Pessoal essa é uma imagem aproximada do nosso herói Paul!
Capitulo X
O Castelo da Aliança era conhecido por sua arquitetura e beleza. Fundado quando o reino de Gaulesh se formou era todo de diamita, um tipo de pedra negra tão dura que só podia ser moldada através de magia, aliais o castelo todo era cercado da mais pura magia branca que se tinha noticia. Os elfos haviam feito isso em mostra de sua aliança com o reino, daí vinha o nome.
Dylan McGives, conhecido entre os povos como o grande rei, estava conversando com Maleah de Gad seu grande amigo elfo que estava indo em direção aos reinos do sul, mas parara para contar algumas novidades para Dylan.
— Senti muitas saudades Maleah – disse Dylan abraçando o amigo e rindo.
Maleah se afastou olhando para o grande rei. Dylan era um homem alto, de cabelos negros curtos contrariando a moda da época. Seu corpo forte era definido pelos treinos e a pele queimada do sol. Os olhos violetas se destacavam brilhando de modo intenso. O elfo podia sentir o poder que emanava daquele homem e se sentia orgulhoso por ser amigo dele.
O elfo era magro como quase todos de sua raça, era dez centímetros mais baixo que Dylan. Seus cabelos lisos e negros caiam pelas costas presos em uma trança e seus olhos verdes iluminavam um rosto delicado e bonito. Os elfos eram famosos por sua beleza quase etérea.
— Também senti saudades sua amigo – ele sorriu e sentou na poltrona perto do rei.
Estavam na sala de visitas do castelo imponente com seu imenso lustre de cristal, sofás e poltronas espalhados pela sala assim como pequenas mesas de chá com seus delicados adornos. As paredes de pedra eram decoradas com tapeçarias vindas das terras a oeste onde os desertos imperavam e o povo nômade fazia os melhores tapetes dos reinos.
— Onde anda Mirian?
— Na cidade na escola que montou faz pouco tempo. Ela esta ensinando as artes das espadas para as meninas.
— Imagino que a sua mãe esteja enlouquecendo com isso – ele riu.
— Sim esta, mas graças a Deus ela e meu pai foram para Gorlan forjar uma aliança.
— Você pediu isso a eles – Maleah achou aquilo muito estranho sabendo o quanto Dylan desaprovava aquele povo.
— Não – rei recostou no sofá e cruzou os dedos diante de seu rosto olhando o elfo – Eles foram por livre e espontânea vontade e estou preocupado.
— O que esta acontecendo amigo?
— Tem algo errado ali Maleah, algo que tem a ver com meus pais.
— Como você pode ter certeza?
— Minha mãe esta recebendo correspondência de Altrian a capital de Lakina.
— Lakina não é o reino de... – Maleah engasgou e arregalou os olhos.
— Lakina é o reino de Waldrich, o mago negro. Pelo que sei Gorlan mantém boas elações com esse povo e que estão juntos nos distúrbios ao sul.
— O que acha que a sua mãe tem a ver com Waldrich?
— É só uma suspeita Maleah, mas ela pode logo se transformar em certeza – o rei lançou um olhar avaliador para o elfo – Meu amigo eu preciso de ajuda com isso, e não conheço ninguém que eu confie mais que você. Poderia me ajudar?
— Dylan você sabe que eu amo você como a um irmão e faria qualquer coisa para ajudá-lo.
— Então eu quero que saiba de tudo que descobri ao investigar meus pais – ele ergueu uma esfera que estava na mesa ao lado dele.
Era prateada e do tamanho de uma noz. O elfo deu um pulo e quase caiu da poltrona.
— Uma esfera do poder!! Dylan onde você achou isso?
— Foi me entregue por Capela quando estava investigando no mercado de Hemalk uma vila perto da fronteira com Haven. Um soldado estava tão bêbado que começou a falar de imensas cavernas ao sul onde estão escavando a procura das esferas.
— Waldrich deve estar muito interessado nisso – o elfo rolou a esfera nos dedos – Se ele conseguir muitas dessas esferas até mesmo o reino dos elfos vão estar em perigo! Essas porcarias conseguem aumentar a magia em até dez vezes e sabemos o quanto aquele mago negro é poderoso.
— Eu sei e o que está me matando é saber que a minha mãe está recebendo correspondência de lá.
— Você acha...
O rei levantou a mão calando o outro.
— No momento qualquer conjectura que fizermos pode ser prematura, mas meus dois irmãos estão naquela região e eu não quero que nada aconteça com eles. Gostaria muito que você pudesse ajudar Capela nessa empreitada.
— Seu irmão Phillip sabe que você tem um espião no seu reino? – ele tentou não soar acusatório, mas isso era inevitável.
— Não – ele parecia desolado – Não consigo um jeito de fala isso com ele. A festa da colheita deve ser ma próxima lua cheia e pretendo ir até lá conversar com ele.
— A noite das fogueiras não deve estar muito longe – o elfo riu – Já faz quanto? Uns seis anos que comemoramos aquela no sul do reino?
