O blog Valfenda Brasil tem é apenas para postar histórias e contos que escrevo. Com isso espero divertir as pessoas levando elas aonde nem um homem jamais esteve!
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sexta-feira, 13 de abril de 2012
Caminhos do Destino - Capitulo XIII
Capitulo XIII
Phillip não entendia aquela súbita vontade de seu pai de conhecer a vila, mas para evitar mais desentendimentos ele o acompanhou para o que seria um pequeno passeio, mas seu pai estava estranhamente animado e o que deveria levar apenas uma hora se estendeu por três.
Eles chegaram ao castelo ao anoitecer. Ao parar perto das estrebarias o príncipe percebeu que havia uma estranha movimentação a sua volta.
Um dos guardas veio correndo até ele.
— Alteza! A princesa Gwendelyn desapareceu!
— Como assim desapareceu?
— Ela pegou um cavalo e saiu a galope sem falar nada. Parece que ela levou seu filho com ela. Alguns guardas a seguiram, mas perderam de vista logo.
— Por que eu não fui avisado? – Phil pulou do cavalo.
— Não encontramos o senhor, meu príncipe. Sua mãe disse que tinha ido para as terras ao sul por isso decidimos procurar lá.
— O que minha mãe tem a ver com isso? – a pergunta se destinava a Máder, mas seu pai havia desmontado e ido em direção ao castelo tranquilamente.
Fervendo de raiva ele entrou no salão onde sua mãe e Yeda conversavam.
— Phillip – a lady se levantou com o semblante parecendo ter uma genuína preocupação – Estava preocupada que não ti achassem. Gwen, ela...
— Mãe o que qui você tem a ver com isso? – ela atacou a mulher que lhe lançou um olhar frio.
— Eu prefiro não ter nada a ver com sua mulher e aquele órfão que você chama de filho.
— Os guardas me disseram que você falou que eu tinha ido para o sul?!
— Eu disse que seu pai ia com você para o sul, não que você estava lá. Eu não mando você ter empregados idiotas e surdos.
— Eu não sei o que está acontecendo aqui mãe, mas se você fez alguma coisa para minha mulher ou meu filho eu nunca vou perdoá-la!
— Como se isso fizesse uma diferença enorme para mim Phillip. Você mesmo esta destruindo sua vida junto a essa família.
Meu Deus! Aquele ser era mesmo a sua mãe?
Rangendo os dentes de raiva deu meia volta para tentar encontrar a sua esposa.
Ao ouvir aquilo de Gwen, Mat ficou estático. Sua mãe podia ser a pessoa mais desagradável que ele conhecia, mas daí a mandar matar um inocente bebê era demais.
— Gwen eu não acredito nisso. Minha mãe não seria capaz!
— Você não sabe como ela me tratou e ao meu filho? Não viu o olhar de ódio dela para a criança que é seu neto! Sua mãe é um monstro Mathew!!
O grito da princesa acordou Killian que começou um choro fraco e sentido.
— Tenha calma princesa – disse Paul com a voz calma e obrigando ela a sentar novamente – Essa é uma péssima hora para fazer acusações. Você está assustada e estressada. Vamos dar um banho morno no Killian para que ele relaxe e depois ver se ele quer mamar – olhou para um Mat vermelho e contrariado – Mat peça para o tenente Capela chamar o príncipe, tenho certeza que ele está muito preocupado.
Gwen não disse mais nada. Ela se deixou conduzir para o quarto de Paul por este enquanto ele ia até a varanda onde Capela espera pacientemente.
— Capela por favor vá avisar meu irmão que sua esposa e filho estão na casa da floresta e que estão bem.
O tenente inclinou levemente a cabeça, mas se absteve do cumprimento militar o que causou uma grande irritação em Mathew. Aquele tenentezinho achava que era quem? Mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa o tenente já tinha montado e ia a galope pela estrada escura.
Mathew sentou em uma cadeira na varanda sem se preocupar com o frio que estava fazendo a noite. A lua aparecia e desaparecia por entre nuvens escuras e pesadas anunciando chuva para logo.
Ele não podia, ele não queria, acreditar no que sua cunhada havia falado. Sua mãe envenenado alguém, ainda mais uma criança! Se ele aceitasse que isso podia ser verdade era o golpe fatal contra sua já tão desestruturada família. Ela teria que ser condenada a morte por isso.
