Capitulo XXI – Parte I
A mudança do destino
O que
ele queria era um lindo e calmo casamento na igreja com o seu príncipe e
depois uma pequena comemoração na sua casa. O que Gwendelyn queria era
uma grande festa, com a igreja cheia e uma grande festa no castelo de
Haven.
Não adiantou Paul dizer o que queria para a princesa, ela
nem estava tão entusiasmada com a ideia de fazer o casamento do cunhado
que andava de um lado para o outro distribuindo ordens, mandando limpar
o castelo, preparar os pratos para a festa, chamando uma costureira
para ter as roupas prontas.
No final ele desistiu e aceitou o presente que estava recebendo.
Seus
filhos estavam adorando serem paparicados e andarem as soltas pelo
castelo entrando em cada passagem secreta que ele tinha e ninguém sabia.
Sara adorava as atenções dos rapazes da guarda, mas a cara feia do
príncipe Phillip para eles logo cortou a peregrinação de garotos nos
jardins onde ela já sabia andar depois de apenas dois dias, na verdade
ela sabia andar pelo castelo em sua maior parte sem ajuda deixando todos
assombrados. Não era necessário dizer que ela adorava ouvir os elogios e
Gabe implicava com ela o tempo todo.
Gabe ser meio elfo foi uma
surpresa para todos e ele treinou com Maleah aqueles dois dias, mas sem
apresentar sinais de magia o que levou Sara a lançar o sarcástico
comentário que ele era um elfo com defeito. A briga estava armada e Mat
teve que intervir antes que se pegassem no tapa.
Shon, Jared e
Jason viviam indo atrás de Mat ou Phillip quando eles iam para o campo
de treino e logo eram amigos dos soldados. Jason e Jared adoravam um
cavalo e Shon estava aprendendo a lutar com uma espada de madeira, mas
era um ótimo aprendiz e mesmo com a pouca idade apresentava o potencial
para ser um grande espadachim, fazendo Phil lembrar de Dylan que
aprendera esgrima com cinco anos.
Maleah e Capela estavam no
mesmo impasse. Phil se recusava a aceitar um casamento sem uma benção e o
elfo desdenhava disso dizendo que ele não era católico e estava indo
contra as leis de seu povo ao ficar longe de seu marido, feliz ou
infelizmente. Capela podia sentir a atração que agora tinha para com o
elfo, era como, se quando estava longe dele algo estivesse faltando
dento de si. Mas quando se encontravam nos corredores do castelo era
briga armada na certa e isso já estava estressando todo mundo. O caso
dos dois parecia ódio à primeira vista!
Assim como Phillip, com o
seu código de honra antiquado não deixava Mat e Paul sob o mesmo teto e
o irmão fora obrigado a dormir nos alojamentos do oficiais fora do
castelo deixando Mathew com vontade de estapear o irmão com a sua
“puritanisse”.
Três dias após ter chegado ao castelo e estar
recuperado totalmente, Paul resolveu fugir da Gwen e sua interminável
lista de casamento indo para o alto da torre onde Maleah e Gabe
treinavam. O filho estava contrariado por apenas ouvir o que o elfo
falava e não conseguir nada, mesmo sabendo que isso podia demorar.
— Eu disse que não era do dia para a noite que isso ai acontecer – respondeu o elfo ao olhar desanimado do menino.
Gabe
e ele estavam no meio da torre que não passava de um terraço com uma
pequena mureta separando de uma queda de vinte metros do chão. Maleah
havia dito que era um lugar seguro se os poderes do menino aflorassem
mesmo que o elfo julgasse isso impossível tão sedo.
Paul acenou para o filho e sentou no chão perto de Sara que tinha o rosto voltado para o vento.
— Ele um meio elfo! – a menina deu um sorriso torto para a mãe – Duvido que saia alguma coisa daí.
— Você está atormentando o seu irmão Sara? – Paul acariciou os cabelos loiros da filha que lhe sorriu.
—
Ele não precisa de mim. O professor mau humorado dele ajuda bastante.
Se fosse eu não ia demorar tanto para fazer algo tão bobo como comandar o
vento.
— Por que você não tenta? – gritou o menino contrariado
fazendo Maleah revirar os olhos mostrando que aquela não era a primeira
discussão deles.
— Eu não sou o elfo aqui Gabe.
— Chega vocês dois – disse Paul contrariado – Assim as coisas não avançam mesmo.
—
Gabe essas coisas demoram mesmo – o elfo tentou ser paciente – Sua
puberdade, mesmo sendo meio elfo, será em três anos. Até lá sua alma e
seu corpo vão se preparar para o que esta por vir, por isso não espere
criar furacões do dia para a noite. O máximo que vai conseguir é sentir o
ar a sua volta. Agora volte aos exercícios que ensinei.