— Oito – o rei deu um longo suspiro – Oito anos e nunca mais participei de uma. Acho que não tenho mais animo para a noite das fogueiras, alem do mais estou casado e Mirian iria me esfolar vivo se eu participasse de um ritual pagão.
— Bem eu não estou casado e por isso pretendo me esbaldar nessa noite, e sei que o principado de Haven tem uma das melhores festas dos reinos. Vou lá ajudar o seu tenente e me divertir – ele deu uma risada, mas Dylan não o acompanhou.
Ele olhou pela vidraça deixando seus pensamentos voarem...
Mathew ajudou a terminar as tarefas que faltavam como cortar lenha. Ele havia retirado a camisa e com o corpo brilhante de suor brandia o machado para cortar as toras que ia estocar para o inverno. Da janela da cozinha Paul podia vê-lo cercado pela luz do sol da tarde e com os seus músculos todos trabalhando. Deu um suspiro se abanando. Aquele homem ia acabar matando ele...
— Com calor mãe? – Sara perguntou lavando os legumes para a sopa.
— Esta quente hoje.
— Eu acho que o Mat esta quente.
— Sara! – Paul sentiu seu rosto pegar fogo.
— Você gosta dele, mãe, não da para esconder de mim. Posso sentir a tensão de vocês dois juntos.
— Sara isso é conversa de adultos e não de crianças!
— Eu não sou criança mamãe! – a menina parecia ofendida – Eu sou uma mulher!
— Eu não sei por que você e o Gabe querem crescer tão rápido? – ele foi até a filha acariciando os seus cabelos loiros – Aproveite cada fase de sua vida Sara, não vai haver outra. A infância se vai, a juventude e quando ver é apenas um adulto com toda a responsabilidade que isso acarreta. O tempo não vai voltar atrás e se não tiver vivido cada época da sua vida como deveria, sempre vai restar uma certa culpa em você, como se algo sempre estivesse faltando. Por isso minha filha, não queira que o tempo corra e ti atropele como um cavalo ensandecido. Viva intensamente cada momento do agora, por que o amanhã ainda não veio.
— Eu vivo mãe – a menina o olhou com seus olhos opacos, mas nunca sem vida – Posso sentir o mundo passando ao meu redor, as estações indo e vindo com seus cheiros e toques. Cada segundo para mim é um presente e sei que esse presente foi você quem me deu. Você me deu a vida novamente mãe quando me trouxe consigo naquele dia. Obrigada.
— Eu é que agradeço – Paul abraçou a filha – Agradeço a Deus e a Deusa por ter me dado cada um dos meus filhos. Cada um é um presente maravilhoso que foi me dado mesmo e não sabendo se merecia.
— Bobo! – Sara riu esfregando o rosto no peito de Paul sentindo o seu cheiro reconfortante de morangos e mel – Eu ti amo.
— Também ti amo minha querida – ele sentiu seu coração se encher de paz ao ter a filha em seus braços.
Mathew, que havia ido colocar a lenha em um depósito perto da porta da cozinha, havia ouvido as palavras trocadas entre os dois. Ele se perguntou como seria ter uma mãe como Paul, alguém que o amasse com aquele amor sem fronteiras que o duo tinha com seus filhos. Poder sentir o calor de um abraço amoroso, um carinho que fosse.
Achava que tinha superado isso, mas percebia que nunca ia conseguir retirar de sua cabeça e de seu coração a dor da rejeição de sua mãe e a frieza do seu pai.
Olhou para o sol que se aproximava da linha do horizonte e sentiu a brisa que já estava esfriando a trazendo aos poucos o cheiro do inverno. Seus cabelos dançaram na brisa e um bando de pássaros grasnando voou para longe no céu sem nuvens.
Ele percebeu que não havia ouro local no mundo onde ele gostaria de estar. Ele finalmente havia chegado a seu lar.
Gwen desceu para a sala perto da hora do jantar para apresentar o seu filho para os avós, apesar de Phillip achar que isso só ia gerar mais discussões. A moça não lhe deu ouvidos, vestiu Killian para a ocasião mesmo ele se empenhando de impedir ela de fazer isso, se contorcendo e rindo do que achava uma brincadeira. Ao descer a escada no colo da mãe ele olhava para todos os lados e quando dava com o pai dava gritinhos de contentamento com as caretas que ele fazia ao lado da esposa.
O príncipe estava ressentido com os pais. Aquele era um momento único em que ele deveria estar comemorando com sua família e não com medo do que sua mãe podia fazer.
Eles entraram na sala privativa onde todos bebiam vinho.
— Finalmente Gwendelyn! – sua mãe logo atacou – Eu pensava que você tinha fugido de nós e lavado isso com você! – ela apontou com nojo para Killian.
— Boa noite lady Armaud, senhor Máder e senhora Alberta – a princesa disse com toda a educação do mundo – Gostariam que conhecessem meu filho Killian McGives.
— Não se atreva a dar o sobrenome da minha família a esse negócio! – Alberta estava vermelha da ira – A maior família de todos os reinos não pode ser misturada com sangue ruim!
— Cale a boca! – Gwen sibilou para ela dando o filho para Phil segurar – Se você ofender mais uma vez o meu filho ti jogo fora deste castelo e a proíbo de entrar no reino de Haven!
