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domingo, 29 de abril de 2012

Caminhos do Destino - Capitulo XXI Pate I

Capitulo XXI – Parte I

A mudança do destino



O que ele queria era um lindo e calmo casamento na igreja com o seu príncipe e depois uma pequena comemoração na sua casa. O que Gwendelyn queria era uma grande festa, com a igreja cheia e uma grande festa no castelo de Haven.

Não adiantou Paul dizer o que queria para a princesa, ela nem estava tão entusiasmada com a ideia de fazer o casamento do cunhado que andava de um lado para o outro distribuindo ordens, mandando limpar o castelo, preparar os pratos para a festa, chamando uma costureira para ter as roupas prontas.

No final ele desistiu e aceitou o presente que estava recebendo.

Seus filhos estavam adorando serem paparicados e andarem as soltas pelo castelo entrando em cada passagem secreta que ele tinha e ninguém sabia. Sara adorava as atenções dos rapazes da guarda, mas a cara feia do príncipe Phillip para eles logo cortou a peregrinação de garotos nos jardins onde ela já sabia andar depois de apenas dois dias, na verdade ela sabia andar pelo castelo em sua maior parte sem ajuda deixando todos assombrados. Não era necessário dizer que ela adorava ouvir os elogios e Gabe implicava com ela o tempo todo.

Gabe ser meio elfo foi uma surpresa para todos e ele treinou com Maleah aqueles dois dias, mas sem apresentar sinais de magia o que levou Sara a lançar o sarcástico comentário que ele era um elfo com defeito. A briga estava armada e Mat teve que intervir antes que se pegassem no tapa.

Shon, Jared e Jason viviam indo atrás de Mat ou Phillip quando eles iam para o campo de treino e logo eram amigos dos soldados. Jason e Jared adoravam um cavalo e Shon estava aprendendo a lutar com uma espada de madeira, mas era um ótimo aprendiz e mesmo com a pouca idade apresentava o potencial para ser um grande espadachim, fazendo Phil lembrar de Dylan que aprendera esgrima com cinco anos.

Maleah e Capela estavam no mesmo impasse. Phil se recusava a aceitar um casamento sem uma benção e o elfo desdenhava disso dizendo que ele não era católico e estava indo contra as leis de seu povo ao ficar longe de seu marido, feliz ou infelizmente. Capela podia sentir a atração que agora tinha para com o elfo, era como, se quando estava longe dele algo estivesse faltando dento de si. Mas quando se encontravam nos corredores do castelo era briga armada na certa e isso já estava estressando todo mundo. O caso dos dois parecia ódio à primeira vista!

Assim como Phillip, com o seu código de honra antiquado não deixava Mat e Paul sob o mesmo teto e o irmão fora obrigado a dormir nos alojamentos do oficiais fora do castelo deixando Mathew com vontade de estapear o irmão com a sua “puritanisse”.

Três dias após ter chegado ao castelo e estar recuperado totalmente, Paul resolveu fugir da Gwen e sua interminável lista de casamento indo para o alto da torre onde Maleah e Gabe treinavam. O filho estava contrariado por apenas ouvir o que o elfo falava e não conseguir nada, mesmo sabendo que isso podia demorar.

— Eu disse que não era do dia para a noite que isso ai acontecer – respondeu o elfo ao olhar desanimado do menino.

Gabe e ele estavam no meio da torre que não passava de um terraço com uma pequena mureta separando de uma queda de vinte metros do chão. Maleah havia dito que era um lugar seguro se os poderes do menino aflorassem mesmo que o elfo julgasse isso impossível tão sedo.

Paul acenou para o filho e sentou no chão perto de Sara que tinha o rosto voltado para o vento.

— Ele um meio elfo! – a menina deu um sorriso torto para a mãe – Duvido que saia alguma coisa daí.

— Você está atormentando o seu irmão Sara? – Paul acariciou os cabelos loiros da filha que lhe sorriu.

— Ele não precisa de mim. O professor mau humorado dele ajuda bastante. Se fosse eu não ia demorar tanto para fazer algo tão bobo como comandar o vento.

— Por que você não tenta? – gritou o menino contrariado fazendo Maleah revirar os olhos mostrando que aquela não era a primeira discussão deles.

— Eu não sou o elfo aqui Gabe.

— Chega vocês dois – disse Paul contrariado – Assim as coisas não avançam mesmo.

— Gabe essas coisas demoram mesmo – o elfo tentou ser paciente – Sua puberdade, mesmo sendo meio elfo, será em três anos. Até lá sua alma e seu corpo vão se preparar para o que esta por vir, por isso não espere criar furacões do dia para a noite. O máximo que vai conseguir é sentir o ar a sua volta. Agora volte aos exercícios que ensinei.

