou eu era uma massa de dor e sangue.

— Acho que Tiol fez um bom negócio – disse o Imperador se limpando com lenços de papel – Quando eu quiser vou mandar chamá-lo no meu quarto. Lá eu tenho os materiais necessários para uma tortura de verdade.

Ele se vestiu e saiu falando para alguém no corredor limpar a sala.

Minha vista estava escurecendo quando o médico e Tiol entraram na enfermaria vendo horrorizados o que o imperador tinha feito a mim e a Abrahan.

Não me lembro de muita coisa. Sei que fui tratado e limpo e quando acordei tinha o meu tórax enfaixado e uma dor surda no meu pênis. Até mesmo me movimentar era agonizante.

Percebi que não estava na enfermaria, mas no meu quarto com Ian perto de mim. Quando viu que estava acordado ele segurou a minha mão.

— Como você está Andrew? – sua voz era preocupada.

Era tão raro alguém se preocupar comigo que algo se quebrou dentro de mim e fiz aquilo que eu mais odiava na vida, comecei a chorar.

— Não fique assim – ele me abraçou com delicadeza – Sei que foi terrível meu amigo e eu estarei aqui para o que você precisar.

Eu precisava de um modo de matar aquele homem, mas como não podia eu agradecia aos deuses por ter alguém comigo e me deixei levar pela dor e medo que sentia naquele momento.


2 comentários:

  1. Olá, tudo bem? Descobri seu blog a pouco tempo, mas já li todos seus contos. Eu admiro seu modo leve de escrita e a sutileza dos detalhes.
    Achei muito interessante O Escravo. Você trabalhou bem com o lado fetichista e instintivo do ser humano na figura dos aurifenses e inseriu um debate psicológico e ético muito interessante: até que ponto prazer e dor podem estar juntos e quais são os limites entre o que é prazeroso e o que é loucura...
    Você deixou bem nítida a imagem desequilibrada do Imperador e a falta de limites dele, assim como a confusão mental na qual Andrew se encontra agora. Imagino que Tiol ficará possesso de raiva com o que aconteceu... Bom, quem sabe isso tenha ajudado ele a colocar algum juízo naquela cabeça!
    Esse capítulo foi o ápice da trama, creio que essa inclusive, foi sua intenção. Suspeito que essa atitude do Imperador vai levar a consequências sérias para ele e Aurifen. Na minha opinião, Abrahan e os príncipes não vao ficar calados vendo isso acontecer...
    Bom, continue postando, por favor. Até mais!

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