— Quem você pensa que é? – a mulher estava engasgada de fúria.
— Princesa do reino de Haven e você não é nada! É apenas uma velha ex-rainha que acha que é alguma coisa. Se quer respeito, se faça respeitar. Eu só não a arranco daqui pelos cabelos em consideração a meu marido que é seu filho.
— Acha mesmo que não vai pagar por isso menina? – a mulher pareceu crescer ao olhá-la altiva – Eu sou mais do que você diz e muito mais do que aparento. Você é apenas um nada a minha frente – ele deu a volta e foi em direção a porta – Peça para levar meu jantar para o quarto, não quero ter mais contato que o necessário com essa gente. Venham Máder, Yeda!
O pai de Phillip havia acompanhado tudo com sua habitual indiferença e logo foi atrás de Alberta, mas Yeda parecia sinceramente constrangida.
— Por favor, desculpem à senhora. Ela esta cansada da viagem – ela fez uma ligeira mesura frente à Gwen – Parabéns por seu filho, minha princesa.
Assim que ela saiu à princesa pode respirar normalmente.
— Phillip me desculpe por ter feito isso com a sua mãe, mas...
O príncipe deu uma risada acompanhado de Killian que parecia se divertir com tudo.
— Ninguém nunca enfrentou a minha mãe assim!
— O que há com ela Phillip? Ela simplesmente age como se fosse à senhora suprema! Sem medo ou constrangimento.
— Por muito tempo ela foi à rainha do maior reino que existe Gwen, ela acha que é superior a tudo e a todos.
— Eu não sei o que pensar – ela pegou o filho de volta sentando em uma poltrona – Eu não pude parar quando ela ofendeu o nosso filho.
— Gwen – ele sentou perto dela – Se não fosse você, seria eu a ensinar uma lição a minha mãe. Eu já tinha avisado que não ia admitir que ela ofendesse a minha família.
A princesa sorriu e deu um leve beijo nos lábios do marido. Olhou o filho e seu coração se encheu de amor, ela ia se esforçar para ser uma boa mãe para aquele pequeno ser.
Paul tocou na testa de Shon que dormira toda a tarde percebendo que ele estava sem febre, mas tossia de vez em quando.
— Shon – Paul afastou os cabelos do rosto do filho que gemeu e se escondeu debaixo das cobertas – Vamos lá dorminhoco, é hora de jantar.
— To com dor de garganta – ele gemeu descobrindo o rosto e fazendo cara de choro.
— Eu fiz um chá de hortelã com mel que vai ajudar a diminuir a dor e o desconforto, mas você precisa tomar um banho e descer para o jantar.
— Tomar banho! Mãe eu não to sujo!
— Você suou a tarde inteira com febre e precisa de um banho para descansar o corpo, vamos lá!
O menino se levantou indo atrás da mãe que carregava toalha e roupas. Shon arrastou os pés até o banheiro onde a banheira estava cheia de água morna. Em meio a muitos resmungou Paul retirou a roupa de menino e o colocou na banheira. Shon estremeceu e cruzou os braços todo molhado.
— Tá frio!
— Shon a água ta morna.
— Quem disse? Pra mim ta fria!
Paul não podia deixar e rir com a teimosia do filho. Depois de alguns minutos onde o garoto jogou água para todos os lados e isso incluía Paul, ele ria e brincava com o sabão dentro da banheira se contorcendo para a mãe não tirá-lo dali. No fim Paul estava todo molhado e pingando, mas havia conseguido tirar o filho da banheira, secá-lo e vestir a roupa. Penteou seus cabelos e o deixou sair correndo do banheiro. Paul limpou toda a bagunça e foi até o quarto trocar de roupa dando com Mathew no corredor descendo do segundo andar onde tinha um quarto.
— O que aconteceu com você? – ele não pode deixar de rir do estado do outro.
— O Shon me aconteceu! Eu estava tentando dar banho nele.
— Parece que ele conseguiu dar banho em você também.
— Logo o jantar vai ser servido, eu só vou tirar essa roupa molhada.
— Gosto de você assim – Mat se aproximou perigosamente – Todo molhado.
— Mathew – ele não pode dizer mais nada.
O príncipe segurou seu rosto e o beijou de forma apaixonada.
— Amo você Paul, eu ti quero.
— Mat é muito cedo, eu estou com medo!
— Eu sei, mas o meu corpo grita pelo seu – aproximou a boca do seu ouvido – Ele queima pelo seu.
Paul gemeu em agonia. Ele não podia dizer que não estava excitado pelo outro, eu não o queria desesperadamente, mas ainda havia muito medo e dúvidas dentro de si.
— Eu preciso me trocar – ele se afastou do outro e correu para o quarto.
— Paul você ainda vai me enlouquecer – ele gemeu, mas havia um sorriso em seu rosto.
Aquela noite prometia.
Castelo de Aliança do Reino de Gaulesh
to doida para ver o que vem pela frente entre os dois, espero que vc capriche na cena, pois esta jovem senhora aqui, adoraria ler, que o amor e lindo, e não triste.
ResponderExcluirbjs lulu