O menino
olhou para o sorriso zombeteiro de Sara e voltou a fechar os olhos
tentando se concentrar no ar a sua volta. Maleah havia dito que havia
correntes no ar do mesmo modo que havia nos rios. O ar quente mais leve e
menos denso subia enquanto o ar frio descia para o chão em um constante
vai e vem. Haviam obstáculos como montanhas e o próprio castelo que
eram barreiras para o ar e o vento gerando assim turbulências. As
pessoas não podiam ver, mas o ar a nossa volta geravam fluxos,
turbilhões e trocas de ar.
Ele deveria supostamente não só
sentir tudo isso como também ver toda essa dinâmica e ele achava isso
tudo tão improvável. Nunca havia pensado no ar como uma coisa viva e
fluida, mas ele aprendera que havia coisas que mesmo que você não via
estavam lá.
Tentou prestar atenção na sua mão direita onde ele
podia sentir o vento passando por entre os dedos, mas ele também podia
sentir ele no rosto, nas suas roupas, acariciando o seu rosto como se
fossem dedos, tocando os seus cabelos que balançavam ao seu doce sabor. O
vento parecia cantar a sua volta o envolvendo cada poro do seu corpo e
ele percebeu pela primeira vez o mundo invisível a sua volta.
Waldrich
estava na sacada do seu quarto sentindo o vento murmurar a sua volta
contando sobre o mundo lá fora. Ele sorriu quando um espírito do vento
passou por ele e sorriu se perdendo na distancia.
A natureza
sempre o acalmava e ele amava o silencio cheio de sussurros dos ventos.
Eles haviam sido seu único consolo nos anos de cativeiro sempre lhe
trazendo perfumes de terras distantes.
Mas naquele dia o vento
lhe trazia algo mais que perfume, o vento estava dizendo que coisas
incríveis estavam acontecendo e que o destino dos reinos dependia do que
aconteceria agora.
— Waldrich – Ekbert se levantou da cama onde
estava deitado esperando o amante – O que esta fazendo? – ele chegou por
trás e esfregou o magnífico corpo nu no mago que deu um sorriso doce.
—
Conversando com velhos amigos – ele se virou olhando para os olhos
castanhos do guerreiro – É chegada a hora Ekbert. Os ventos sussurram
que o nosso destino será trilhado agora.
— Agora?!
O mago colocou a mão em cima do coração do guerreiro.
— Agora!
Maleah
olhou para o garoto que estava de olhos fechados e braços estendidos.
Ele decididamente não tinha o perfil para ser professor.
De
repente ele sentiu algo, o ar estava mudando, era pouco mais estava.
Voltou a olhar Gabe que havia aberto os olhos e ele engasgou, os olhos
verdes do garoto agora eram azuis claros e dentro deles pareciam brilhar
uma tempestade.
Uma rajada de vento quase o derrubou e Gabe
sorriu. O elfo percebeu apavorado que o menino estava possuído por um
dgim, um espírito dos ventos. Eram seres selvagens e incontroláveis.
— Gabe! – ele gritou e foi jogado longe por um pequeno tornado quase caindo da torre.
O menino ergueu as palmas para cima e de repente um verdadeiro furacão rugia ali.
— Gabe!! – Paul se levantara segurando a filha olhando apavorado para o seu menino brincando com a tempestade de vento – Gabe!
Mas
Gabe estava adormecido, o dgim estava adorando controlar o ar no corpo
daquele garoto que ia ser muito poderoso algum dia e para isso ele sabia
o que deveria fazer. O menino deveria trilhar o mesmo destino dos
grandes senhores do ar de antigamente.
O tornado elevou os pés de Gabe e o menino flutuava acima do chão.
Maleah tentava chegar até ele e de algum modo conseguir fazer o garoto voltar a razão.
Paul levou a menina até as escadas.
— Sara fique aqui!
— Mãe o que está acontecendo? Aquele não é o Gabe eu posso ouvir algo sussurrando!
— Vai ficar tudo bem – Paul colocou a mão no ombro da filha e correu para fora para o inferno de vento que havia virado a torre.
Do chão as pessoas apontavam para o céu onde um cone de um tornado havia se formado em um dia sem nuvens.
Paul
gritou para o filho mais uma vez e enfrentou os ventos com força
nascida do desespero. Maleah também estava ali perto com o corpo
inclinado para gente tentando assim romper a pressão do ar.
Mat,
Phil e Capela, que haviam visto o que estava acontecendo na torre
correram para cima não acreditando no que viam. Gabe em meio ao tornado
com roupas e cabelos açoitados violentamente, Maleah e Paul tentando
enfrentar o inferno que fora desencadeado.
— Paul! Gabe! – ele
gritou e pulou para a torre no mesmo momento que o dgim olhava para ele
percebia que aquele homem podia ser um problema para os seus planos.
Expandiu
o tornado não percebendo que com isso ele levava Paul e Maleah com ele e
jogou uma rajada de vento nos outros três que foram jogados longe. O
imenso funil se levantou no ar carregando os três e de repente eles
haviam sumido e um estranho silencio caiu sobre a terra.
vc esta me deixando estressada menina monica,seu suspense e otimo,to roendo as unhas para a prte 2. bjs lulu
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