Respirou fundo escondendo o rosto nas mãos até que sentiu uma pequena mão calejada pousar em seu braço e levantou o rosto dando de cara com um preocupado Gabe.
— O bebê vai ficar bom Mat. Não fica assim.
— Eu sei meu amor – ele passou a mão pelos longos cabelos negros de Gabe – Estou preocupado com a minha família.
— Eu ouvi o que a princesa disse da sua mãe. Eu não conheço ela Mat, eu não sei o que te dizer. Queria muito ti ajudar – seus olhos verdes brilhavam cheios de pena.
Mathew deu um sorriso triste e puxou o garoto para um abraço amoroso. O menino o envolveu com seus braços magros como se assim pudesse transmitir ao príncipe todo o seu consolo e amor.
Mat afastou o menino dando um beijo na testa dele percebendo o quanto queria que ele fosse seu filho. Algo se aqueceu dentro ao perceber que, no seu coração, Gabe já era o seu filho.
Yeda tinha vontade de matar Alberta. Aquela velha e suas ideias geniais!
— Você acha mesmo que ela andou aprontando? – perguntou Mark perto dela.
Ambos estavam nos jardins mesmo com aquele frio. Com todo o alvoroço causado pelo desaparecimento da princesa e do bebê, ninguém ia reparar neles.
— Eu conheço ela o suficiente para saber que ela pode fazer bastante besteira.
— “Eu” acho que você está subestimando essa mulher. Sabe muito bem com que tipo de pessoa ela anda se ligando.
— Esse é o problema – resmungou a moça – Ela é burra o suficiente para imaginar que “ele” a está ajudando por que é bonzinho.
— De burra ela não tem nada! “Ele” é quem deveria ter medo dela. Entre os empregados ouço cada coisa de arrepiar os cabelos. Só quem não vê o que ela é são os filhos, do marido eu nem falo nada – ele deu uma risadinha – Pobre coitado.
— Não posso simplesmente ir até a casa desse duo e o ameaçar, muito menos você. Todo nosso plano ia por água a baixo!
— Acha que foi tão grave a ponto deles cancelarem a festa?
— Não, eu acho que foi grave o suficiente para nos expulsarem daqui. Eu não posso simplesmente ficar, tenho que ir até Gorlan de qualquer forma. Merda! Eu achava que tinha um plano perfeito!
— Ainda não desanime! Podemos pensar em algo! – ele levantou uma sobrancelha – Por que não deixa comigo. Eu tive uma ideia muito boa.
— Ideia sua? Devo me apavorar ou vai fazer algo certo dessa vez?
— Ora deixa comigo que dou um jeito.
Yeda lançou um olhar feio para ele, mas sabia que não tinha outra opção.
O coração de Phillip ao ouvir de Capela que tinha achado Gwen na estrada sozinha e em pânico. Montou em um cavalo e junto com parte de sua guarda pessoal foi rumo a casa de floresta.
Ao chegar viu que Mat o esperava na varanda com cara de poucos amigos.
— Mathew o que está acontecendo? – ele pulou do cavalo correndo para o irmão.
— Entre Phil – ele apontou para a porta – Temos que conversar.
O príncipe estava nervoso, mas começar uma discussão na frente de seus homens não era uma opção. Entrou na sala iluminada por velas e lamparinas.
— Onde você esteve? – disparou Mat – Sua esposa estava em pânico.
— Eu estava com o nosso pai, Mathew! Será que pode me dizer o que aconteceu?
Mat percebeu que brigar não ia ajudar em nada. Começou a contar tudo que acontecera. No final Phil caiu na poltrona com uma expressão cansada e muito triste.
— Você acha que ela é capaz – era uma afirmação de Mat.
— Acho que sim, Mat. Pense bem em tudo que aconteceu, pensa em toda a maldade que ela fez conosco? Não sabe a raiva dela ao saber que tinha adotado um filho.
— Ela é nossa mãe Phil!
— Mathew – o outro se levantou colocando a mão no ombro do irmão – Olhe para as crianças que Paul cria. A maioria foi deixada para morrer pelos próprios pais. Agora imagine a nossa mãe que só se preocupa com o poder e com o reino. Nós somos apenas o problema na vida dela.