O menino olhou para o sorriso zombeteiro de Sara e voltou a fechar os olhos tentando se concentrar no ar a sua volta. Maleah havia dito que havia correntes no ar do mesmo modo que havia nos rios. O ar quente mais leve e menos denso subia enquanto o ar frio descia para o chão em um constante vai e vem. Haviam obstáculos como montanhas e o próprio castelo que eram barreiras para o ar e o vento gerando assim turbulências. As pessoas não podiam ver, mas o ar a nossa volta geravam fluxos, turbilhões e trocas de ar.

Ele deveria supostamente não só sentir tudo isso como também ver toda essa dinâmica e ele achava isso tudo tão improvável. Nunca havia pensado no ar como uma coisa viva e fluida, mas ele aprendera que havia coisas que mesmo que você não via estavam lá.

Tentou prestar atenção na sua mão direita onde ele podia sentir o vento passando por entre os dedos, mas ele também podia sentir ele no rosto, nas suas roupas, acariciando o seu rosto como se fossem dedos, tocando os seus cabelos que balançavam ao seu doce sabor. O vento parecia cantar a sua volta o envolvendo cada poro do seu corpo e ele percebeu pela primeira vez o mundo invisível a sua volta.




Waldrich estava na sacada do seu quarto sentindo o vento murmurar a sua volta contando sobre o mundo lá fora. Ele sorriu quando um espírito do vento passou por ele e sorriu se perdendo na distancia.

A natureza sempre o acalmava e ele amava o silencio cheio de sussurros dos ventos. Eles haviam sido seu único consolo nos anos de cativeiro sempre lhe trazendo perfumes de terras distantes.

Mas naquele dia o vento lhe trazia algo mais que perfume, o vento estava dizendo que coisas incríveis estavam acontecendo e que o destino dos reinos dependia do que aconteceria agora.

— Waldrich – Ekbert se levantou da cama onde estava deitado esperando o amante – O que esta fazendo? – ele chegou por trás e esfregou o magnífico corpo nu no mago que deu um sorriso doce.

— Conversando com velhos amigos – ele se virou olhando para os olhos castanhos do guerreiro – É chegada a hora Ekbert. Os ventos sussurram que o nosso destino será trilhado agora.

— Agora?!

O mago colocou a mão em cima do coração do guerreiro.

— Agora!



Maleah olhou para o garoto que estava de olhos fechados e braços estendidos. Ele decididamente não tinha o perfil para ser professor.

De repente ele sentiu algo, o ar estava mudando, era pouco mais estava. Voltou a olhar Gabe que havia aberto os olhos e ele engasgou, os olhos verdes do garoto agora eram azuis claros e dentro deles pareciam brilhar uma tempestade.

Uma rajada de vento quase o derrubou e Gabe sorriu. O elfo percebeu apavorado que o menino estava possuído por um dgim, um espírito dos ventos. Eram seres selvagens e incontroláveis.

— Gabe! – ele gritou e foi jogado longe por um pequeno tornado quase caindo da torre.

O menino ergueu as palmas para cima e de repente um verdadeiro furacão rugia ali.

— Gabe!! – Paul se levantara segurando a filha olhando apavorado para o seu menino brincando com a tempestade de vento – Gabe!

Mas Gabe estava adormecido, o dgim estava adorando controlar o ar no corpo daquele garoto que ia ser muito poderoso algum dia e para isso ele sabia o que deveria fazer. O menino deveria trilhar o mesmo destino dos grandes senhores do ar de antigamente.

O tornado elevou os pés de Gabe e o menino flutuava acima do chão.

Maleah tentava chegar até ele e de algum modo conseguir fazer o garoto voltar a razão.

Paul levou a menina até as escadas.

— Sara fique aqui!

— Mãe o que está acontecendo? Aquele não é o Gabe eu posso ouvir algo sussurrando!

— Vai ficar tudo bem – Paul colocou a mão no ombro da filha e correu para fora para o inferno de vento que havia virado a torre.

Do chão as pessoas apontavam para o céu onde um cone de um tornado havia se formado em um dia sem nuvens.

Paul gritou para o filho mais uma vez e enfrentou os ventos com força nascida do desespero. Maleah também estava ali perto com o corpo inclinado para gente tentando assim romper a pressão do ar.

Mat, Phil e Capela, que haviam visto o que estava acontecendo na torre correram para cima não acreditando no que viam. Gabe em meio ao tornado com roupas e cabelos açoitados violentamente, Maleah e Paul tentando enfrentar o inferno que fora desencadeado.

— Paul! Gabe! – ele gritou e pulou para a torre no mesmo momento que o dgim olhava para ele percebia que aquele homem podia ser um problema para os seus planos.

Expandiu o tornado não percebendo que com isso ele levava Paul e Maleah com ele e jogou uma rajada de vento nos outros três que foram jogados longe. O imenso funil se levantou no ar carregando os três e de repente eles haviam sumido e um estranho silencio caiu sobre a terra.

Um comentário:

  1. vc esta me deixando estressada menina monica,seu suspense e otimo,to roendo as unhas para a prte 2. bjs lulu

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