— A verdade é que eu sempre acreditei que ela um dia podia mudar, mas se isso for verdade toda a minha esperança é só um sonho.
Os irmão se abraçaram com o coração apertado por uma dor difícil para traduzir em palavras.
Nesse momento Paul desceu as escadas observando os dois irmãos
— Paul – o príncipe fez uma leve mesura para ele.
— Alteza. A princesa está lá em cima no meu quarto. É a ultima porta a esquerda do corredor.
O príncipe lançou um olhar de agradecimento para ele e subiu as escadas correndo.
Paul foi até Mat que se mantinha da cabeça baixa. Ele ergueu o rosto do príncipe olhando-o de forma carinhosa e o abraçou sem dizer nada. Aquele não era o momento para as palavras.
Gwen estava sentada em uma poltrona perto da lareira que Paul havia ascendido e balançava delicadamente Killian. Ele havia mamado um pouco sem vomitar deixando ela aliviada. Agora mais calma ela pensava no quanto havia estado perto de perder o seu filho e quanto doía isso.
Ouviu a porta abrir, mas não se virou. Sabia que era Phil.
— Gwen... – ele se ajoelhou perto dela tocando na cabeça do filho – Me desculpe.
Aquela pequena frase era o suficiente. Era hora de deixar de ser egoísta, pois não só ela ia sofrer. Phillip amava aquela criança, a dor era dos dois.
— Você não teve culpa Phil, mas eu não vou voltar para o castelo enquanto sua mãe estiver lá. Sei que nada posso fazer contra ela sem provas, mas o castelo é minha casa e eu não a quero nunca mais lá! Se houvesse uma maneira de provar eu ia fazer ela pagar por tudo que fez a uma criança inocente. Antes que eu cometa uma loucura, mande-a embora – olhou o marido nos olhos – Se eu a ver uma próxima vez vou matá-la!
O príncipe percebeu que sua mulher nunca falara tão sério em sua vida.
— Como ele está? – perguntou olhando Killian.
— Paul disse que ele esta bem, felizmente ele rejeitou o leite aquela hora.
— Vou voltar ao castelo agora e mandar aquela mulher embora. De agora em diante Gwendelyn, eu me recuso a chamá-la de mãe.
Ele saiu do quarto descendo para a sala onde Mat e Paul estavam sentados.
— Paul, nada que eu diga vai poder expressar o meu agradecimento por ter salvo a vida do meu filho. Obrigado.
— Não precisa agradecer, príncipe.
Ele inclinou novamente a cabeça e olhou para Mat.
— Vou voltar para o castelo. Preciso falar com aquela mulher.
— Phillip você não vai fazer uma loucura, não é?
— Não. Mas de agora em diante Alberta e Máder McGives estão proibidos de entrar no principado de Haven. Assim que o dia amanhecer eles deverão deixar as minhas terras – ele levantou a mão quando o irmão ia retrucar – Lamento muito Mat, mas esta é a minha ultima palavra.
Dizendo isso ele saiu para a noite.
— Minha família esta desmoronando Paul – disse Mat fechando os olhos – Por mais que eu me diga que pode ser verdade eu não consigo acreditar que foi a minha mãe. Não consigo acreditar que ela é uma assassina.
— Ela é sua mãe meu amor – disse Paul acariciando eu rosto – Todos nós queremos que os nossos pais sejam bons, sejam os melhores.
Eles ficaram abraçados por um longo tempo.
Phillip entrou na sala de jantar onde sua mãe, pai e Yeda estavam comendo calmamente.
— Vocês tem até o amanhecer de amanhã para saírem das minhas terras.
— Ora, ora, ora – Alberta cruzou os talheres com elegância – Parece que o meu querido filho está virando homem.
— Você envenenou meu filho e só não esta morta por que é minha mãe. Mas a menos que queira que eu mude de ideia é bom que já não esteja aqui ao amanhecer.
— Phil o que há? – perguntou Yeda preocupada.
— Eu não tenho que falar mais nada a dizer a nem um de vocês – ele voltou-se a subiu as escadas.
— Minha senhora? – Yeda olhava para a mulher que sorria calmamente terminando seu jantar.
— É melhor terminar seu jantar antes que esfrie, minha querida. Amanhã acordaremos cedo para ir a Gorlan.
Yeda olhou Máder que continuava a comer como se nada tivesse acontecido e pensou que talvez Mark tenha razão. A ex-rainha Alberta era uma mulher a se temer. Ela teria que ter muito cuidado com os seus passos se não quisesse cair nas garras dela.
As minas de Alcerd ficavam ao sul do reino de Gorlan. Eram formadas por um sem numero de galerias onde em tempos imemoriais alguém escavou e viveu. Restos desse povo era visto ao se escavar e encontrar pedaços de vidro colorido e por algumas vezes livros presos em o que pareciam cofres. Livros que falavam de uma civilização a muito perdida.
As esferas do poder que eram escavadas ali haviam sido criadas pelos elfos há tanto tempo que ninguém mais podia quantificar.
Diziam que um meteoro havia caído na terra e ele era formado de uma liga metálica que quando misturada com a prata criava um metal duro e brilhante. Ele podia acumular magia para ser usada no futuro.
Assim os elfos passaram a acumular nelas todo tipo de energia. O que eles não sabiam é que as esferas podiam ser usadas pelos seres humanos aumentando em muito o seu poder. Os humanos descobriram isso e se iniciou uma guerra pelo poder das esferas.
Sem saber o que fazer os elfos começaram a prendê-las em prisões de cristal. Haviam descoberto que nada no mundo podia destruir uma esfera do poder, a única maneira de parar toda aquela loucura era prendendo as esferas dentro de imensos cristais mágicos, tão duros e invioláveis quanto as esferas.
Todavia nem todas foram presas. Muitas escaparam e se perderam. Quando a guerra acabou ninguém mais sabia onde elas estavam. O que restou foram boatos que no final se transformaram em lenda. Mas como se diz toda a lenda tem um fundi de verdade.
Kamm Taci havia acreditado nas lendas e agora tinha a prova disso nas suas mãos. Cinco esferas do poder que faziam sua pele comichar com o poder emanado delas.
— Planeja mesmo entregar tanto poder para Waldrich? – perguntou uma mulher sentada perto dele.
— Claro – ele voltou a colocar as esferas na sacola de couro e sorriu para ela.
Kamm, era um elfo, filho mais novo de Raguel de Jaire, o rei dos elfos da Floresta Velha. Sua beleza se comparava a maldade que brilhava em seus olhos. Sua companheira era uma elfo vermelha conhecida apenas por Naara. Era uma belíssima mulher de longos cabelos cor de fogo e olhos vermelhos.
— Sabe o que Waldrich mais quer nesta vida? Reino de Gaulesh. O reino que ele acha que é dele por direito. Enquanto os humanos estiverem brigando entre si e se destruindo eu marcharei para os reinos dos elfos e vou conquistá-los todos unificando aquilo que já foi uma única nação. Com o poder que as esferas certas podem me dar nem meu pai ou meu irmão Maleah vão poder fazer nada contra mim.
— Grandes planos meu querido – ela ronronou – Mas ainda temos um longo caminho. As esferas que procura ainda não foram achadas e as guerras estão longe de começar.
— Você esta certa com relação as esferas, mas quanto as guerras minha querida, não. Eu já dei o primeiro passo para que as nações humanas se destruam – ele deu um sorriso macabro e satisfeito.
Um muito obrigado a todos que estão lendo e se divertindo com as minhas postagens. Assim que as férias da faculdade chegarem no inicio de junho, prometo postar com mais rapides e trazer novas histórias. Obrigada e beijos!
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Nós quem te agradecemos por investir seu tempo livre na difusão de textos tão belos, colaborando dessa forma com nossa leitura. Torço para que cada dias mais pessoas tenham acesso a seu blog e postagens. Quanto mais gente lendo mais ideias teremos. Assim construiremos um pais melhor. Mais uma vez, obrigado.
ResponderExcluirai menina vc me deu um susto, pensei que vc ia dar um tempo de postar, sem pressão se fosse verdade eu ficaria muito triste pq um dos melhores momentos do meu dia é quando entro no seu blog, vc me faz ficar em paz com minhas neuras. bjs lulu
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